domingo, fevereiro 20, 2011

Divagações



Fiquei desolada diante do desprezo, do menosprezo, da falta de consideração da pessoa que mais amo: minha filha. Meu coração endurece, sim. Tento cair na real e sigo adiante. 


Quando decidi fazer de tudo, até o impossível para manter o pai dela vivo, foi por ela. Sim, por ela, principalmente pois para mim, ele já era uma página virada em minha vida.
Agora ela nos virou as costas. Está cega, surda e burra. Só não ficou muda. E abre a boca apenas em defesa do que lhe interessa.


Choro, sim. De pena. Muita pena. Disse-me ela – no auge dessa relação doentia –  que eu não posso compreender pois nunca fui amada. 


Sim, chorei muito. Não por essa aparente ofensa. Justamente porque só eu sei como fui e sou amada. E ela não tem mínima ideia do que é amor incondicional. Nunca teve noção do que é um homem de verdade. Psicologica e fisicamente.
Doi dolorido... Doi muito pois desejo imensamente que ela seja feliz...


Sigo em meio a esta dor sem tamanho enquanto até me culpo porque mesmo assim, sou muito feliz. E o que me faz feliz? O amor. Aquele amor que me permite sonhar e ter noites tranquilas de sono.

2 comentários:

Anônimo disse...

Absurdo o que uma filha é capaz de fazer com os pais. Menosprezá-los e virar as costas com desprezo. Deve ser uma menina egoísta que pensa única e exclusivamente em suas vaidades fúteis e fora de sua realidade. Deve ser uma menina acomodada que não faz absolutamente nada para ajudar em casa, deve querer comida e roupa lavada.. deve exigir isso. Tampouco deve trabalhar, deve ser uma dessas usurpadoras que além de não ajudar ainda sugam os poucos proventos da casa. Uma mãe tão gentil e amável, solidária e carinhosa não merece um tratamento desta natureza. Afinal, o amor materno é sempre incondicional.

Anônimo disse...

Sua tenacidade, confiança, garra de leoa escorpiana, da força de católica enrustida, de fiel espírita, de amante da força evangélica, de fã incondicional de Santo Antônio e de Nossa Senhora, e de mãe, de essencialmente mãe. Você merece a restituição não só da alegria, como da paz e do amor.

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