sexta-feira, dezembro 06, 2002

Alguma mulher escreveu num blog:"qual o problema em ser puta? por que todo mundo caiu matando em cima da Martinha chamando-a de puta? Afinal, ser puta nao é ser tão interessante, a ponto de receber pra fazer o que todo mundo faz de graça?"

Se isso é verdade, por que a gente ainda se incomoda ao ser chamada de puta, de promíscua?

Do mesmo modo, neste mundo existe "ex" tudo: ex-ladrão, ex-agiota, ex-traficante e até ex-puta. Mas alguém já viu ex-veado? Pois é... deve ser tão bom ser veado que quem começa não consegue parar.

Se é isso mesmo... por que é xingamento chamar alguém de veado?

É igual chamar alguém de puta...

Então... e se eu tiver monte de homens? E daí?

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

Quem me dera estar com essa bola toda....

Hoje recebi notícias do Carioca. Está agora com conexão rápida. Disse que tem saudades...

Minhas mágoas em relação a ele também passaram. Também senti saudades sim. Admito.
Encaro agora com serenidade tudo que aconteceu. Como parte de algo distante, igual tantos outros "ex". Dá um nó na garganta sim... Mas acho que vale a pena retomarmos o papo, agora que não corro risco de recaídas.

Vamos ver se ele não me dá outro "bolo".

Julius está novamente mudando de trabalho... Minha nossa!
Me surpreende mesmo o pique dele...
Sei que tá fogo... tomara que dê certo. Eu fico com o coração na mão... mas me animo a cada nova tentativa e na maior torcida. Tomara que passe mais dias em Sampa! Nossa... Ai, que droga que é o mês de dezembro!

Repararam que estou mais solta agora? Reclamando da vida igual todo mundo!

Fazer o quê? Me deram motivos!





Hoje contei o insólito acontecimento para Jim.

Ele apontou uma outra hipótese, que faz sentido:
Ela nao goza e fazia fantasias com meus relatos.

Dei muitas risadas com ele. Depois, pediu para depositar 150 reais pela psicanálise... kkkkkkkkkkkkkk!
Foi divertido. Nada como fazer piadinhas para aliviar. Judeus sao bons nisso: riem mais que ninguém dos próprios defeitos. E assim se tornam grandes humoristas.

É o que eu também procuro fazer: rir um pouco dos meus problemas!

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Sabem como eu me sinto?
Da maneira como as pessoas se sentem depois da morte de uma pessoa querida.
Neste caso, o abalo é duplo pois foram duas pessoas que morreram para mim! Duas pessoas com as quais convivi durante muito tempo, através desta janelinha.
BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

quinta-feira, dezembro 05, 2002

Hoje telefonei para dona Joana. O contato com Fábio me lembrou Ju e o dia em que ela me telefonou, retomando os últimos contatos que tivemos.
Escutar a voz da mãe de Ju, tão idêntica ao da filha, com tanta musicalidade e jovialidade, me dão ainda um nó na garganta. Às vezes tenho a sensação de que é ela quem atende ao telefone... Sinto um arrepio. Páro para pensar se não seria mesmo.

Ligo para ela como uma forma de compensá-la um pouco pela ausência da filha. Acho que devo isso a Ju, por tanto conforto que ela me deu ao longo dos anos em que fomos amigas. Que saudades! Lamento a perda e ainda me culpo um pouco por não ter feito mais alguma coisa para tê-la ainda por aqui. É um mistério com o qual não me conformo.

* * * * * *

Mais um saldo positivo do Caso Mineira+Portuga: pela primeira vez comentei sobre esses relacionamentos com Julius. Não que eu tivesse receio de ser mal interpretada. (Afinal, foi pela internet que o conheci). O distanciamento dele, a completa falta de ciúmes às vezes me intrigou. Mas acho que também é isso que me faz sentir tão bem, tão segura.
Agora olho pra trás e caem fichas de variadas situações. Há pessoas que são naturalmente más, negativas e egoístas. Mas, como diz um ditado popular, "tudo se paga nesta vida".

