sexta-feira, novembro 22, 2002

Esqueci de dizer que ontem telefonei para um dos meus dois leitores fiéis. Ele está , se não me engano, no seu quarto blog. Sempre muda de endereço, provavelmente para fugir de alguém para quem se arrependeu de mostrar o que escreve. Há uns dois meses ele desativou o anterior, uma semana depois de me dar o endereço. Estava certa de que ele não agüentaria ficar sem postar. Dito e feito!

Foi legal saber que ele fez novo vestibular, desta vez para uma carreira com pretensões literárias. Desde o primeiro texto que li, eu disse ao rapaz que ele tem estilo. Só que, até escutar a voz dele, ainda estava duvidando da idade e de outros detalhes. Ainda o achei um tanto formal e sisudo para os 24 anos declarados, mas concluí que deve ser tudo verdade mesmo.

Ao ler o blog dele, tanto na forma como no conteúdo, fico com vergonha da falta de cuidado com que escrevo aqui. Casa de ferreiro, espeto de pau. Eh, eh, eh!

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Hoje fui almoçar com o "sócio" no Centro da cidade. Foi uma saída amigável, como as que temos ultimamente. Quando estávamos numa papelaria fazendo compras, um telefonema de surpresa. E a pergunta de sempre: "pode falar". Não pude deixar escapar a oportunidade. Fui para os fundos da loja e conversamos um pouco.

A esta altura, nem perco mais o rebolado. Mas depois procurei me controlar pois percebi que estava dando bandeira de tanto que meu humor mudou. Para melhor. "Ele" é muito mais cauteloso. Disse que não teve condições de me ligar antes pois precisou trabalhar em casa. Sempre nas entrelinha, aquela vontade de dizermos algo mais. Isso nunca acontece. Sempre me controlo. Ai, ai, ai. A vontade era de gritar bem alto como fiquei feliz só em escutá-lo. Eu estava tão carente. Ufa.. ainda bem que na segunda vamos matar saudades! Terei de adiantar o trabalho amanhã cedo e no domingo, quando voltar de viagem. Vai dar tudo certo!



O calor me trouxe uma baita enxaqueca, além de brotoejas e mal-estar. Fiquei sem disposição para nada. Tinha vontade de dormir, porém, o peso na cabeça não deixava. A situação se agravou com os helicópteros na minha janela tentando captar novidades sobre meus vizinhos famosos do 77 DP.
Quando comecei este blog, a proposta era de fugir de lamentações. Gostaria de falar apenas da alegria de viver. Por isto, evito escrever quando não tenho algo legal para dizer.
Hoje o tempo está fresquinho e ligeiramente chuvoso. Mas vou me animar para sair logo mais. Quero ir ao Bom Retiro comprar umas bolsas baratas que vi. Vou presentear minha mãe e minha irmã. Na verdade essa minha irmã é mais do que mãe para mim. Eu nasci quando ela estava já com 22 anos e devo muito a ela. Há muitos dias em que fico aborrecida com ela, mas sei que ela diz umas coisas meio chatas para o meu bem. Eu e ela estamos muito sensibilizadas esses dias devido à doença de nossa tia, irmã do papai.
Tenho lembranças muito singelas dessa tia. Quando eu era criança e morava com minha avó, que é mãe dela, ela vinha nos visitar trazendo aquelas bolachas sortidas em lata. Também me presenteou com muitos livros infantis (livros japoneses em encadernação cartonada). Mais tarde, quando ela soube que eu fazia crochê e tricô, comprava revistas com diagramas para trabalhos manuais. Vou sentir saudades dela. Gostaria de vê-la mais uma vez, conversar com ela... Espero visitá-la na semana que vem. Pretendia fazer isso amanhã (sábado), mas resolvi adiar para ir à festa comemorativa do meu genial sobrinho, que em breve se tornará um dos juízes mais jovens do Brasil. Para completar, passou em 2º lugar, a menos de um ponto de distância do primeiro colocado. Meu irmão está explodindo de orgulho. Vai chamar todos os amigos. Eu também estou orgulhosa dele.
Minha filha foi medianamente no Vestibular. Penso que irá para a segunda fase. Mas não dá para prever pois ela está tentando uma das carreiras mais disputadas este ano: oficial da PM. Como toda adolescente, está insegura e muda de idéia a cada instante. Procuro manter a isenção.