domingo, agosto 11, 2013

DIA DOS PAIS...



Minhas lembranças deste dia se ligam ao último presente que dei a ele, um pijama verde-água que não chegou a usar... 
Também me lembro de outros presentes bobos.

 Um apoio de telefone que era caixinha de música... 

Uma cigarreira de plástico que fazia saltar o cigarro quando apertava. Acho que quebrou em menos de uma semana..rsrs

Esses dois objetos foram comprados de dona Wanda, que morava na Barao de Duprat, perto de minha primeira morada em SP, que foi na senador Queirós..

Outra lembrança desse dia é ele reclamando como o Dia dos Pais era uma data menor em relação ao Dia das Mães.

Pois é, Pai... o que mais lamento é não termos tido oportunidade de algumas conversas mais profundas. Mas nunca me esquecerei das coisas que nos ensinou.

Minha maior gratidão, hoje, é pela infância e adolescência que eu tive. E também pelos irmãos maravihosos que me permitiu ter.

Acima de tudo, devo agradecer a ele e à minha mãe ter-me permitido nascer!
Isto porque sou literalmente a raspinha de tacho, um acidente de percurso, que chegou quase nove anos depois do meu irmão logo acima de mim. Sétima filha, cheguei após 5 homens e 1 mulher, que é a mais velha de todos.

sábado, agosto 03, 2013

12 anos...

Hoje, ao ler que o blog da Cora completou 12 anos, me dei conta que o meu também. Uma das referências é o níver de meu amigo O r e s t e s. E os outros aniversários que pipocam à minha volta nessa época...

Depois que fui encostada na parede, acuada, perdi completamente o pique e a espontaneidade de escrever. Essas lembranças só me trazem lágrimas. 

Reli os primeiros posts... http://soumaiseu.blogspot.com.br/2001_07_29_archive.html

Acho que poucas coisas mudaram na minha essência.

Ainda continuo com o coração sensível. Vivendo emoções que já nao ouso mais colocar aqui...

Naquela época minha felicidade não tinha tamanho. Hoje valorizo mais cada instante em que posso dizer que soumaiseu. 
Novamente prometo aqui voltar...


domingo, maio 12, 2013

DIA DAS MÃES


Minha mãe tinha muitas máximas, em sua maioria ditos populares do antigo Japão.  Nos meus momentos de dificuldades, hoje busco força e sabedoria naquelas frases...

"Ue ni mo shita ni mo kiri ga nai" (não há limites pra cima ou pra baixo)
Dizia sempre que a gente estava chateada com alguma coisa ou alegre demais.

"Nana ochi, ya oki" (cair sete vezes, levantar-se oito).

"Dashita kotoba wa hirowarenai"  (Não dão pra recolher palavras jogadas ao vento)

"Hito ni warawareru you na koto suruna" (Não faça nada do que os outros possam rir)

Em 2004, eu estava por conta de dar apoio a minha filha, no primeiro e duríssimo ano da Academia Militar. E ela só vinha nos finais de semana pra casa. Por isso sei que não fui lá no domingo, Dia das Mães. 
 Fui umas duas semanas antes e passei duas noites por lá, na casinha de três cômodos, ao lado de onde meu irmão mora. Cozinhei pra ela, fiz carne com curry, usando tempero importado do Japão. Ela fez missoshiru e arroz branco. Comeu muito, disse que meu prato estava delicioso. Levei um tricô, um colete de lã 
100%, cor natural de carneiro, pra minha filha
 enfrentar as madrugadas geladas no Horto Florestal onde fica o B arro B ranco
. E minha mãe ficou mirando com ar de inveja. Ao voltar pra casa, escolhi cuidadosamente uma lã cinza-azulada e confeccionei um colete bem comprido, um ponto caprichado. Enviei por sedex. 
 Mamãe pareceu toda envaidecida, mas 
não chegou a usar o colete
. Aquele inverno não lhe deu oportunidade pra sair 
 de casa 
e ela ficou, como sempre,
"economizando", 
esperando uma oportunidade especial pra estrear a roupa nova. Na véspera de Finados, minha mãe foi embora... Mas acho que ela ficou feliz. Perto dos 50 anos, finalmente eu tricotei uma roupa pra ela... Nossa, como fui egoísta!
 Antes, só havia feito cachecóis pra ela. Roupas, só pra mim, minha filha e marido... 

Aí me lembro de outra máxima dela, de que o que vale na vida de uma pessoa são seus últimos momentos. São esses que ficam mais firmes na nossa memória. E a última semana, tive o privilégio de passar todas noites com ela, no hospital, após a cirurgia de fêmur. Também os últimos banhos, fui que dei... Foram situações únicas que agora parecem me compensar por tanto tempo que fiquei distante dela.

sábado, abril 06, 2013

Desanimei

Acho que nunca fiquei tanto tempo sem postar nadica aqui...