Estive relendo uns posts antigos. Incluindo o que aparece no começo deste grupo, ou seja, do início de julho. Naquele dia, falo da minha dor no coração diante do e-mail que recebi de Julius. Enquanto Rita soltou um "vixe" de espanto diante de tanta exposição de sentimentos, a Marta disse que ali estava evidente que o cara tava pulando fora. Não teve dúvidas, inclusive apontou os detalhes do texto. E eu achando que eram observações de uma amiga, com a melhor das intenções.

Hoje, Eduardo me ligou bem na hora em que eu estava com a voz embargada diante dessas lembranças. Contei a ele, resumidamente, o que aconteceu. Ele logo se lembrou dela. (Eu pretendia até apresentá-los, devido a interesses comuns pelas artes.)
Não deve ser coincidência que tanto ele como meu vizinho mataram a charada com a mesma hipótese: inveja e ciúmes. E eu entreguei as armas para ela me "fritar".
Grande verdade: mulheres sao naturalmente rivais!



Mudei a forma do blog pois só ontem, ao comentar com uma amiga sobre o modo como alguns leitores me contataram, constatei que no modelo que vinha usando não havia mais espaço para descrição, onde colocava meu e-mail de contato.

Vai que alguém queira me escrever... Na verdade, pretendo abrir espaço para comentários, assim que eu descobrir como se faz isso... Eu deveria era criar vergonha e uma hora me sentar para estudar um pouco de html.

Embora tenha dito que encerrei o assunto, acrescentei, no post do dia, a resposta que havia enviado, por e-mail para o "pedido de desculpas" da "amiga" de Minas. É só para quem estiver acompanhando de fora não perder o fio da meada. Refiro-me aos meus dois leitores assíduos, que sabem da minha vida apenas pelos posts.

Ontem eu fui à Liberdade fazer massagens e me espairecer um pouco. Levei fotos da "Bruna" para Otávio, irmão dela. Também me encontrei com a mãe dela. Conversamos bastante. Aproveitei para contar a insólita história do lusitano, de quem Bruna também foi vítima há alguns anos. Ela me lembrou que o irmão sabia dos detalhes e sugeriu que contasse a ele.

Valeu a pena o desabafo.

Não só aqui, como em relato para outras pessoas, a gente pode analisar melhor os fatos e as reações humanas. Para variar, Braindoctor tem sido meu terapeuta de plantão. Espero que ele não esteja se entediando com meus "causos".

Da Liberdade, segui até a Praça da Sé, onde passei pela Paulus e Loyola, pesquisando livros de novenas e outras publicações semelhantes às que tenho editado. Fiquei encantada com a admiração de um jovem vendedor a São Francisco de Assis. Também acompanhei outro jovem extasiado com a imagem da nova igreja de São Miguel Arcanjo. Lindo ver gente que aprecia a arte e a escrita. Eu realmente sinto-me recompensada com meu trabalho, apesar de não ser artista nem escritora.



terça-feira, dezembro 03, 2002

"Tudo acaba sempre bem. Se não está bem é porque ainda não acabou". Frase que seria do pai de Fernando Sabino e está num dos piores livros desse escritor: "Zélia, uma paixão" (lembram?)

Entre os males que vêm para o bem, fui passear pelos meu outro UIN, para tomar a providência de eliminar as personas non gratas e o que eu acho? O pedido de autorização de Fábio!

De fato, hoje, na hora do almoço, olhando para o vazio, concentrei meus pensamentos nele. Pensei: "Nossa, Fábio, que saudades. Há quanto tempo nao fico mentalizando pra vc aparecer..." Dito e feito! A mágica aconteceu e tudo ficou muito bem!

O reencontro virtual com ele, que durou apenas 5 minutos, foi o suficiente para jogar um balde de água naquela lama toda de algumas horas antes.

Esse será o saldo positivo do dia. Os acontecimentos ruins haviam até feito com que eu não me lembrasse mais do dia em que o vi pessoalmente pela primeira vez: 28 de novembro (acho que de 97).

