domingo, maio 11, 2003

Que delícia ter bons amigos.Quinta-feira fui com um deles ver a exposição dos guerreiros de terracota, no Ibirapuera.
Vejam nossa troca de e-mails:


Obrigado pela manhã e tarde tão agradáveis que passamos na quinta-feira. Deveríamos repetir o programa mais vezes. Sair à tarde, sem compromisso, visitando lojinhas e descobrindo coisas inusitadas. Garimpar quinquilharias ou visitar exposições raras, como a dos Guerreiros de Xi´an (será que grafei corretamente?), almoçar com apetite e sem pressa.
Cheguei ontem à noitinha em um Rio com clima exótico: nublado e chuvoso. Adorei! Parecia Londres, sem o Big-Ben, a White Tower e o Picadilly Circus. Ah... e sem os fleumáticos londrinos.
Fomos direto apanhar meus sobrinhos na escola e, então, nova surpresa: uma queima de fogos de artifício com direito à bateria (ou parte dela) da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Claro que a recepçõo não se devia à inusitada "Força Tarefa" de um quarentão acompanhado por sua mãe em uma visita à Cidade Maravilhosa (por mais que o título venha sendo disputado por Bragança). Coincidentemente, chegamos quando terminava a abertura das Olimpíadas Escolares. As crianças, já um eufemismo, estavam exaltadas! Gente, alvoroço, gritos de guerra das torcidas, discursos de professores de Educação Física, uma persistente chama que é levada por um elevador para a pira olímpica e a entrada triunfal da bateria da Beija-Flor. É impossível não lembrar do entusiasmo que esses acontecimentos imprimem em nossa memória. Por mais simples que sejam, esses simulacrados das Olimpíadas acabam por fortalecer os vínculos com a escola ou o colégio. Via a exaltação de meus sobrinhos e compreendia exatamente o que sentiam: um misto de entusiasmo, alegria, desdém e cumplicidade.
Todos adoraram as revistas que você ofereceu e estão se divertindo muito com as piadas. Meu cunhado, sempre tão reservado e quieto, chegou a ler algumas piadas de sogra em voz alta!
Eu ficava mirando a cara do Ari Toledo e imaginando o trabalho que seus cabelos te deram.
Ah, inesquecível as fotos da festa de lançamento da revista com capa perfumada no Made in Japan da Mooca.
Ainda não demos seu presente para minha irmã. Vamos oferecê-lo amanhã, junto com os demais presentes.
Hoje meu sobrinho tem uma apresentação de música: tocará cinco canções, sendo quatro dos Beatles.
Pensei em outras coisas para te contar mas acabei esquecendo cerca de 70% delas! Será a idade?


Minha resposta:


Eu é que agradeço pelo dia maravilhoso e por tantas informações que você acrescentou ao nosso passeio. Espero que depois da leitura dos livros que você comprou, me conte muito mais. Na noite de quinta-feira, reli algumas reportagens a respeito e percebi que há muitos desencontros de informações. Alguns sites falam em 8 mil esculturas, outros em 9 mil e outro em 2 mil, dos quais teriam vindo 13 ou 11 ao Brasil. E eu achava que eram 4 mais dois cavalos, além de 3 em tamanho menor. Bom... temos de dar um desconto aos coleguinhas distraídos que tiveram de percorrer aquilo às pressas, em dia de inauguração, com o compromisso de chegar cedo à redação pra fazer a matéria. Talvez por isso, ou por falta de percepção (a nova geração de jornalistas, criados já na era da informática) nenhum artigo descreveu alguns detalhes que me pareceram tão especiais, como aquele longo painel de seda que a maior parte das pessoas percorria em sentido inverso. E continuo sem saber quem é aquele Giuseppe-não-sei-das-quantas.

De tudo que li na internet, gostei mais da página:
http://www.tvebrasil.com.br/noticias_cultur/china/guerreiros.asp
Ela traz alguns links interessantes e as informações parecem mais precisas.

Eu já ganhei meus presentinhos ontem: um twinset da Hering (exatamente igual da Regina Duarte, na cor rosa antigo. Paulinha perguntou: "você também tem medo?" eheheeh) o livro "Gueixa", da Objetiva. Na verdade, o que eu queria era "Diário de uma gueixa", publicado por uma editora meio desconhecida. Paulinha se enganou... Poderia trocar, mas comecei a ler ontem à noite e já estou na página 59. Foi escrito por uma antropóloga americana chamada Liza Dalby. O livro não era exatamente esse e a camiseta é um pouco acima do meu tamanho... mas, fazer o quê? Acho que minha mãe também não gostou muito da blusa preta que eu dei e tampouco da outra, do ano passado... Mas temos de dizer que era exatamente aquilo que queria ganhar! "Mãe sofre".. e "Mãe só tem uma... ainda bem!" – como diz o Paulo.

Detalhe: eu queria um fogão de 5 bocas, com termostato e timer (para fechar os bicos de gás na hora certa). Mas achei 2.490 reais um exagero. Então, disse que me contentaria com uma "clockinha". Mas ninguém acredita que eu prefira eletrodomésticos ou utensílios de cozinha a jóias, roupas e livros...

No fim, acabei adorando o livro que ganhei. Nada como um bom escritor americano para falar com tanta paixao de costumes japoneses! É mais ou menos o que aconteceu com "Xogun"!
Já li quase 200 das 350 páginas.

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