Fui hoje ao blog da Myrna, amiga virtual que conheci há mais ou menos um mês, depois de uns 4 anos de papos e muitas tentativas de marcar um café, etc. E Myrna também anda postando muito eventualmente. Mesmo assim registrou nosso encontro ao vivo. Foi durante a Caminhada Noturna pelo Centro de São Paulo. Sim, isso mesmo! Foi há um mês, nos vimos na caminhada pelo Dia Internacional da Mulher. 
Saindo da praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, seguimos pela D. José Gaspar, passamos em frente à praça Roosevelt, entramos na Maria Antônia e chegamos à Dona Veridiana, na Sta Cecília, até onde começa a av. Higienópolis.
Foi legal conhecer a história de Veridiana, cuja mansão hoje abriga o Iate Clube Santos.

Não escrevi mais porque não aconteceu nada muito especial. Pelo menos este ano não perdi mais nenhum amigo. Apenas a mãe do Alberto. Foi em fevereiro, dois dias antes de completar um ano que Alberto se foi. Mas fiquei saendo só um mês depois. Quem me contou foi a viúva do Alberto. Ela estava com Alzheimer, tinha 97 anos e estava em uma casa de repouso há mais de dez anos. 

Me arrastei pelo mês de março. Foi um dos mais tristes de minha vida. Acho que pior do que quando perdi meus pais, meus irmãos e quando PP teve o AVC. Mas passou. Retomo a normalidade e os papos pelo Facebook. 

Por que fiquei assim triste? Impotência. Constatação de que não conseguia mudar os rumos de vida de algumas pessoas. Entre elas, a da minha filha... Parei de dar murros em ponta de faca. Parei de entristecer.  Agora só lembro disso umas três vezes por dia. Em março, foram umas dez vezes. Bati com a cabeça no fundo do poço... Mas emergi!





segunda-feira, novembro 19, 2012

Muitos e muitos dias sem inspiraçao.

Hoje venho aqui pedir PAZ por São Paulo, minha cidade, meu estado.  Aqui cheguei há 37 anos. E hoje considero minha cidade. Aqui construí minha pequena família, finquei minhas raízes.

Peço a Deus, ao Senhor, que dê-nos uma trégua. Cesse a matança. Cessem os tiroteios, a sede de vingança. Que o bem vença o mal. Que tenhamos tranquilidade nesta cidade. Que os sobressaltos acabem. Que surja a justiça. Por favor, elimine o clima de revolta e de desolação. Vamos afastar a paranoia.

Estou humildemente pedindo todos os dias.

terça-feira, agosto 28, 2012

PRIVACIDADE

Não aprendo mesmo! Teve um momento em que parei de escrever sobre determinados assuntos pois passei a me sentir censurada devido à leitura de alguns amigos. Mas eram amigos reais, embora de contatos iniciais via Internet.  Depois, sentia-me cobrada por prestar conta a alguns seguidores, muitos especiais, como meu querido Professor Escritor do Nelblog.

Há umas duas semanas, pouco depois do último post, na vã de contar sobre meu estado de espírito, de forma resumida, acabei passando o endereço para um novo contato.

Ontem pude sentir na pele uma sensação muito desagradável quando ele disse que foi conhecer minha página no Facebook. Um pouco pior do que quando o mesmo indivíduo me contou que andou passeando via Street View pelas imediações do meu bairro.  Isto porque, logo no início de nossos contatos, relembrei da vez em que uma pessoa que conhecera numa sala de bate-papo e pra quem passara meu telefone, de repente, me disse pra olhar pela janela que estava lá embaixo, na esquina!

Imagino que nenhum dos dois sejam criminosos nem sequestradores. Mas, de repente, fiquei com medo, muito medo. Não por mim, mas pela minha família. Sobretudo irmãos e sobrinhos, cada um deles identificados com respectivas cidades e muitos, com citação de seus cargos. Tem até o primo candidato, a sobrinha com o marido também na política, em cidade pequena. Vou hoje revisar minha lista, certificar-me dos fakes. Ainda bem que minha filha, seguindo recomendação da chefia, não tem mais perfil em redes sociais.
Tomara que ninguém tenha copiado fotos...

Também me senti criminosa por ter espiado, sem convite, sem autorização, as páginas das famílias de alguns amigos. Amigos que fogem de redes sociais. Mas tudo que vi ficará em segredo, jamais direi: "vi sua esposa, vi seus filhos.." Ou será melhor avisá-los de que, sem querer estão lá? Acho melhor falar com alguns amigos muito especiais... antes que seja tarde...

Sensação que eu tive foi a de ter dado meu endereço pra uma correspondência, ter largado a porta da casa aberta. E aí, aquelas pessoas vieram, entraram e vasculharam minha casa. Viram meus objetos, fotos de minha família, o que cada uma delas faz, que problemas elas têmn, que influência cada pessoa pode exercer... Muito ruim. E me senti envergonhada por tanta falta de cautela. Fui também avisada. E eu tripudiei. Mas o que aconteceu servirá de lição. Fiquei com muito medo. Agora bloqueei tudo nas redes sociais.


segunda-feira, agosto 20, 2012

Mais uma despedida...


