terça-feira, junho 07, 2005

ainda sonhos meus

Sobre o tema, meu amigo Eduardo escreveu:

"Pois é, minha querida amiga, de que são feitos os sonhos? A humanidade sempre procurou explicá-los e sempre estiveram no limite entre a premonição e, mais recentemente, a psiquê. Mergulhar nos sonhos é um exercício fantástico para o autoconhecimento, uma viagem para o interior de seus desejos e temores, um espelho mutante de sua realidade. Nos longos anos em que me dediquei à terapia (e já se vai uma década que parei), os sonhos foram matéria-prima para longas discussões e conjecturas. Aos poucos, fui identificando seus sinais e sua escrita. Figuras recorrentes, situações inusitadas, anseios simulados, jogos de esconde-esconde entre o consciente e o inconsciente. Não é uma tarefa fácil pois, como geradores das situações, faltá-nos o distanciamento necessário para avaliar aquilo que criamos. Estamos, literalmente, dentro da própria obra que criamos e, muitas vezes, não vemos seus limites, sua extensão. Não vemos, muitas vezes voluntariamente, aquilo que os sonhos gritam, em seu grito sinuoso, ou sussuram em seu envolvimento. Continue a buscar suas respostas nos sonhos, mas não se limite a eles que são matérias diáfanas, véus transcendentes, passos hesitantes. Busque também o distanciamento de seus problemas e aflições, alegrias e desejos por uns minutos e procure um pouco de razão e silêncio. E da paz de espírito."

Ele um companheiro de estranhos sonhos... muito mais criativos e detalhistas que os meus.

Na verdade, acho que nem é isso. Apenas os sonhos sao reflexo do quanto somos observadores e pensantes em relaçao aos mínimos acontecimentos.

A respeito de vôos mais altos, hoje encontrei Zé Luiz e ele me falou de Fernão Campelo e dos estudos de projeciologia. Tem tudo a ver. Eu li uma resenha desse livro aos 16 ou 17 anos, na revista Seleções, alguns anos antes da obra de Jonathan Livingstone estourar por aqui. Lembro-me de que fiquei muitos dias voando e pensando sobre o vôo daquela gaivota.

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