sexta-feira, novembro 01, 2002

Hoje é meu aniversário. Estou tranqüila. Sem aquela angústia que me atormentou há alguns anos. Quando penso no número, às vezes me assusto. Parece absurdo! Mas tenho a pretensão de achar que estou mais ou menos na metade de minha jornada, em termos cronológicos. Em termos de “feitos”, acho que já realizei muitas coisas. Porém considero que vivi os últimos cinco anos com muita intensidade, em relação a sentimentos. Ainda tenho algumas lembranças melancólicas de outros aniversários. De horas à espera de um cumprimento de alguém especial. Hoje, vejo que essa coisa de datas é mesmo uma grande bobagem. Ontem, não comentei nada com Julius. Para mim, a sensação de que estávamos muito felizes juntos foi mais importante do que qualquer presente ou cumprimentos forçados. Mesmo porque cumprimentos me constrangem um bocado. Só quando há um nível de intimidade especial, a coisa muda de figura. Na sexta-feira, meu amigo “Eduardo” fez questão de dar um presente adiantado. “A vida íntima das palavras”. Nossa... foi o presente certo pra mim! Adoro ganhar livros! Odeio pessoas que me dão qualquer coisa de presente, só pra bater ponto. Vocês não imaginam cada coisa que eu já ganhei... rsrssrs... A coisa mais estrambólica foi uma poncheira de barro, que hoje uso como cachepô. Ela é marrom e tem uns 80cm de diâmetro. Ah... também ganhei dois pilões. Um grande, que também serve de suporte para plantas, e outro menor, de mesa, que uso como quebra-nozes. Todas essas coisas, eu ganhei porque fui hipócrita. Elogiei as pessoas que tinham casas decoradas com esses objetos bizarros.

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