Não escrevi mais por absoluta falta de coisas interessantes e concretas. 


Também aos 68 anos, como meu amigo Al ber to, morreu ontem o jornalista Roberto Hirao. 
Foi ele quem  me abriu a primeira porta na então Folha da Manhã, indicado por outro saudoso amigo, José F i o r o n i  Rodrigues, ex-colega na Abril. Hirao atendeu-me com carinho de irmão mais velho e disse: "Você pode tentar, mas não vai aguentar de cara o ritmo de um jornal e vai se queimar". Diante da minha insistência, falou:"Se quiser tentar na revisão..." Então, comecei por lá, fazendo um teste.



Menos de um ano depois, estávamos trabalhamos juntos. Eu, como redatora de Economia e ele, editor da primeira página da F o l h a  da T a rde. Ainda me lembro da minha cara de pavor quando ele vinha, sorridente pedir: "Oito linhas cheias de dezenove!"E eu negociava: "Sobre o Decreto-Lei? Impossível!" E ele olhava pras suas anota~~oes e oferecia: "Fica com onze linhas de dezessete."

Apaixonado por tecnologias, Hirao era profundo conhecedor de informática, sendo um dos jornalistas que mais entendia do assunto que chegava às redações como um bicho de sete cabeças. Dominava o sistema implantado no jornal e sabia explicar os porquês daqueles comandos que tínhamos de transcrever para formatar um parágrafo, com base em códigos originários de diagramadores e pestapes, com nomes de fontes, medidas em cíceros e paicas.

Sem vaidades, muito raramente ele assinava matérias. Sempre trabalhou nos bastidores, anonimamente. Outra paixão era cinema, em especial o japonês, cujos detalhes históricos conhecia muito bem. Era esse o tema que ligava F i o  r o n i a Hirao, que se conheceram numa rádio da colônia japonesa. Duas pessoas opostas. Primeiro, solteirão de origem italiana, se contentava com duas mudas de roupa que duravam uns trinta anos. Sem filhos, careca, era muito sovina. Hirao, descendente de japoneses, deixou quatro filhos, era generoso e tinha vasta cabeleira. Era elegante mesmo corroído pela doença.

Sendo vizinha da Folha, costumava ver Hirao de longe, sem coragem de me aproximar, com receio de constrangê-lo... 
Estou triste.

Uma bonita homenagem de quem o conheceu melhor e com ele esteve nos últimos anos: http://kapores.blogspot.com.br

É estranho o sentimento que toma conta de mim. Sem dúvida, minha dor parece maior com pessoas da mesma origem. Apesar de poucos contatos, uma ligação especial. Creio que recíproco... Ele era especialmente tolerante e condecedente comigo. E me recebeu naquela tarde em que fui procurá-lo, em especial consideração ao meu sobrenome. Sei que muitas vezes ele mesmo reescrevia minhas chamadas em vez de devolver. Foi mesmo um grande mestre para muitas gerações de jornalistas. Sorte de quem teve a oportunidade de aprender com ele!

domingo, julho 29, 2012

ONZE ANOS!



Foi em um dia em que tínhamos frio em julho... Um dia em que eu era muito mais feliz e não sabia. Ou melhor, tinha vida de gente normal e não tinha consciência disso. Foi um dia em que era normal e queria ser diferente. Fui blogueira pioneira!


Não posso deixar isto esfriar de novo, naufragar!


Ando cuidando de outros escritos, mas eu continuo a pensar que SOU MAIS EU, sim! Muito antes de surgir aquela revista, muito antes de se falar dela, muito antes de quarentonas navegarem, muito antes de eu virar cinquentona. E em breve, já vou me aproximar mais de outra década. E continuo aqui. Firme, forte, sobrevivendo mais um ano!


E tenho novas amigas, novos amigos. Gente pra quem preciso me apresentar tudo de novo. Em breve iniciarei as explicações!


Lamentavelmente, perdi os primeiros posts.. então, a data oficial aqui é de 4 de agosto de 2001!
Falta pouco!


http://soumaiseu.blogspot.com.br/search?updated-min=2000-12-31T18:00:00-08:00&updated-max=2001-08-14T21:33:00-03:00&max-results=50&start=88&by-date=false

domingo, junho 10, 2012

Infelizmente não consegui mais postar, sob risco de cair em lamentações. Por falar nisso, cadê você, "Lamentável"?
Saudades e curiosidade em saber o que anda fazendo. Nova faculdade? Outros rumos acadêmicos? Mande notícias!

