sábado, abril 16, 2011

Virada Cultural

O som da música e das vozes chega às minhas janelas


Tanta gente vem de longe.


Eu não posso ir à esquina


Hoje fiz panquecas, descongelei ultima sobra de ravioli pronto. Só depois de tomar passe e afastar os bichos estranhos, batendo com as mãos e alisando o estômago, consegui comer um pouco. Muito pouco...


Tristeza é a minha companheira de hoje.


Mas consegui esticar o pescoço acima do poço.. Por breves, fugazes instantes... Uma pessoa me ajudou espontaneamente. Mas essa nem soube de minhas angústias. Só eu sei das alegrias. Pedi socorro, desesperadamente, chorosamente, angustiadamente para algumas. Atenderam. Mas na base de saca-rolhas.


Das criaturas perto de mim, apenas os felinos perceberam minhas lágrimas. Elas escorreram muito.. De tao intensas, parecem esguichar, em muitos difíceis momentos.
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Não estarei assim o tempo todo. Penso em Realengo, penso em tantas desgraças. Não posso chorar tanto por ser mãe, se comparada a aquelas. Não posso chorar se minha cria segue viva. Não posso querer mais perto de mim. Mas choro diante da dificuldade de seguir só com minha imensa cruz. Mas vou cuidar dela. Pelo menos há alguma compensação.


Consola-me a imensa alegria que brota sem culpas em fugazes momentos. Secretos, em que sorrio no íntimo. Compensa tudo. Só em imaginar. São sensações sentidas. Observdas. Nunca verbalizadas. Que nao ousamso confessar. Mas que nas entrelinhas brotam fortes. Muito fortes. Emocionantes.
 Sim, Cecília. Escrevo porque o instante existe! Sim, tenho também fases como a Lua... e de ser a face oculta!

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