terça-feira, dezembro 03, 2002

"Tudo acaba sempre bem. Se não está bem é porque ainda não acabou". Frase que seria do pai de Fernando Sabino e está num dos piores livros desse escritor: "Zélia, uma paixão" (lembram?)

Entre os males que vêm para o bem, fui passear pelos meu outro UIN, para tomar a providência de eliminar as personas non gratas e o que eu acho? O pedido de autorização de Fábio!

De fato, hoje, na hora do almoço, olhando para o vazio, concentrei meus pensamentos nele. Pensei: "Nossa, Fábio, que saudades. Há quanto tempo nao fico mentalizando pra vc aparecer..." Dito e feito! A mágica aconteceu e tudo ficou muito bem!

O reencontro virtual com ele, que durou apenas 5 minutos, foi o suficiente para jogar um balde de água naquela lama toda de algumas horas antes.

Esse será o saldo positivo do dia. Os acontecimentos ruins haviam até feito com que eu não me lembrasse mais do dia em que o vi pessoalmente pela primeira vez: 28 de novembro (acho que de 97).

Amanhã, pretendo relembrar, aqui, porque esse dia foi tão marcante em minha vida. Porque foi o dia em que retomei contato com minha querida e saudosa Ju...

Naquele ano chovia e fez frio. Me lembro ainda de todas as cenas...

Nossa! Como eu sou FELIZ hoje, comparando a aquele ano!

Continuam aqui registradas as considerações que fiz na manhã desta terça-feira, frisando apenas que ACHO que me enganei completamente em relalão ao amigo lusitano. Ainda não tenho certeza. Só o tempo dirá. Por enquanto, a impressão que eu tenho é de que me preocupei à toa mesmo.

Enfim... custou pouco. Só alguns cliques de mouse para deletar, bloquear. Não tenho mais contatos com essas pessoas e fico sossegada!


Fiz algumas correções na ordem dos textos de ontem.

Nunca pensei em tornar este blog privativo. Passei o endereço a algumas pessoas com quem quis dividir minhas impressões sobre a vida. Surpreenderam-me os comentários de alguns leitores anônimos, alguns dos quais se tornaram amigos. Na certeza de que não estou prejudicando ninguém, uma vez que só cito nomes reais de quem autorizou, vou continuar a manter o espaço em área pública.


Ainda tenho mágoas pelo embrólio todo em relação a amigos virtuais. Uma coisa é certa: não tem sentido manter contatos com pessoas que nos aborrecem, nos causam mal-estar, constrangimentos. Às vezes dói porque me apego às pessoas. Mas, analisando tudo que houve, é o momento de fazer uma coisa que as relações virtuais nos permitem muito bem: deletar!. Deletar, botar no ignore... É a grande vantagem da Internet.

Estou seguindo o conselho de meu grande e querido amigo Eduardo. Ele comentou: "por que você ainda fala com essa gente"? Realmente, são apenas "essa gente"...

A "amiga" mineira foi, sobretudo, de tremendo mau-caratismo. Incitou-me a me desentender com Benevides e também com o pobre do professor, meu vizinho. Assim como falo bem das pessoas, faço questão de registrar esse comportamento. Enquanto eu achava que Joaquim enfrentava algum problema de saúde, ela sempre frisou que provavelmente ele havia resolvido trocar de amigos.

De fato. Ele arrumou novas amigas sim...e só agora me contou delas. Não lamento isso.. ele optou por nao falar comigo durante esse período. Não me sinto ofendida. Ficaria feliz se esses romances tivessem vingado. Acredito que a profunda depressão em que ele disse ter mergulhado seja verdadeira...Eu o achei muito envelhecido, abatido demais. Acredito até que a gravidade dos problemas de saúde (física ou mental) sejam maiores. Também compreendo que para amigos mais próximos, nem sempre conseguimos relatar algo que, no íntimo, nós mesmos receamos. É o que me acontece em relação a Eduardo e Alice, dois dos mais queridos amigos reais. Já estive para falar a eles de Julius centenas de vezes. Não tenho coragem. Penso que o mesmo talvez possa ter ocorrido a Joaquim em realção a mim. Certo constrangimento, pois estaria sendo levado por um impulso. O coração dizendo sim, enquanto a cabeça diz nao.


No último final de semana, fui ver minha tia no Noroeste Paulista. Ela mora em uma cidade de uns cinco mil habitantes, a 500km daqui. Está com 87 anos e tem câncer. Fui me despedir dela. Encontrei-a serena, embora muito cansada. É a única ligação mais próxima que restou de meu pai, que tinha apenas mais uma irmã, falecida há uns 30 anos, no Japão. Titia tem um jeito muito especial de apertar as mãos e fitar os olhos quando conversa com a gente. Ela me disse que eu estou muito mais bonita do que quando me casei e frisou: "faça tudo que quiser e puder enquanto tiver saúde". Também frisou que quando ela morrer não precisamos rezar por ela. Observou que as rezas nada fazem pelos falecidos, que servem apenas para os vivos. Penso do mesmo jeito que ela.

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