"Naquele último dia de janeiro, fomos de metrô até a última estação da linha Norte. Depois, pegamos a lotação, em clima de suspense. Nem acreditei quando vi meu nome na lista dos aptos! Depois, voltamos saltitantes, descendo o morro a pé. Era só alegria. Não importavam as dificuldades que enfrentaria na academia. Importava que iria vencer!

Daqui a 15 anos, em uma cerimônia qualquer, com a espada na mão, uma jovem comandante dirá algo assim!

E depois, prosseguirá:

"E de agora em diante, com tantas mulheres à frente, o governador acaba de autorizar o uso dos termos: t e n e n t a, c a p i t ã, c o r o n e l a e g e n e r a l a! - como regem as normas cultas de nossa língua pátria... do jeitinho que a minha mãe falou!"

Vocês acreditam que uma pessoinha me escreveu depois de dois anos reclamando de uma coisa que eu fiz e que postei aqui?

Como disse ontem, eu tô de bem com a vida. Por isso, resolvi perdoar e me retratar. Realmente, devo ter magoado muito o cara. Coitado... Foi mal debochar, ninguém tem culpa das falhas da natureza. E essa coisa de culto a falo faz com que tantos e-mails circulem por aí com propagandas de aumento do dito cujo. Mas esclareço: tamanho não foi o principal problema. E nem ele broxou. Foi só coelhinho. Entretanto, como diz a personagem de João Ubaldo em "Casa dos Budas Ditosos", claro que tamanho é documento!

Ah... E sabe que comentei esse aspecto com uma pessoa. E ele falou: eu sou tamanho "médio": 17cm. ah, ah, ah!
Eu nunca descobri como eles medem. Será a partir de onde? Isso me lembra aquela piada do judeu...

Ai, ai.. Continuo cansada. Mas vou dizer aqui algo que vivo repetindo todo final de mês: conseguiii!

Espero começar uma nova fase da minha vida, no próximo mês! É a fase "de bem com todos". Na verdade, acho que minha felicidade será tão grande, que nao terei mais mágoas das pessoas. Nem do portuga coroa, nem da mineira frustrada.

Bem-aventurados os pobres de espírito!

Acho que sou mesmo afortunada. E sabem por quê? Há um ano e meio faço o Nhoque da Fortuna! Experimentem todo dia 29. Comam sete bolotas com uma cédula embaixo do prato. Depois que juntar 3, dê duas pra alguém. Vale a pena sim! Pensamentos positivos ajudam muito!
Ah... Também prometi um agrado pra Santa Sara. Ela garantiu que serei feliz também com meu amor. Naquele mesmo dia, ele me ligou. Ai, ai, ai!
Terei paciência... vi nos olhos amarelo-esverdeados daquela cigana de pele queimada: está nas estrelas!

Preguiça e desmotivação são as grandes causas da falta de posts. Sem falar do estresse e medo de falar do lance do curso da minha filha.

No dia 19, acompanhei os testes físicos. Acho que nunca passei por uma situação de tanta apreensão. Depois de percorrer uns 1500 dos 2000 metros, na metade do tempo, ela parou de correr. Foi caminhando. Gritei feito desesperada. Achei que ela tinha se enganado no número de voltas. De repente, sentia o chão se abrindo aos meus pés. Vi que ela olhava o relógio. Achei que ela estava no limite o esforço, controlando o tempo e a resistência. "Você vai conseguir, falta pouco" - gritei. Capengando, ela fez 1910 dos 1800 mínimos exigidos. Pensei que tinha se machucado. Mas ainda bem que não foi nada disso! Tinha apenas desamarrado um dos tênis. Nossa, que agonia! Mas ainda bem que ela pensou e não parou. Se tivesse parado, teria sido desclassificada.

Pouco antes, a corrida de velocidade. Sensação de que estourou em alguns décimos de segundos. Mas conseguiu, com folga de 1,5 segundo.

E o salto em distância? Só vi a poeira se erguendo em volta dela e ela se levantando com cara de choro. Mas o juiz gritou: 3,10m! Ufa, de novo!

Resultado: resto da semana com as pernas bambas, o corpo doendo. Mãe sofre!