quarta-feira, junho 08, 2011

Autoanálise 1



Sou feliz, sobretudo com algumas riquezas que acumulei. Uns parcos conhecimentos de assuntos variados, mesmo que não sejam acadêmicos. A ligação que hoje eu tenho com meus irmãos e sobrinhos, que compensam a desolação que sinto ao observar a relação com minha própria filha...E os amigos. Uns muito próximos, presentes em todos os momentos, a quem recorro quando a aflição aumenta. Sempre sou socorrida, resgatada da beira do abismo. Algumas palavras de apoio, estímulo e reconhecimento são mais fortes que outras...talvez por serem pessoas de quem gostamos mais. As de meus irmãos têm muito valor.
Outro dia, no Dia das Mães, fiquei muito emocionada quando meu irmão ressaltou que sou a mais forte de todos.  Ainda tento, todos os dias, entender o porquê das coisas.. e também me lembro de minha mãe falando: "e pensar que fiquei desesperada quando engravidei de você"... foi uma maneira de ela me elogiar, eu acho. Ela tinha 41 anos e chegou a me confessar que se soubesse como, teria me abortado. Também não me ofendi com aquelas palavras, nem me choquei. Minha mãe muitas vezes não pensava muito pra falar, embora a máxima dela fosse: "palavras soltas ao vento não podem ser recolhidas"... Bom eu parar por aqui pois pior que palavras proferidas são as tecladas, né..

Acordei esquisita.. mas já me sacudi, fui pro tanque, tomei café, tirei o PP da cama sem bronquear. Noite fria, sono profundo,  escapou xixi.. aff... Mas a lembrança daquelas noites geladas no hospital me fazem achar ótima a situação em que vivemos.

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