sexta-feira, fevereiro 22, 2002


Papos poéticos.
Terça feira, vi o meu "poeta".. Ai, ai, ai.. Estava desesperançosa pois os dias têm sido muito corridos. E ele disse que teria reunião às 18h. Nos encontramos na Sta Efigênia por volta de 16h30. Ele foi comprar uns equipamentos. Quando nos encontramos, a faísca saiu e o fogo pegou. Ali na loja mesmo, disfarçadamente, ele roçou os dedos na minha cintura (por baixo da blusa) e deu aquele curto-circuito. Pouco mais de uma hora foi o bastante para matar um pouco de saudades. O tempo foi curto, mas tudo muito intenso. O que mais me arrepia é quando ele me olha tão intensamente, que parece me hipnotizar, ler o fundo da minha alma. Não consigo dizer nada. Só suspirar.

Fiquei embevecida e consegui escrever:

Olho dentro dos seus olhos e leio tantas coisas.
Mergulho bem fundo em seus pensamentos.
E vejo você dentro de mim, por inteiro.
Nesse instante, esqueço-me de tudo, até quem sou!


E ele respondeu:

Na tua ausência fecho meus olhos
e te vejo inteira, em detalhes,
faceira, sorridente, iluminada..

vejo teus dentes, tua boca, tua língua,
tua pele, teu desejo, teu prazer,
teu suspiro! até mesmo teu suspiro eu VEJO...

mas mesmo de olhos abertos,
bem abertos e bem de perto...
vejo pouco da tua alma,
pouco da tua tranquilidade,
pouco dos teus sonhos..
e assim te imagino idealizada...
sempre desejada, sem esteriótipos..
sem padrões comparativos...
pela tua singularidade...
ponto fora da curva...
AH! as curvas sedosas..
gostosas, oportunas,
tuas ancas arqueadas apertando meu sexo..
perco o nexo e o rumo...
some o raciocinio...
a razão não tem lugar...
resta apenas suspirar com você..
e fechar os olhos quando estou longe..
para imaginá-los bem abertos,
despertos e sedentos
de todos os momentos
que pudermos desfrutar...



Ai, ai, ai...

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