Meus olhos doem quando tenta desviar do foco.
Estou lendo "Mentes Perigosas - o psicopata mora ao lado", depois de ter visto entrevista da autora no Programa do Jô.

domingo, abril 29, 2012


ENCONTRO MARCADO

Chuva, frio e contratempos no trânsito devido a interdição de ruas da zona Norte por causa da fórmula Indy de hoje. Eram 19h30, qdo Nilton me ligou dizendo que estava atrasado e pegaria o metrô pra chegar até aqui. Então, o recomendei ir direto para praça Marechal Deodoro. Tínhamos nos comunicado por volta de 17h45 quando combinamos de seguirmos juntos. Isto porque, de repente, comecei a ficar nervosa com a ideia de, finalmente, conhecer  E d s o n  ao vivo. Não sei se alguma vez cheguei a pensar nessa possibilidade em 1970 quando fizemos nosso primeiro contato. Foi por carta, através da revista M e l o d i a s. Fiquei imaginando se nos reconheceríamos, se ele contou nossa história pra família dele, qual seria a reação deles, etc. E como eu iria chegar lá sem uma muleta, sem o N i l t o n? Pedi pra ele me esperar na porta da F u n a r te. Saí de casa por volta de 20horas, prevendo que ele levaria uns 45 minutos pra fazer o trajeto de metrô, vindo de Santana, com baldeação na Sé pra pegar a linha laranja.
Com a mudança do clima, a sensação de que não tenho nem uma roupa adequada. Cato uma coisa, outra, e a impressão de que tudo cheira a coisa guardada. Não queria parecer relaxada, nem arrumada demais. Tá certo que nos vimos em fotos recentes, mas a realidade poderia ser um pouco diferente. Ainda descia a Barão de Campinas quando o celular tocou. N i l t o n já estava na porta da Funarte. Acelerei os passos, cumprimentei-o rapidamente e entramos.

Fomos recepcionados por um senhor muito simpático, gentilíssimo, que nos cumprimentou com aperto de mão. Depois, soube que era E d i lson C a l d e i r a, coordenador do evento, dirigente da A b a ç a í, que foi também mestre de cerimônias. Percorremos rapidamente o recinto, buscando por uma figura que se assemelhasse a Panis ou Cuti, outro amigo da turma. Maior parte dos convidados se concentrava no teatro onde ocorria um recital que antecedeu à cerimônia. Não sabíamos se ogrupo de Itapeva havia chegado. Mas N i lton havia falado por celular com C u t i, que fora jantar nas imediações. 

Logo encontramos o inconfundível C u t i e sua família. Ele é negro e seu semblante lembra Gilberto Gil, só que bem magro. A cabeleira tem um corte peculiar, que remete a outra personalidade ou talvez uma escultura ou talvez seja a uma das artes de P a n i s, que foi capa de um livro editado na Europa. Nos cumprimentamos rapidamente e C u ti logo seguiu em direçao ao teatro, lotado e cheio de gente em pé. Não sei se graças aos cabelos brancos, logo o cara estava sentado, juntamente com a esposa e a filha. Eu e Nilton o seguimos e ficamos em pé, nos fundos. Estiquei os olhos, percorri a plateia e identifiquei uma pessoa que deduzi, pela barba e óculos, que deveria ser Panis.

A cerimônia foi muito boa, com breve histórico do que é Mapa Cultural, seguido de uma aula fantástica sobre arte com o Professor Antonio S a n t o r o, da Escola de Belas Artes.
Ao término, Nilton me indicou onde estava nosso amigo. Para meu espanto, não era aquele que eu pensei que fosse. Saímos na frente e fomos apreciar a exposição. Antes, já havíamos identificado os trabalhos de Edson pois eu já tínhamos visto em seu blog.

Fiquei surpresa que Nil ton conhecia muitos detalhes sobre Bispo do R o s á r io, a quem o artista homenageou. Confesso que eu nada sabia a respeito. Mais fantástico foi saber de sua ligação com Nise da Silveira, psiquiatra pioneira, a quem eu conheci devido à Gatoterapia, e por quem retomei interesse esta semana, devido à peça teatral Senhora das Imagens, em cartaz agora em SP. Mundo pequeno. E sensacional esse contato com pessoas cujos interesses convergem tanto. Indicamos as obras de Edson a C u t i, que também estava informado sobre Bispo, incluindo os cuidados que seu acervo recebeu na França, depois de grande descaso aqui no Brasil. Contou que lavaram um de seus bordados de qualquer jeito, deixando encolher. Foi recuperado  por técnicos franceses.

