segunda-feira, julho 28, 2003

Nao sei por que a gente lamenta mais a morte de certas pessoas do que outras. Ontem morreu Toninho, um desenhista da velha guarda. Nem chegamos a ser amigos, mas fiquei chateada.

Ele tinha uma cara muito boa. Cara de Papai Noel e costumava comprar brinquedos para distribuir às crianças no Natal. Não importava se eram ricos ou pobres, filhos de amigos ou desconhecidos. Para ele, interessava apenas que fossem crianças.

Eu o conheci em uma festinha na empresa de um amigo, e ele deu um minigame para minha filha. Garantia que namorou Wanderléia e era primo de Evita Peron e Regina Duarte.

Vamos sentir falta do Toninho. Muito mais falta sentirão as crianças. Não só as dos presentes, mas os que fizeram os primeiros desenhos seguindo os traços dele e aprenderam as cores e números em cima das "atividades" que ele criou. Ninguém entendia o porquê, mas os desenhos dele encantavam as crianças muito mais do que tantos outros bem mais elaborados e sofisticados. Vai ver que era porque ele desenhava feito criança, via o mundo feito elas.

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