sábado, novembro 17, 2001

Não tive mais tempo ou paciência para escrever aqui.

Retomei contato com Y a r a, uma amiga de infância. Depois dos agitos por conta daquele encontro, telefonei para o irmão dela e consegui o telefone dela. Mora no Butantã, em São Paulo. Ele ficou muito feliz que eu tivesse ligado e conversamos bastante.

Transcrevo o e-mail que mandei pra ela depois do papo:

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Nossas recordações, envoltas pela névoa do tempo, ficam por vezes muito embaçadas. Porém, a cada nome citado, as imagens parecem se recompor, tomando forma aos poucos. Quando você me falou de Masanori, lembrei-me de um menino magrinho, moreno, de cabelo curtinho.

Eu tenho excelentes recordações de você. Nunca me esqueço da primeira noite que passamos no shogakusha: eu, você e M i t i k o Endo. (Nossa, como e tive medo! O reflexo fantasmagórico do luar e o pio das corujas). Lembrei-me daquelas galochas ridículas de borracha que nossos pais compraram pra andar no barro... ehehehe. Tenho nítidas em minha mente as cenas de nossas brincadeiras depois da chuva, no pátio alagado. Recordo-me também dos banhos coletivos de ofurô, as brincadeiras...

As pessoas mudam mas a essência prevalece. Podem existir momentos em que, levados por fatores circunstaiciais, nos tornemos mais distantes, mais duras, mais tristes ou mesmo mais alegres. Entretanto, no íntimo, preservamos a personalidade que já demonstrávamos quando crianças. Na maturidade, o esnobe apresenta-se exibicionista e o solícito e humano acentuam sua solidariedade.

Lembro-me de você como garotinha muito risonha, de voz rouca, extrovertida e rechonchudinha.

Você está muito bonita, elegante... O visual mudou bastante (para melhor). Mas ao falar com você, senti que era a mesma menina!

Com a Fumi, senti a mesma coisa. Tenho gratas recordações dela, da Célia, da Júlia (de Atibaia), da S h i n o b u, da Harumi... Elas me ajudaram muito.

Tenho vontade de procurar algumas pessoas daqueles tempos. Lembro-me bem do H i l t o n T a k a h a s h i , assim como dos outros rapazes de SP: Ro berto H o n m a e Renato M o r i. O Renato, tornei a reencontrar na adolescência, em algum baile. Mas cada um de nós estava em outra e conversamos pouco.

Com a Kimie e os irmãos, mantive contatos esporádicos, também em festinhas e bailes, durante o período em que morei na cidade de Bragança. Entretanto, parece que sempre houve um bloqueio em falar de coisas do shogakusha. Com Á l v a r o Y u k i o, o dentista, nunca consegui um papo!

Depois de um ano aqui, estudando no Alberto Levy, na av. Indianópolis, fui morar no Lavapés. Fiz o ginásio e o colegial na Cásper Líbero e também o técnico em Contabilidade no Rio Branco. Minha vida social girou muito tempo em torno do "seinen-kai", a Nipo. Minha melhor amiga durante essa fase foi V e n í c i a O t a n i, filha do gerente da cooperativa.

Falar mais alguma coisa desses 35 anos daria vários livros! rs... Mas acho que ainda é cedo para começar uma autobiografia... rs...

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