terça-feira, maio 31, 2005

um superpost

Fechei o trabalho mensal antes do feriado e hoje, finalmente, posso dar-me ao luxo de colocar um "postão" aqui.

Ajudam-me os incentivos que recebi da Sula, Eduardo e Li. Ontem, tive uma conversa deliciosa com Li, que novamente me cobrou um livro.

Assim como nos jornais, as pessoas pouco falam de coisas boas. Boas notícias não vendem e nem chegam mesmo a ser notícias. Na verdade, tornam-se entediantes, repetitivas e geram desconfianças do tipo: "será que tudo são realmente flores mesmo"?.
O que aconteceu na Parada Gay foi o contrário. A mídia, de modo geral, descreveu como festa pacífica, quase sem incidentes, uma manifestação respeitosa, apenas com pontinha de de irreverência. Ai de quem se atrevesse a criticar. Perigava ser tachado de skin head, preconceituoso, racista.
Entretanto, a realidade dos bastidores não foi tão arco-íris. Houve maior confusão nos pronto-socorros da região, entre bêbados, drogados e escandalosos, que tumultuaram o atendimento da emergência. Tive a oportunidade de testemunhar uma dessas cenas ao encaminhar nosso porteiro à emergência da Santa Casa, com problema cardíaco-pulmonar.

Ando entre sonhos, devaneios e preocupações do mundo real. Entre o mundo das palavras, letras, transformações e coisas prosaicas, do dia-a-dia, como experimentar uma marca nova de arroz, fazer um prato diferente, passear pela feira. E tricô, muito tricô.Fujo da paranóia que às vezes baixa, diante de preocupações graves com ameaças sérias que nem posso descrever aqui. Mas penso, como meu irmao, sermos dotados de um escudo especial, armadura talvez herdada dos samurais antepassados. Felizmente... toc, toc, toc! Nunca fomos alvo de nada que nos atingisse fisicamente.

Ah! Claro que dou-me ao luxo de sonhar muito acordada... de curtir sentimentos que borbulham, intimidam ou encorajam...

Quanto aos sonhos que tive dormindo, transcrevo aqui um e-mail que mandei ontem pra uma amiga, a Titi, lá de Olinda:

"Tenho dormido bem... mas sonhado muito. Em particular com pessoas que morreram Ontem meu sonho foi com dona Dora, vizinha que morreu em julho do ano passado e com dona Wilma, mae de minha amiga Alice, que mora em Brasilia. Dona Dora era uma senhora judia que foi muito rica e fina. Estava doente há muito tempo e havia fraturado o fêmur direito há uns 10 anos.. e no ano passado, em abril, foi outro. Ela lia tarô, era muito intuitiva e fomos muito amigas. Nao se recuperou mais da fratura e morreu no começo de julho, de pneumonia. No meu sonho, ela apareceu bem velhinha, de pijama cor-de-rosa, numa cadeira de rodas. Muito, muito magrinha, embora de cabelos pintados. Eu fui visitá-la no apartamento onde morava e ela ficou me mostrando a cozinha, cuja reforma, feita há mais de 20 anos, deu tudo errado. Com isso, a cozinha estava desativada.( É mais ou menos o que aconteceu de verdade, só que nao sei a causa. Eles botaram o fogao na area de serviço e cozinhavam lá) Em outro flash, quase emendado ao sonho, eu visitava dona Wilma, que estava mais ou menos com a cara de há uns 20 anos. E ela tinha monte de gatos, cheinhos de pulgas. As netas brincavam com os gatos e eu as ensinei a tirar pulgas rapidinho, botando numa vasilha com água, pra nao ter que esmagá-las. ( Na vida real, dona Wilma tinha cachorro. Nunca soube que curtisse gatos, acho que os temia). Bom... a razao de eu lhe contar esse sonho agora, Titi... é que um dos gatinhos que surgiu no sonho era muito, muito parecido com o da Ana, que aparece no Orkut com o marido dela. Alias, quando acordei, eu até comentei com minha filha que nunca vi um gato daquela cor, meio "ruivo". Era um filhote de uns 3 meses, gordo e muito parecido com o da foto.
Eu andei sondando umas coisas sobre "conscienciologia", viagem astral e sonhos... Vi na tv um médico, Nubor O r l a n d o F a c u ri, que escreveu o livro "Muito alem dos neurônios", onde diz que o cérebro continua o trabalho durante o sono... é da editora Espirita e ele é neurologista, da Unicamp. Foi amigo de Chico Xavier. Nossa, quanta coisa falei ao mesmo tempo, Titi.. Mas acho que vc vai entender, ne? Enfim.. o que eu quero lhe dizer é que tenho a sensaçao de estar "viajando" muito, sonhando demais... em particular com falecidos. Que vc acha? Com a Ju e sua mãe, nunca sonhei..

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Será que meu cérebro esgotou tanto, tá tão lotado que sai tudo pelo ladrão e preciso dormir demais e sonhar desse modo? Claro que os tantos acontecimentos que vivi pesam... Ontem, além de aniversário da minha filha, fez 4 anos que meu irmao morreu (o de câncer). Na semana passada, sonhei com ele... Dentro do meu agnosticismo e pouca informação psicológica, psiquiátrica, esotérica ou espiritual, sei que vivo um momento especial, sei que nem tudo é concreto, esmiuçável... Tento gerenciar isso...buscando a tranquilidade nos meus bichanos, lãs e agulhas... e em amigos que me "escutam" muito. Fora o trabalho, que é meu remédio principal, no qual sou viciada.

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