quarta-feira, agosto 30, 2006

Sonhos

Eu também me esqueço da maior parte dos meus sonhos. Só quando consigo vir rapidinho aqui pro computador e transformo em texto, consigo me lembrar. Se faço esse registro, fica na memória por muito tempo. Até alguns detalhes ressurgem no momento em que estou redigindo.
Esta noite, por exemplo, sei que tive pelo menos dois sonhos diferentes e marcantes. O primeiro foi antes das 5h30, hora da minha primeira acordada nos dias em que minha filha fica por aqui. Como estes dias andam frios, eu deixo água quente na garrafa térmica e de madrugada, em dois minutos, consigo aprontar o café. Coloco numa canequinha e só boto pra ferver pois na garrafinha Tiger de inox, fica a noite inteira pelando. Desse modo, fiquei em pé uns 20 minutos e voltei pra cama, pra dormir até as 7h. Acordei sonhando que perdi a hora. O sol já estava brilhando e minha filha estava ainda dormindo, quando já teria de estar no quartel, em forma. Pulei da cama e só ao chegar na porta do quarto me dei conta de que era um sonho. O outro sonho foi com um evento que ainda vai ocorrer na noite de hoje, quarta-feira. Mas esse não consigo me lembrar.

Raramente fico na net à noite. Mas no horário político e sem um livro interessante, vim pra cá ontem. Estava movimentado e precisei fazer minhas opções. Uma pena pois foram raras aparições de alguns amigos. Acabei dando atenção à Alice, que perdeu seu hotmail-msn. Ela estreoou no chat do gmail. Mas tava mais perdida do que no msn. Me deu uma agonia ver "Alice está digitando... Alice digitou... " E cadê o texto da mulher? Fiquei irritada, sim! De bobeira. E nem tô de tpm. Eu adoro essa amiga, mas tem dias que nao a aguento.
Diz que tem medo, se sente insegura. Mas, meu Deus... Medo de que pra falar na net ou pra abrir um e-mail? Será uma nova síndrome que acomete nossa geração? Nova forma de pânico? Isso acontece também com minha amiga Susy, que está na China. Outro dia, de tanto enviar recados pra ela dizendo que estava com saudades, ela me telefonou. Como meu número de casa mudou, a coitada ligou pro celular. De lá de Xangai. E sempre jura que agora vai escrever. Mas o retorno nunca passa de um e-mail.
Também depois de séculos longe da Net, outro que mostrou a cara ontem, no msn, foi meu queridíssimo amigo Fábio. O hotmail dele também caducou, mas ele conseguiu recuperá-lo. Só perdeu alguns e-mails que guardava na web.

Reconhecidamente andei pra lá de chata. Só falando de minhas tristezas. Tá na hora de mudar isso e voltar a contar historinhas boas. Mas tá difícil achar qualquer coisa engraçada. Mas o chato é que tento transmitir recados nas entrelinhas, e sou mal interpretada. Nem Nel, lá do Nelblog, me entendeu... Droga!
Passei uma historinha pra duas pessoas avaliarem. Por questao de sigilo, mandei pelo msn. Uma delas adorou e me pediu autorizaçao para dividir com a mãe e o namorado. Garantiu que irá imprimir pra eles lerem. Fiquei feliz. São partes das memórias de meu irmão. História de vida, de pessoas apenas. A outra amiga não falou nadica... Devo deduzir que não gostou? Não entendeu? Reprovou? Fiquei quieta pois sou pela última hipótese. Mas hoje vou perguntar.

Desde ontem, melhorei bem o astral. Quando fico irritada é o meu normal..rsrrsr

terça-feira, agosto 29, 2006

Ontem foi dia de me sentir muito só. Bati em algumas portas e só escutei o silêncio. E eu, falando com os gatos. Ainda bem que eles não respondem!

Pela manhã, ainda sonada, em meio a turbilhão de emoções, finalmente escrevi para Julius. Vinha sendo monossilábica nas nossas conversas e prometendo sempre expor melhor os meus pensamentos. Depois que Lúcia me falou que estava se martirizando porque não enviou cumprimentos pelo aniversário do primo falecido, aquilo ficou martelando na minha cabeça. O "fazer diferença"... E aí, Julius me falou que está hipertenso. Então, pensei: "Vai que o homem morre sem saber o que eu acho de tudo que aconteceu". E o pior: Se ele morrer, eu nem vou ficar sabendo... Talvez apenas num dia em que alguém da família dele resolver ligar pro meu celular. Do jeito que fizeram com as últimas ligaçoes do primo de Lúcia...
Bom... Só agora consegui falar numa boa com ele porque a mágoa passou...

segunda-feira, agosto 28, 2006

oh, vida.. oh, dor!

Hoje tô triste, tô chata... Perdi o pudor, vou falar disso mesmo. Fazer o que?
Estava me preparando pra contar que morreu uma velha amiga, quando vou ao msn, e abordo a Lúcia. Pergunto se ela está bem. E ela: "mais ou menos". E em seguida: "tivemos uma perda na família..." Cinco infindáveis segundos de suspense... E ela me revela que quem morreu foi um primo dela, de 51 anos. Quase contemporâneo meu, passou pela mesma faculdadade que eu dois anos antes de mim. Eu o conheci há uns 15 anos, quando estava iniciando meu processo de informatizaçao. Ele era da turma do Ventura (lembram?) e tinha um birô de editoração bem ali no largo do Paissandu.

Não chegamos a ser amigos. Mas fiquei muito triste. Parecia um cara bacana. Solteiro, morou apenas alguns anos com uma mulher que já tinha 2 filhos crescidos...
A outra amiga, eu a conheci em 69, ano em que comecei meu curso ginasial... E ela era uma jovem mamãe, já com 3 filhos aos 26 anos. Era linda e os filhos eram lindos. O marido também. Morando no mesmo bairro que a minha irmã ao longo de mais de 40 anos, mantivemos sempre contatos nas ocasiões importantes... Tantos casamentos, aniversários, funerais...

Não chorei por eles... mas fiquei tristinha o dia todo e sem vontade ou coragem de falar desses acontecimentos pra ninguém. Ou melhor: tentei contar pra um amigo. Mas acho que ele nao estava muito interesado em me "ouvir", visto que ele mesmo já passou recentemente por situações bem mais tristes do que perdas de amigos distantes.