segunda-feira, agosto 09, 2004

Devido à preguiça, vou postar aqui um e-mail que enviei na manhã desta segunda para "Eduardo". Só eliminei uns nomes citados, por motivos óbvios.

Não telefonei pra você no último final de semana, como costumo fazer porque estava congelada e numa crise de muito mau humor. Mas até que o Dia dos Pais foi bom. Fomos almoçar na Liberdade, pra variar. Mas as perguntinhas de sempre das amigas chatas me aborreceram. Existem pessoas que estragam seu dia só de mostrar a cara pra você. Reparou? Na quinta-feira decidi ir de ônibus até a casa da minha irmã, que mora no Aeroporto, e fiquei três horas no trânsito! Não, não foi só culpa da Marta. Eu que não me dei ao trabalho de checar o novo itinerário do ônibus Jardim Miriam. Perdi a vontade de perguntar depois que cheguei ao ponto e dei com uma mocinha encostada na pilastra. Como não sabia se ali era o ponto certo, pedi a ela para desencostar para que eu pudesse ler. Ela deu uma giradinha, voltou ao mesmo lugar e ficou rindo, enquanto proseava com uma amiguinha. Deviam ambas ter menos de vinte anos. Subi, me acomodei num banco ensolarado e me limitei a escutar conversa alheira. Dei sorte de me sentar à frente de uma negona que contou historinhas interessantes. Acho que ela trabalha na Secretaria da Ciência e Tecnologia pois disse que é funcionária estadual. Percebi que o ônibus esvaziou quando chegamos em frente ao Hospitala do Servidor, mas eu continuei, esperando contornar o Ibirapuera e retomar a 23, onde deveria descer. Quando dei por mim, estava na Vereador José Diniz. Dali a pouco, av. Santo Amaro... Pensei em descer logo e pegar um táxi, mas como não tinha pressa de chegar ao destino, fiquei ali até avistar um ponto na direção oposta. Resumindo: voltei pela Brigadeiro até a Paulista, onde peguei o velho ônibus Aeroporto, agora pintado de azul. Cheguei por volta de 16h na minha irmã. Minha mãe estava tirando um cochilo. Minha irmã me recebeu bem, mas não consegui me sentir à vontade com minha mãe. Fiquei espremida entre as duas. Ou melhor, entre as três, pois tinha também minha sobrinha. Na sexta, minha filha chegou gripadíssima. Pra variar, trouxe uma pasta cheia de códigos e outros livros pesadíssimos, mas não estudou nada. Precisava também fazer um trabalho de Filosofia. Fiquei com tanta pena, que eu acabei dando uns tapas no texto. Acho que fiz isso porque eu tive sempre muita inveja de quem tinha pais que ajudavam nas tarefas escolares. Aí, me lembrei de uma vez em que meu irmão fez rapidamente um parecer sobre um acórdao, para um trabalho do Costela (acho que você não o conheceu pois lecionava legislação apenas para turma de Jornalismo). Nossa, eu fiquei tão aliviada naquele dia. Se não fosse ele, acho que eu teria ficado em mais uma disciplina! Bom... até que consegui enganar bem no texto sobre Descartes. Mas quando eu tinha menos de vinte anos, acho que nem consegui ler!

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