Amanhã, pretendo relembrar, aqui, porque esse dia foi tão marcante em minha vida. Porque foi o dia em que retomei contato com minha querida e saudosa Ju...

Naquele ano chovia e fez frio. Me lembro ainda de todas as cenas...

Nossa! Como eu sou FELIZ hoje, comparando a aquele ano!

Continuam aqui registradas as considerações que fiz na manhã desta terça-feira, frisando apenas que ACHO que me enganei completamente em relalão ao amigo lusitano. Ainda não tenho certeza. Só o tempo dirá. Por enquanto, a impressão que eu tenho é de que me preocupei à toa mesmo.

Enfim... custou pouco. Só alguns cliques de mouse para deletar, bloquear. Não tenho mais contatos com essas pessoas e fico sossegada!


Fiz algumas correções na ordem dos textos de ontem.

Nunca pensei em tornar este blog privativo. Passei o endereço a algumas pessoas com quem quis dividir minhas impressões sobre a vida. Surpreenderam-me os comentários de alguns leitores anônimos, alguns dos quais se tornaram amigos. Na certeza de que não estou prejudicando ninguém, uma vez que só cito nomes reais de quem autorizou, vou continuar a manter o espaço em área pública.


Ainda tenho mágoas pelo embrólio todo em relação a amigos virtuais. Uma coisa é certa: não tem sentido manter contatos com pessoas que nos aborrecem, nos causam mal-estar, constrangimentos. Às vezes dói porque me apego às pessoas. Mas, analisando tudo que houve, é o momento de fazer uma coisa que as relações virtuais nos permitem muito bem: deletar!. Deletar, botar no ignore... É a grande vantagem da Internet.

Estou seguindo o conselho de meu grande e querido amigo Eduardo. Ele comentou: "por que você ainda fala com essa gente"? Realmente, são apenas "essa gente"...

A "amiga" mineira foi, sobretudo, de tremendo mau-caratismo. Incitou-me a me desentender com Benevides e também com o pobre do professor, meu vizinho. Assim como falo bem das pessoas, faço questão de registrar esse comportamento. Enquanto eu achava que Joaquim enfrentava algum problema de saúde, ela sempre frisou que provavelmente ele havia resolvido trocar de amigos.

De fato. Ele arrumou novas amigas sim...e só agora me contou delas. Não lamento isso.. ele optou por nao falar comigo durante esse período. Não me sinto ofendida. Ficaria feliz se esses romances tivessem vingado. Acredito que a profunda depressão em que ele disse ter mergulhado seja verdadeira...Eu o achei muito envelhecido, abatido demais. Acredito até que a gravidade dos problemas de saúde (física ou mental) sejam maiores. Também compreendo que para amigos mais próximos, nem sempre conseguimos relatar algo que, no íntimo, nós mesmos receamos. É o que me acontece em relação a Eduardo e Alice, dois dos mais queridos amigos reais. Já estive para falar a eles de Julius centenas de vezes. Não tenho coragem. Penso que o mesmo talvez possa ter ocorrido a Joaquim em realção a mim. Certo constrangimento, pois estaria sendo levado por um impulso. O coração dizendo sim, enquanto a cabeça diz nao.


No último final de semana, fui ver minha tia no Noroeste Paulista. Ela mora em uma cidade de uns cinco mil habitantes, a 500km daqui. Está com 87 anos e tem câncer. Fui me despedir dela. Encontrei-a serena, embora muito cansada. É a única ligação mais próxima que restou de meu pai, que tinha apenas mais uma irmã, falecida há uns 30 anos, no Japão. Titia tem um jeito muito especial de apertar as mãos e fitar os olhos quando conversa com a gente. Ela me disse que eu estou muito mais bonita do que quando me casei e frisou: "faça tudo que quiser e puder enquanto tiver saúde". Também frisou que quando ela morrer não precisamos rezar por ela. Observou que as rezas nada fazem pelos falecidos, que servem apenas para os vivos. Penso do mesmo jeito que ela.