sexta-feira, novembro 29, 2002

Táqui o e-mail que recebi. Ela comentou certa vez do receio de me escrever e eu postar. Não ia fazer isso, em consideração a esse ponto de vista. Mas agora que ela sumiu, nao vejo por que respeitar tal posição. Estou muito p... da vida. Não com a mentira, não com tudo que aconteceu. Mas porque eu estava disposta a perdoá-la. Iria perdoar e, durante esses dois dias, fiquei aqui, aguardando maiores esclarecimentos. Eles não vieram.


Gostaria de pedir desculpas por minhas escolhas. Tenho certeza que vc sabe
que abomino mentiras e sinto muitíssimo ter aceitado uma mentira que nao era
minha. Sinto mesmo, porque a partir daí passei a mentir também.
Até deixar de ser um segredo, não me pareceu clara a falta, já que a escolha
camuflava-se em "ajudar um amigo". Porém hoje vejo que não era esse o papel.
eço desculpas porque feri a sua confiança. Sei que nao justifica a minha
atitude, mas em nenhum momneto tive a intenção de prejudicá-la.No começo,
quando me foi pedido o sigilo, até me pareceu uma forma de proteção.
Ontem me senti como uma criança pega roubando frutas no quintal do vizinho e
agi de acordo com aquela idade ao afirmar a mentira e inventar outras sem o
menor cabimento. Fiquei acuada. Não sou boa com mentiras. Não queria admitir
a minha falha aos olhos de uma amiga.
Mais uma vez peço desculpas. Não foi idéia minha, mas errei em participar
dela. Desculpa


Ontem, por telefone, Joaquim falou apenas que ele não falou comigo todo esse tempo pois nenhuma vontade tinha de falar com alguém. Respeito essa vontade sim. Apenas não compreendo tanta falta de consideração, a ponto de não mandar pelo menos uma linha dizendo qualquer coisa. Nem sei mais no que acreditar.

Sobre o e-mail da amiga, ele achou que a referência bem poderia ser em relação a outra pessoa, o coleguinha jornalista a quem apelidei de Benevides Paixão. Minha quase ex-amiga mineira me comentou de comportamento estranho do coleguinha. Eu levantei a hipótese de tudo ser um engano, de alguém ter se apossado do UIN dele. Ela não admitiu tal possibilidade. Eu liguei para o tal jornalista e perguntei, textualmente, se ainda se comunicava pela Internet e, em especial, com ela. Ele negou. Tivemos uma longa conversa a respeito de vários assuntos. Um dos papos me emocionou muito. Lágrimas correram silenciosamente pela minha face pela forma como me disse que me admirava e respeitava. Falou que usa eventualmente o MSN. Senti que ele foi franco. Ela manteve o ponto de vista. Fiquei sem entender o que ele poderia ter dito a ela.


A resposta que enviei a "amiga" mineira (que foi omitido inicialmente, por um lapso):

Sinceramente, nao sei o que aconteceu. Não entendi qual foi a razão de tudo
isso.

Sei que em nenhum momento imaginei que vc estivesse se comunicando com
Joaquim.

Quando ele me falou, fiquei p... da vida.

E Glória foi mais franca comigo, por incrível que pareça....

Tento entender o porquê de ele ter interrompido os contatos comigo...Ele me
fazia confidências, dava conselhos, tinha um papo tão legal...

Quando comentei sobre o sumiço dele, foi unicamente por preocupação.
Imaginei que ele nao estivesse bem.
E de fato, ele não está mesmo nada bem. Levei um SUSTO quando o vi. Diria
que do ano passado para cá, ele envelheceu uns dez anos. Os braços parecem
menores e tem-se até a impressão que encolheu na altura. Independentemente
das razões que o levaram a querer evitar contato comigo, fiquei morrendo de
pena. Com certeza, o problema dele não é de simples
diabetes+colesterol+pressão alta... Te digo que ele está completamente SEM
VIDA! Infelizmente eu consigo enxergar isso... Neste momento, nao tenho
raiva dele. Só PENA.

Acreditei em boa parte das histórias que ele contou: sobre as razões da
viagem do ano passado e deste ano (a carioca e a paulista). Penso que eram
coisas tão descabidas que não teve coragem de me revelar. Achei-o
envergonhado, também feito um velho que se deixou enrolar por uma biscate.
Não sei se estou exagerando. Mas s foi algo bastante ruim.

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