quarta-feira, março 27, 2002

Nossa. Que sonho mais doido eu tive ontem!

Estava em uma sala de redação, onde as pessoas ficavam em uma espécie de carteira, como em uma sala de aula. A gente deixava recados um para outro em uma lousinha. Perto de mim se sentava Sandra (única amiga dos velhos tempos da Abril, com quem mantive amizade nos mesmos padrões da época). De repente, ela me disse que iria fazer vestibular, para um novo curso da USP, algo como Histografia. Justamente por ser novidade, o exame seria agora, na Semana Santa. Como diz o nome, era uma espécie de “mapeamento iconográfico” da História. Logo me interessei, mas sem muita segurança de passar. Fui comprar o formulário na Caixa Econômica Estadual, que no meu sonho ficava na Al. Glete, ali ao lado de onde tem um chalé do jóquei clube.

Ao chegar no local, encontrei um colega nissei do colegial, chamado Milton. O garoto era mirradinho e tinha a mesma expressão da última vez em que nos vimos, aos 18 anos (outro dia achei uma foto 3x4 dele, onde parece ter uns 12 anos). Apenas os cabelos dele estavam bem compridos e desgrenhados, escorrendo pelos ombros. Não sei qual era a minha aparência no sonho, mas ele me reconheceu. Contou que se formou em engenharia, na Mauá (a última notícia que tive era de que ele ingressara na FEI) e que o campo estava difícil, então tava dando aulas (igual a irmã dele, que foi minha professora de Biologia). Daí o interesse em fazer esse novo curso.

Reparei que o cara tinha uma pilha de boletos para inscrição e monte de fotos. Então, ele explicou que iria se inscrever 10 vezes, usando várias fotos antigas e o mesmo nome. Desse modo, ele teria maiores chances de acerto. Isso porque o exame seria em forma de teste e ele sabia que só seriam computados os acertos, descartando os erros. O cadastro seria por profissão que a pessoa exerce, então ele preencheria com 10 profissões diferentes e um único nome. Garantiu que daria certo pois conhecia o esquema de computação dos exames, entendia de estatística, etc.

Aí, decidi fazer a mesma coisa que o Milton, ou seja, 10 inscrições, para me garantir, já que cada inscrição custava só 0,40. Como não tinha 10 fotos 3x4 diferentes, fui pedir para minha irmã e minha sobrinha. No caminho, encontrei o Tico, colega meu na Noval Cultural. Ele dirigia um carro antigo, daqueles da década de 20. Contou que também iria fazer vestibular pro tal curso. Subi no carro e o estofamento estava todo puído. Nos bancos, tinha alguns exemplares de “Nosso Século”, ou melhor, aquele da capa verde. O cara falou que estava estudando, já como parte do currículo do curso para o qual se dava como aprovado. Detalhe: Não vejo Tico há uns 20 anos e ele estava com a mesma cara e mesmos óculos, sendo que deve ser uns 15 anos mais velho do que eu.

Quando acordei, a realidade se misturava com o sonho. Na cama, fiquei pensando em convidar Eduardo e Julius a tentarem o curso também. Tinha tudo a ver com eles. (De fato, teria).

O gozado é que, não sei onde, eu soube que as aulas seriam dadas no prédio da Fundação Japão, naquela primeira subida da Usp, perto do relógio. Em seguida, vi cenas de todos nós chegando por lá: a Sandra, o Edvaldo e também a Ana. Detalhe: Ana estudou História na USP e só apareceu nessa última cena. Usava uma camiseta de cor salmão, igual a da Sandra, quando veio me falar do tal vestibular. Eduardo estava de paletó e gravata, destoando de todo mundo com sua barba grisalha.



Vá entender...



rssrrs

Nenhum comentário:

Postar um comentário