terça-feira, dezembro 28, 2004

Preciso postar montao de coisas antes de concluir o ano. Tá difícil botar as idéias em ordem. Mas ontem, conversei com o Professor, pelo MSN e me animei. Ele falou que teve um sonho erótico com euzinha aqui! E me disse que contava em primeira mão, antes de postar, pra que eu nao o espinafre aqui neste blog!
Como prometi, nao vou espinafrar!
Consultei o Houaiss... mas ele me deu uma definição melhor do que aquele mestre. "Espinafre no c... dos outros é cebolinha!" Ahahaha.. Gostei!
Mas não vou espinafrar ninguém! Estou de bem com a vida!


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Anteontem, tive outro sonho com mamãe. Estávamos na nossa casa, no interior, e a gente fazia macarrão caseiro, usando uma maquininha a manivela. Estendemos a massa, cortamos com faca, cozinhamos e comemos na hora.
Impressionante. Mas, mais uma vez, a estampa da blusa dela surgiu fotograficamente no sonho. Era um estampadinho ocre, de folhas, sobre fundo branco.
O sonho foi só isso, bem curto e mudo. Não me lembro de ter escutado a voz dela.
Ao acordar, ficou em minha mente a sensação de ter visto essa blusa no armário dela, da última vez em que abri aquelas portas antes de ser esvaziada.

Acho que ainda não contei sobre esse lance do esvaziamento do guarda-roupa de minha mãe. Meu choque e minha dor foram tão grandes que não tive coragem de escrever a respeito. Na verdade, fico aborrecida comigo mesma por esse fato me incomodar tanto. O que aconteceu é que exatamente uma semana depois da morte de mamãe, minha única irmã foi lá e despachou tudo que estava nos cabides. Inclusive os cabides. O gesto me chocou. Talvez porque eu fui a última a partir da casa dela, há 25 anos. Talvez porque aquele guarda-roupa (da Laffer) fui eu que cedi a ela. Talvez porque muitos dos cabides ali dependurados tenham me pertencido. Lembro-me de dois forrados com "sutache", trabalhinhos manuais que fiz na escola. Em uma das caixas ali guardadas devia estar também um caderno de amostras do curso de corte e costura que eu fiz com muito capricho. Doeu bastante... Hoje, quase dois meses depois, tento superar as mágoas e tento acreditar na eternidade. Tento pensar positivo, para o bem dela, para todos... principalmente atendendo ao pedido que ela me fez quatro dias antes de ir embora.

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