Fomos ver a mostra de pinturas e fotos. Edson ficou alguns minutos conversando com Santoro. Logo Nilton reencontrou D a v i, o irmão mais novo de Edson, colega dele na Usp. Estava com uma das filhas, a quem Nil t o n conheceu na maternidade, há uns 30 anos. A moça é jornalista. Muito simpática, pegou a máquina do pai e nos fotografou. D a v i comentou: "Que incrível.. meu irmão me contou que vcs se conheceram crianças". Tentei disfarçar meu constrangimento. Demorou um pouco até Edson se aproximar de nós, com a esposa, irmã e mais uma sobrinha. Explicou nosso contato à maneira dele, de Professor: "ah, foi através do Facebook da época". Eu comentei com D a v i: "Uma pena que ele ainda não se lembrou de mim. E acho que não teria certeza, nao fosse a foto que ele encontrou entre os guardados. " Foto que eu enviei em 1973, com dedicatória, da praça de B r a g a n ç a". Aí, contei a Davi sobre umas coisas que sabia sobre a infância deles. Para meu próprio espanto, de repente, me lembrei até do endereço dele na época: rua D, L uiz de S o u s a, 63, em Itapeva. Tava ali a prova de que não inventei tudo... Nilton disse: "Isso dá um romance". Davi sugeriu escrevermos a seis mãos. Eu disse que não tenho coragem de interagir com Mestres em Literatura. 
Entre uma coisa e outra, descobri que o cara que pensei que fosse E d s on é outro irmão dele, o E m e r s o n. Mais sisudo, ficou na dele, com outro grupo. Não sei se é engenheiro ou economista pois falaram que trabalhou no I P T e na F i p e.
Comentei com a simpática esposa de Edson, parecida com  Liv Ullman: "ele é um acumulador!" Ela concordou e Edson acrescentou: "em recuperação".
Serviram um vinho branco delicioso. Eu e Davi tomamos todas. Nilton ficou só com suco. Edson bebeu moderadamente. C u t i, idem. Os canapés foram surpreendentemente bons, de ótima qualidade. Garçons excelentes, serviço impecável. Muita fartura. Increditável para um evento público, sem presença de autoridades. Aliás, a ausência dessas figuras.. Que falta de consideração! 

Por volta de 22h45, o pessoal bateu em retirada, rumo ao Bexiga. Eu e N i lt on não os acompanhamos.


sexta-feira, abril 13, 2012

pôr do Sol para um cego

"Não há com descrever um pôr do Sol para um cego." Assim uma amiga explicou  como certas situações só podem ser sentidas. Descritas, jamais.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Dá licença pra eu chorar um pouco?!





No último dia 17 perdi um grande amigo. Amigão ao longo de 34 anos. Quando nos conhecemos, eu tinha 20 anos e ele, 33. Estudávamos juntos. Não sei em que momento começamos a conversar...

Ele foi mais um irmão mais velho. 

Mas às vezes parecia mais novo. 

Eu cuidei dele. Ele cuidou de mim.

Discutimos, discordamos, nos desentendemos.
Ele me ajudou muito. Eu tive oportunidade de ajudar até o fim e depois do fim.

Foi meu guru, me deu muitas respostas... sendo que acreditei em muitas e em muitas, não. Mas isso não nos afastou.


Ele também me deixou muitas vezes desacorçoada, desalentada, com raiva.

Também foi a pessoa que com mais fervor orou por mim, por minha família, e com maior sinceridade me consolou, me amparou.

Ele estava na lista formada entre os dedos de uma mão...


Entre as coisas marcantes que ele me disse, a mais importante foi a de que eu sou uma escolhida por Deus. Ainda tento entender o que isso significa... Tomara que mereça isso tudo, se ele tinha razão.

Só hoje, sete dias depois, consegui chorar... Como aconteceu com meus irmãos, minha mãe...

Dói muito constatar que nunca mais ele me responderá.

Nascido no interior, com parteira, foi dado como natimorto. E respirou no dia seguinte, graças à mãe que se recusou a sepultá-lo. Ela também não acreditou que a ele restaria uma vida vegetativa. Entretanto, aos seis anos conseguiu andar sem ajuda. E só aos doze mastigou sem problemas... Superou o desespero, a depressão, tentações diante da morte. Autodidata, enfrentou supletivos e chegou à Usp onde nos encontramos. Ele tinha 33 anos e eu, 20. Era então um senhor executivo, que usava ternos alinhados, camisa com monograma e gravata personalizada... E às vezes me convidava para jantar no bar, fugindo do bandejão.


Nunca imaginaria tudo que ele passou e o que viveria na outra metade da sua vida que eu acompanhei. Sim, exatamente metade pois  foram 33 anos e meio, pra ser exata. Agora que percebi...


Nos últimos cinco anos, ao me contar de sua experiência, pude compreender o que é um problema neurológico. Pude entender o que é ter complexos. Pude ver como é possível se superar. E me encheu de esperanças. Principalmente quando não me restava mais nada.
E em instantes em que entrei em contagem regressiva, me deu de presente orações. Sua fé me permitiu ficar em pé. Mesmo eu não tendo conseguido abraçar essa fé, seguir seu caminho, aprendi a entender, respeitar, ver muitos caminhos.


Obrigada, Alberto!



Colo aqui uma parte de nossa história, que eu escrevi no ano passado, para um concurso de textos,  colocando as palavras na boca dele...

