quarta-feira, setembro 24, 2003

Hoje tive uma crise histérica daquelas. Uma encrenca no trabalho foi a gota d´água. Acusações absurdas de que eu teria cometido um erro bobo. Impossível. De que teria fechado arquivo com separação de cores. Fiquei sem entender por que motivo um sujeito inventou essa história, depois de ter me explicado, passo a passo, o procedimento. Quando recebo essas instruções, tenho o cuidado de fazer no meu computador e gravar todas as telas em print screen, colando depois a sequência no Word. Eu já lidei com muitos tutoriais de informática e sei exatamente como fazer isso, de modo inconfundível. É só executar o que a pessoa determina, apertar uma tecla e depois, Ctrl´+V no documento. Consequência da encrenca foi perda de um dia na gráfica e quebra do prazo de entrega da revista na distribuidora, com consequência na data prevista para o lançamento. Muito desagradável. Eu jamais quebro meu prazo. Nem que fique duas noites sem dormir.

Isso tudo aconteceu quando eu estava no meu limite de estresse com problemas pessoais. Alguns velhos traumas domésticos e umas tratativas que goraram. E pra completar, a sogra chega amanhã, trazendo o marido dela pra se tratar em Sampa. Toc, toc, toc! Eu nao quero nem imaginar... Mas vou ficar de guarda em casa, se ela vier ver a neta.

Também continuei aquela velha discussão com a amiga do RJ. Nós viramos mesmo outras pessoas. Eu, cada vez mais próxima dos jovens e ela, dos mais maduros. Desde que ela começou namoro com um sessentão, a coisa piorou de vez. Eu gosto dela como se fosse minha irmã. E irmãs fazem cobranças. Mas eu estou por aqui de ser cobrada, monitorada. De dar satisfações e explicações. Sem falar em justificativas. Nem tudo que eu faço tem lógica. Dá licença?

* * * *

Chato levar o cano. Acho que fere o amor próprio de qualquer mulher. Não, nao fiquei esperando ninguém num restaurante. Sabem aquela coisa de "quem sabe semana que vem"? Aí, chega a semana que vem e: "esta semana, acho que..."

Não aceito ser enrolada!

Seja lá qual arguento a pessoinha tenha.

E depois, nem tou tão solta e largada no meio da rua pra tanto desespero. Desencanei.

E com isso, na parte da tarde, tive uma sessão de lavagem de roupa suja com o Professor. Foi bom, pois botei os bichos pra fora. Ficou faltando contar umas coisinhas sobre minha vida. Não sei se ele irá entender. Uma das coisas que ele já pode ir sabendo, se ler este blog, é que meu coração tem dono! E outras partezinhas do meu corpo também! Dono por doação livre e espontânea. Mas não posse nem poder. Essa situação, como tudo nesta vida, não é eterna. Estou sempre mudando. Eh, eh, eh!

Agora... quanto ao dono do meu coração... Conversamos rapidinho hoje. E sempre que vejo o nominho piscar, meu coração quase salta pela boca. Convivo bem com a distância, com a ausência, com as dificuldades e complicações. Os sentimentos fortaleceram muito nos últimos meses. Neste momento eu penso: "infinito quanto dure".

Mas ele tá lá, com seus probleminhas e problemões. Não é porque eu o acho insubistituível, insuperável, maravilhoso, magnífico, fantástico, estupendo, delicioso, que vou ficar chorando pela separação.
Nem vou bater o pé reivindicando presença. Eu quero que ele resolva tudo direitinho e cuide de aparar arestas, recuperar a saúde, para estar comigo inteirão, sempre que puder. Assim como ele nunca me cobrou nada, nunca me perguntou o que eu faço quando estamos assim separados, eu também não penso nisso. Sei que ele pode ter mulheres divinas e maravilhosas, mas sei que sou ainda a número um. Desde que nossos olhos se encontraram. E os deles, verdes, magnéticos, já me espelharam toda a alma. E sabe o que mais acontece? Quanto mais conheço outras pessoas, mais tenho a certeza de que é ELE o homem da minha vida. Mas acho que vale tentar saber se existe outro. Por que não? Vai que existe mesmo...





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