terça-feira, fevereiro 19, 2002


Ontem foi mais um dia de grande tensão. Acompanhei o reality show pela teve e pela Internet. Casa do Artista e Big Brother perderam Ibope para a Casa do Pungista (nome bem apropriado, dado por Haiaiel). Eduardo também brincou que a transmissão ao vivo, diretamente dos presídios, seria o maior sucesso. O bordão seria o mesmo: "Quem será eliminado agora?"

Não consegui trabalhar direito, fiquei com bastante medo. Aguardava a coletiva das 14h, que foi adiada diante dos acontecimentos. Tudo em tempo real. Para quem está na fogueira, tudo se torna rotina.

“Se eu tivesse medo, teria ido para casa” – foi a resposta do mano aos jornalistas. De fato, ele me disse que não haveria esquema que garantisse a segurança de ninguém. E lembrou o atentado a Kennedy. Assim como o médico que perde o sono na morte do primeiro paciente, só a primeira rebelião o abalou.

Também não costumo ter medo diante de situações-limite. Minha amiga Rita comenta que faz parte do nosso espírito samurai. Talvez ela tenha razão. Assim como a habilidade e certa facilidade de expressão, devem ser cargas ancestrais. Do tio-bisavô guerreiro e do bisavô mestre de caligrafia. Mas eu confesso que ontem tive medo de ir para a rua. Escutava os helicópteros de minha janela.Sempre que acontece algo extraordinário, eles passam por aqui. Tanto pode ser os que saem da Folha e da PM como os que seguem para o Carandiru.

Em meio a tudo isso, fracassou a minha tentativa de fechar a edição de uma das revistas. Internet lenta e outras confusões. Afinal, ontem foi o dia em que começamos de fato o ano. Primeiro dia realmente útil depois do carnaval, retomada do horário normal e volta às aulas. O trânsito estava infernal e as pessoas pareciam baratas tontas.

Fiquei feliz com o telefonema de Julius. Novamente aqueles papos estranhos, de planos do livro que está escrevendo. Ele já me explicou que quando começar a falar sobre esse assunto é porque está com a família. Tomara que nada atrapalhe nossos planos para hoje. Desta vez não vou questionar nada e viver apenas.

Estou em "tratativas" para conhecer outro amigo. A curiosidade de sempre me atiça... Vamos ver no que dá... rsrsr...


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