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Ao me tornar pai, escolhi para minha filha um nome em japonês, H i r o mi, para homenagear uma grande amiga,  então colega de faculdade. Quando a menina tinha pouco mais de dois anos, me desentendi com a mãe dela e nunca mais as vi.

Em 2010, aos 66 anos, estreei na Internet e minha amiga H i r o m i, já veterana no mundo virtual, criou para mim um e-mail e uma página no orkut. Era ela quem tinha a senha e entrava tanto na minha página como no meu e-mail.

Ainda tentava aprender a navegar quando ela me ligou pra dizer que tinha uma novidade. Havia chegado uma mensagem para mim. Como? Eu ainda não havia divulgado meu e-mail.

 Dizia: “Pai, me telefona.” O número do telefone era de outro Estado. Telefonei. Ela contou que me procurava há anos, até mesmo no cartório eleitoral, mas eu não atualizava meus endereço há anos.

Minha filha explicou que já contatara meia dúzia de A l b e r t o s  T a k e d a s  na Internet. Enchia-se de esperanças e depois constatava que era um homônimo. 

Mas quando viu o nome de H i r o m i  na minha página, J o r d a n a   H i r o m i  não teve dúvidas de que se tratava do pai dela porque ela sabia de onde originava seu nome.

Esta é a história inesquecível que vivi com minha melhor amiga, conhecida  há mais de 30 anos, a quem um dia homenageei dando o nome dela à minha filha. 


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Não sei se perdi, não sei o que aconteceu. 

Não sei o que será.

Só sei que não vamos conversar mais. 

Nunca mais.


Mas continuarei com esperanças!

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Sonho realizado!


Como no sonho, sonho tão sonhado, lá estavam os números.
Incrível!
Tantos planos, tantos jogos... e não era a mega-sena. 
Seu destino era a dupla sena! 
E agora? Agora, cumprir a promessa!
De repente, a sensação de bem-estar, o poder de fazer o bem. 
Destino de muitas pessoas pode estar em suas mãos.
Tantas situações que o dinheiro pode ajudar a resolver!

Não acreditou? Bem no dia dos 33 anos  de seu pai...
Um sinal, uma prova? Nada disso era mais necessário.

Por onde começar? 
Pra começar, tirar a pedra do sapato.
Sim. E então, compreendeu que o melhor e mais justo e nobre e gratificante pensamento é o perdão.
Na verdade, ela já o havia perdoado e compreendido. Em tudo. 
Se os problemas dele podem ser resolvidos com dinheiro, assim será. 
Decidiu incluí-lo na lista, juntamente com outros amigos. Decidiu que ele faça o melhor para ser feliz. Se quisesse lhe tomar o bem mais precioso, também o compreenderia. Afinal, é esse o verdadeiro amor, a caridade cristã que tudo permite. Puxa, que alívio. Sim, primeiro ajudar quem mais a prejudicou. Quem mais a incomodou, quem mais a fez chorar em toda a vida.

E depois? Outra caridade. A garota com o pai no hospital, sem rumo, com a irmã sem escola. Sim. Uma quota a aliviará. Mais uma pessoa na lista.
Decidiu também pelo recém recontactado velho amigo. 

Em seguida, a distribuição a outros amigos e parentes. A lista já preparada há tempos. Será aos poucos, individualmente... 
Sem alarde, decidiu convocar os mais próximos, um a um. E deu a cada um deles a sua fatia do bolo. São ao todo 35. Metade de tudo que conseguiu, em cotas. Algumas cotas serão divididas.

E o sócio da mega, o que lhe deu os números? O que é justo? A ele, a metade! Sim. Que seja como prometera. Metade da metade será suficiente. Primeiro a metade da caridade?
E a viagem programada para discutirem o que fazer? Ah... faz parte do ritual. Uma semana com ele! Mas não deu pra largar de tudo, não. Decidiu levar o marido e o staff. Ainda não sabe como dividirão os camarotes se for cruzeiro. Mas depois daquele acidente, achou melhor ficar em terra firme.

E, de repente, ela viu que não precisava comprar mais nada. Bastava buscar um tratamento adequado para o marido,  pagar pessoas pra lhe ajudar no conforto. Mas o mais importante era conseguir estar com ele, em paz. Se ele é feliz em sua companhia, se seus cuidados é que lhe fazem bem... Pra que mais? Pagar as contas e seguir a vida. De repente, entendeu que a vida é o mais importante. Pra que mais pra si?

E para seu bem mais precioso? Apenas a tranquilidade de poder se dedicar ao seu trabalho, sem estresse. Quer estudar? Sim, que estude. Quer ter todos tipos de gatos. E espaço pra eles? Que seja essa a felicidade. Quer amar quem bem entende? É essa a felicidade? Que siga assim seu caminho... Seu prêmio será a liberdade!

E nessa hora, viu que ela também estava livre. Com o coração pronto pra voar como sempre fez...

