segunda-feira, julho 04, 2005

Sobre tanabata

Trecho do e-mail que enviei a Eduardo:

Na tarde maravilhosa com ar primaveril de ontem, fomos à Liberdade, Alice e Eu. Novamente, pra variar, nos desencontramos. Levamos meia hora pra nos localizarmos pois tinha muita gente. E o pessoal chegou cedo, creio que pra almoçar. Foi a primeira vez que estive no festival em um domingo. Muita gente mesmo, principalmente jovens... digamos.. de menos de 30.

Percebo que o os nikeis de São Paulo estão voltando da odisséia no Japão. Houve um tempo em que eu me sentia a última moicana. As papeletas pra se fazer pedidos dispararam de preço. Talvez seja devido à grande procura. R$ 2,00! Mas mantive minha previsão de gastos. Comprei 3 por 5,00, nas cores rosa, azul e amarelo. Nelas concentrei meus pedidos. Escrevi frente e verso. Fiz pedidos pra minha pequena família, meus irmãos e você e sua família. Incluí também dois outros amigos: um que aparentemente está muito bem e outro que há muito tempo é só queixas.

Para Alice levei uma pequena estola em tricô, muito alegre, feita com uma lã espalhafatosa desta estação, mesclada em tons que vão do rosa claro ao pink e quase roxo. Naquele calor, acho que o presente não foi muito entusiasmante. Mas acredito que uma das filhas dela venha a usar. Senti-me constrangida com uma oferta tão simples pois ela me brindou com dois trabalhos primorosos em linha, feitos pela dona Ana, mãe dela. Fiquei boquiaberta com os detalhes do acabamento. No momento em que vi, lembrei-me da carinha dela, no hospital. Aquela senhora portuguesa dizendo: "Como minha filha é querida". Mas nada falei pra que Alice não rompesse em choro.. .e eu também.

Reparei que, diferentemente dos outros anos, tinha muitos pedidos feitos em papéis fora do padrão vendido pelos comerciantes. No próximo ano, vamos fazer os nossos, com cores, desenhos e colagens que simbolizem nossos pedidos! Basta pregar um pedacinho de linha num furinho... No ano que vem, assim que souber da data, aviso você... e vamos combinar de chegarmos cedo e nos esbaldarmos nas barraquinhas de comes e bebes. Desta vez, só comemos "takoyaki", bolinhos recheados de polvo, e tomamos um suco de goiaba. Tudo delicioso! Depois, fizemos comprinhas de mercearia e viemos embora ao entardecer, quando o ambiente começou a ficar contaminada pela música eletrônica cujo gênero nem sei classificar. Pena que a idéia do prefeito de Campos do Jordão não chegou por lá. Penso que deixaram as músicas típicas para a hora da dança. Mas não ficamos pra ver.