sábado, março 12, 2011

Meus olhos doem mais

Continuam a doer, de tanto conter lágrimas

O pior  é não ter nem lugar pra chorar

Pìor é não poder nem ir pra rua fazer isso...

Pior é não ter sossego nem espaço pra nada...

Mas não vou desistir.

Vou vencer o inimigo, vou vencer o mal.

Sei que sou mais forte.

Ainda é minha hora.

Sei que são provações. É a compensação por tudo que tenho, tudo que sou.
Sei que tenho muitas coisas que não tem preço...
Sei que sou pessoa privilegiada... E isso custa, sim.
Sou agradecida a Deus, à natureza, à genética, à sorte.
Por tudo que me vem. Por méritos meus..

Sou grata, sobretudo pelos amigos que possuo...
Por pessoas que estão em minha vida...
E existe apenas uma que preciso afastar.
É bem pouco. E nem sei se é um ser humano.

quarta-feira, março 09, 2011

Lição de casa


Lá longe, lá distante, lá no outro blog, fiz a lição de casa.

Tudo pra cair na graça do Professor.

Disse a ele que prefiro repetir... rsrsrs... Mas acho que vale mais a pena tentar aprender mais um pouco. E tirar máximo proveito de cada lição. De novo, meus olhos doem.

Resolvi fazer uma enquete, com parceiros antigos e novos. De variadas atividades. Concluí que sou muito ruim de "ouvir" críticas. Nisso, um amigo me falou que a gente tem tendência a dar maior importância a essa parte, nos esquecendo completamente do lado positivo. Pura verdade. E destacou que pra ele, é evidente que eu possuo muitas qualidades melhores que meus defeitos. Deve ser. Se não fosse assim, não estaríamos conversando, entre idas e vidas, após dez (10) anos. Principalmente depois de tudo que aconteceu em minha vida nesse período.

Estou ciente de que na maior parte das coisas melhorei. E muito.  Em especial como ser humano. Muito também como mulher. Sobretudo por viver sem culpas.Ciente de meus deveres, obrigações. E sem medo de feliz o tanto que posso. E às vezes basta tão pouco pra ser feliz. Acreditar e sonhar. Sonhar um sonho é tudo de bom! Querer acreditar neles também. 

Em homenagem a Carlos, transcrevo trecho do livro
A cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yalom

Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos ameaça.
(...) No final, ela vence, pois desde o nascimento esse é o
nosso destino e ela brinca um pouco com sua presa antes de
comê-la. Mas continuamos vivendo com grande interesse e
inquietação pelo maior tempo possível, da mesma forma que
sopramos uma bolha de sabão até ficar bem grande, embora
tenhamos absoluta certeza de que vai estourar.


Tentarei ler porque confio nele. No dia em que nos conhecemos, ele me trouxe um livro. Lido e anotado. Depois, me enviou um outro. Lido mas novo... Dou muita importância a amigos que me presenteiam com livros. Não importa qual. Sinal de que me conhecem...

domingo, março 06, 2011

Voltando a sonhar

Sonhos que sonho dormindo são indicativos de que volto também a sonhar acordada. Estou bem



Tive um estranho sonho, pra variar. Sonhei com Alice e Lucas
Nesse sonho, a Ju havia acabado de falecer. Iria começar o velório dela, numa casinha branca de janelas e portas azuis, construção em estilo colonial, do tipo dos barões do café.  A casa ficava em uma rua lá em Bragança, cujo nome me veio agora:  conselheiro Rodrigues Alves. 
Estávamos lá, Alice e eu. Sabíamos o que aconteceu, mas não estávamos tristes. Aguardávamos na rua de paralelepípedos a chegada do corpo. Lucas acabara de chegar de viagem. Usava camisa e calça social. Roupa incomum, ainda mais voltando de viagem. A camisa era azul petróleo, de microfibra. Era na parte da manhã e disse que não dormiu nada a noite toda. Estava sério, preocupado. Não os apresentei, conversamos naturalmente. Ele falou que iria então tirar um cochilo e se deitou no que pareceu uma cama no meio da rua, em uma ladeira. Usava óculos diferente do habitual.  Que avisasse quando Ju chegasse, pra iniciar o velório. Eu fiquei incomodada, intrigada e ao mesmo tempo muito grata por ele estar ali, solidário. Mas conversamos isso tudo meio que telepaticamente, sem nos tocarmos.
Quando acordei fiquei ainda pensando no porquê desse sonho... Aí me lembrei que ele queria ir comigo visitar a Rita quando falei que ela estava muito mal. Na verdade, ele iria só pra nos vermos, já que era uma fase em que uma de minhas únicas saídas era pra ir ao hospital. Recusei a companhia e fiquei intrigada...