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

outros hiatos

Resolvendo as urgências, não postei mais. Estou cuidando do blog do AVC e do PP. Dificil, mas vencendo. 
Vejo-o feliz. É a minha recompensa.
Quem me viu, quem me vê!
Estranho, né?


Mas não deixei de ser eu. 
Ainda continuo com outras vidas, outros mundos, outras fantasias.
Onde se mesclam ficçao e realidade.
Onde minha alma alcança voos!


Hoje sou feliz!
Tenho o amor maior do mundo.. o da minha filha, que é o mais importante de tudo.


Quero um dia contar a ela sobre todas minhas vidas, meus amores e desamores. Meus sofrimentos, minhas conquistas. Quero que ela saiba quem sou eu. Porque sou mais eu!

sexta-feira, dezembro 30, 2011

VOU aprender

Dia 24, véspera de Natal. Estava no supermercado quando vi uma ligação. Área 21, RJ.  Nunca imaginei. Não sei por que não mais imaginei. Era ele: Fábio. Acho que só o fato de ele me desejar Feliz Natal tornou meu Natal feliz. Também desejei, de coraçao. E sei como ele foi sincero. Do mesmo jeito que foi sincero nas condolências que fez questão de me dar nas perdas que ele acompanhou. Isto é amizade!


Tá demorando um pouco, mas vou conseguir. Já aprendi que tem certas coisas que preciso esquecer. Sobretudo certas palavras que tanto me machucaram. Só com o perdão verdadeiro, poderei superar.  Como é isso? Parar de remoer, passar uma borracha em cima, esquecer tudo que foi ruim!


Espero encerrar agora, definitivamente, um ciclo de martírio e dor.  O mundo continua a girar. Tenho de crer mais em mim.


Vou concentrar meus pensamentos em 1978. 
Aquele final de ano mágico em que eu consegui sair do buraco, do rodamoinho em que mergulhava e parecia ser sem saída. Vieram muitas mãos, muitos braços. E nem precisei pedir por socorro. Tantas pessoas me ajudaram. Só por compreender que era errado o que faziam comigo. Então... O bem vai vencer outra vez! 


2012 será o ano em que o mundo sorrirá novamente para mim. Bons caminhos vão se abrir.
Graças a Deus, desde meu aniversário as coisas mudaram muito. Vou vencer! Com ajuda, sim. De pessoas de bem! Elas existem porque são muitas as suas moradas! 


Uma frase que me marcou muito: "Não somos humanos passando por uma experiência espitirual e sim espíritos vivendo uma experiência humana!"



domingo, dezembro 25, 2011

NOITE FELIZ

Finalmente, volto a ter um Natal Feliz.
Nem me lembrava como paz, sem constrangimentos, imposições e obrigações podem ser sinônimos de felicidade.
É como a parábola do guru indiano e a vaca ou o bode na sala. Aí a gente descobre como era tudo tão bom...


Há 33 anos, em uma noite de Natal, minha vida se definiu.
Era quase meia-noite do dia 24 de dezembro de 1978 quando tomei coragem para selar meu destino.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Visitas

Senti uma emoção estranha ao saber de algumas visitas. Catanduva, Bragança... Por conta do Google que me entregou devido a algumas coisas que escrevi. Será que descobriram quem sou eu? Talvez uma pessoa sim! Sim, ela que me falou do que eu falei... Será que leu lá atrás onde falo muito dela? Talvez sim, e talvez nem tenha se reconhecido... Nem eu sei mais quem era ela! Acho que foi em outra vida, outra era.


Entretanto, tem uma pessoa que ainda é a mesma. E outro dia ainda vi, no armário do meu banheiro, aquele óleo que não fabricam mais. Validade vencida, nem usaremos mais. Mas eu guardei. E o perfume continua igual. O cheiro me trouxe de volta certa noite, certa cena. Que saudade boa. Doeu o fundo dos olhos, irrigou minha alma de lembrança tão boa. O telefonema no meu aniversário me fez voltar a me lembrar de que ainda soumaiseu. 


Ontem tive uma vitória que me fez sair saltitante, gritando que consegui, mais uma vez. Consegui! Isso me deu muitas certezas de que não sou pessoa comum. Senti minhas energias com tanta força, tanta certeza que chego às vezes a ter medo de mim mesma. Mas não é tudo graças apenas a mim. Sei disso. É graças a uma linhagem de trezentos anos documentados, aquelas tabuinhas que se enfileiram no oratório da família. Penso muito naqueles nomes, nas imagens vagas daquelas letras tão bem traçadas por meu pai, em cima de documentos salvos de um incêndio que destruiu o restante da história familiar. Entre tantas coisas, meus antepassados se preocuparam em preservar o registro de nossas raízes. Tenho muitas e muitas vezes a certaza de que aquelas almas me protegem, mesmo em terras distantes.


