terça-feira, dezembro 31, 2002

Sobre a passagem do ano

Os e-mails trocados hoje com Eduardo sintetizam o que eu sinto.

O que eu escrevi:

Enfim... Aqui estamos, mais uma vez, no final de um ano... e novamente a gente repetindo, relembrando. Eu tento não ser assim, mas fico muito melancólica nesta época. A cada ano que eu acumulo, tenho um arquivo maior de lembranças. E em muitos momentos, fica difícil evitar as lágrimas, um bolo na garganta...

Mas estou esperançosa! Já comprei calcinhas de todas as cores, botei lentilhas de molho e separei uma romã! E espero que você pule sete ondas a mais por mim, tá?


E a resposta dele:

Esperança, nostalgia e apreensão. São estas as sensações que tenho a cada fim de ano. Compartilho com você a esperança no novo e a nostalgia dos dias já idos, dos amigos que sabemos, não veremos mais. Mas fico com o coração na mão ao imaginar o que pode a ação dos homens frios de coração e alma. É mentalizar para que neste próximo ano uma luz, mesmo que tênue, brilhe novamente.
Tentarei pular quatorze, vinte e uma vezes, sete vezes quantas forem necessárias, para que possamos ter um ano em que cada dia não fique sem a presença marcante da felicidade.
Mas mesmo na praia, cercado por milhares, sei que continuarei me sentindo só... Um grão microscópico de poeira estelar perdido no infinito universo. E aí, sentirei uma vontade imensa de abraçar o mundo, abraçar o que já se foi e o que ainda será. Abraçar você. E girar, girar muito.
Para amanhã acordar com uma esperança renovada, com coragem para enfrentar os demais dias, os demais anos... Mas se não for sózinho, melhor! Beijos cariocas e paulistas


===========

Li um artigo na revista Seleções que garante que chorar faz bem. Que o ato de soltar as lágrimas faz bem à saude.
Acho que é verdade. Nos últimos dias, lágrimas têm corrido descontroladamente, seguido de um estado geral de alívio.

-----------------------------

Tento manter-me otimista. Tento concentrar-me nas tantas coisas boas que tive este ano. Mesmo assim, as perdas me doem um bocado. Dói um bocado pensar nas pessoas que não verei mais. Nem todas morreram fisicamente.

----------------------

Vou concentrar-me na idéia de que alguns mal-entendidos serão esclarecidos. O que é reversível, poderá ainda ser revertido para melhor.

-----------------------

Eu não aguento mais a avalanche de cartões que chega por aqui!

E o pior é ver que as pessoas mandram em CCO .. e muitas dessas pessoas nem se preocuparam em alterar a assinatura original.

Não sei o que é pior vc ser alguém na lista dos CCOs ou ficar esperando que determinadas pessoas se lembrem de você.
Quando eu desejo um feliz ano novo, eu desejo de coração para cada pessoa a quem enviei um cartão...





Nenhum comentário:

Postar um comentário