quarta-feira, outubro 19, 2005

Sem crises?

Infelizmente não tenho casos pitorescos para relatar. Não significa que eles parem de ocorrer. Acho que tudo é uma questão de senso de humor. O meu não anda lá essas coisas. Estou cansada de "ouvir" pessoas com soluções tiradas da manga do colete. Todo mundo tem sua receita para crises, sejam pessoais ou não.

Acho que, apesar de tudo, estou contornando bem minhas crises. Gerenciando-as melhor sem remédios químicos. Meu nível de tolerância baixa a cada dia. Mesmo assim, continuo eterna Pollyana. Otimista sim. Alguma coisa boa há de acontecer. Os contratempos do mês são por conta da minha quarentena astral. Tudo há de melhorar. E há de ser em breve!

Minha filha foi assaltada na quinta após o feriado. Confesso que fiquei um tanto abalada. Não nos conscientizamos do perigo, dos riscos, até que aconteça com alguém próximo da gente. Em quase 30 anos de Sampa nunca fui vítima de assaltos. Só duas vezes fui atacada por trombadinhas que tentaram surrupiar a mesma bijuteria. A correntinha vagabunda rebentou e o ladrão não levou nada. Estar cara a cara com alguém nos ameaçando é assustador. Mesmo quando se trata de uma criança de não mais de doze anos. Foi uma pivete franzina quem abordou minha filha pouco antes das seis da manhã. Felizmente a vítima manteve a calma e se saiu bem. Entregou apenas o dinheiro.

Procurei tranquilizar minha filha, mas temi que o acontecimento desse maior nó na cabecinha dela. Felizmente isso não aconteceu. Só embaralhou a minha cabeça. De repente fui tomada por uma paranóia que nunca tive. Só mesmo o tempo pra me resgatar a tranqüilidade.

Situação irônica, né? Pois é... Policiais são vítimas de assaltos do mesmo modo que médicos ficam doentes.

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