Essa certeza me remete a uma foto que tenho a certeza de que chegou um dia aos olhos de minha mãe em 2005. Uma foto nas manchetes de jornais: meu irmão com lenço branco, limpando o rosto. Choro de verdadeiro homem. Doeu lá no fundo de nossas almas. Mas foi o preço da dignidade, da honestidade derrotada. Mas nossa honra persiste. E assim, tenho cada vez mais a plena certeza de que eu e minha pequena família também fazemos parte desta luta. E tenho muita convicção de que sozinha estou derrotando uma criatura muito tinhosa, que se veste de sociopata, que tenta esmigalhar o que não é um ovo de serpente e sim o embrião de um ideal que nos norteia pelo bem, para o bem.  Com essa certeza, fui buscar ajuda. E encontrei. E vou vencer!

quarta-feira, novembro 02, 2011

outubro acabou

Hoje, Finados, seria o dia em que deveria ter postado o que escrevi sobre este dia.

Não tem problema. Já me adiantei. O que eu não expliquei direito foram as datas, razão de minhas intensas emoções. Vou acrescentar agora.

No Japão, dizem "shinu nara obon mae" (se for pra morrer, que seja antes do finados). Refere-se ao período anterior ao feriado daquele ano, é claro. E assim, muitos de minha família tiveram esse privilégio. Minha avó paterna, no dia 18.  Dia 19 foi meu cunhado, marido de minha irmã mais velha, que foi mais do que um irmão pra mim. Ele me conheceu ainda na barriga de minha mãe, quando era noivo de minha irmã. Dia 24 foi meu avô paterno. Dia 31, minha mãe. Dia 01 de novembro, dia do meu níver, uma prima (aos 34 anos, de avc fulminante). Claro que não foram todos no mesmo ano. Foram com grandes intervalos. E também morreram outras pessoas em outros meses. Mas nesse período, a concentração foi muito grande. E a morte mais recente,de minha mãe, aconteceu de modo muito peculiar. Ela era a mais idosa dessa turma e ainda tenho a sensação de que vieram buscá-la... Uma semana antes, ela sofrera uma queda após visões... E existe a crença de que na semana de Finados, as almas vêm à Terra como que em férias matar saudades dos que aqui estão. Deve ser por isso que tenho estranhas sensaçoes, sob embalo de meu niver...

sexta-feira, outubro 28, 2011

ainda sobre Finados

Aqui repito uma frase dita muitas vezes por Elaine, professora de Restinga Sêca, de RS, se referindo a situaçao de lidarmos com pessoas convalescentes e dependentes: "Não há como explicar o pôr do sol para um cego".


E assim é com o que sentimos em Finados quando perdemos pessoas muito próximas.


O comentário que entrou no post anterior veio de um amigo que perdeu a mãe aos 13 anos e já enterrou muita gente...


Algumas críticas que recebi sobre a forma que considero festiva em relação a data me magoaram um pouco. Mas para essas pessoas, eu esclareci: "A diferença é que acho que eu estou alguns passo à frente."

sábado, outubro 15, 2011

Hiatos

Desde o Dia dos Pais que não encontro nada interessante para postar aqui.


Não quero protestar sobre um assunto recorrente que me perturba a alma. Aliás, são dois assuntos. Porém, no que se refere à alma, estou cuidando dela. Afinal de contas, aproxima-se outra data importante, ou melhor, uma série de datas: Dia das Bruxas, Dia de Todos os Santos (meu níver) e Finados.


Desde que me conheço por gente, Finados se tornou um evento muito marcante na minha vida. Dia de ir ao cemitério sempre foi uma data muito festiva.  Dia de calor, de chupar sorvete de groselha, coco queimado e melancia! 


Nos meus primeiros anos a homenagem se restringia ao meu avô, falecido 6 dias antes de meu primeiro aniversário. Dizem que, apesar da tristeza daquela data, eu tive direito a uma pequena comemoraçao.


Depois, me lembro de ter ido com minha avó e meus pais conhecer o   túmulo que meu pai adquiriu para ali sepultar a família. Acho que eu tinha 4 anos. No finados seguinte, minha avó já estaria ali para receber também homenagem no dia dos falecidos.


Não me lembro de festas ou presentes especiais nessa fase de minha vida. Não fizeram falta. Mas me lembro de finados.


Depois, se passaram 16 anos antes que se incluísse novo homenageado em nosso restrito círculo familiar. Ao grupo, juntou-se meu pai quando eu tinha 21 anos.  E depois disso, mais 19 anos, até se incluir o primeiro da outra geração. Foi o meu irmão mais velho. Infelizmente, a decisão foi tomada pelo próprio, voluntária e conscientemente. Ninguém entendeu o porquê.  Quatro anos depois, outro irmão, após brava resistência contra um câncer que o derrotou. Mais dois anos e chegou a vez de minha mãe, de modo inesperado, apesar de 20 anos além da idade com que partiu meu pai...


Com esse "currículo" agora extenso, tenho muita gente em quem pensar no próximo feriadão.