sábado, dezembro 17, 2005

Botando assuntos em dia

Pela primeira vez, ao completar oito anos, me esqueci completamente da despedida da Ju. Ou melhor, uns dias antes, vendo a novelinha das oito, ao ouvir a Ornella comentar sobre o pai dela, eu pensei: "Logo é o dia da Ju"... Depois, fiquei perdida no tempo e no espaço, sem perceber os dias se esvaírem não sei por onde... Ontem, quando me dei conta, já havia passado. De repente, parei tudo e liguei pra Alice. Essa minha amiga não estava bem. Novamente muito chateada com a ausência do único irmão. Ouvi-a e deu vontade de chorar também...

Aliás, apesar de toda felicidade que me acompanhou o dia de ontem, a certa altura, tive um pequeno chilique. Novamente Lúcia. Nossa, como tudo que ela me diz incomoda! Farpas? Maldade? No fundo, sei que ela me quer bem, até se preocupa comigo. Só que, a maior parte do tempo, está às voltas com o próprio umbigo. Sumi quase um dia inteirinho, volto, dou um "oi" e ela me fala: "Que oi chocho, parece que está de baixo astral" Eu respondo: "Ao contrário... cheguei agora da rua! Tive um dia ótimo" Ela não lê este blog e nem se interessou em saber do motivo de meu entusiasmo...

Aí... ontem, fiquei o dia todo querendo contar a novidade. Afinal, eu e ela somos amigas desde os onze anos de idade. Tive vontade de falar de mil coisas. Contar que vivi uma fase negra sobre a qual não consegui me abrir com ela. Queria dizer que consegui superar, que saí de um redemoinho e voltei a circular em outras rodas, agitar, brincar. Mandei um e-mail e avisei. Ela disse que estava terminando um trabalho, veria em seguida. Depois do almoço, tentei puxar conversa. Falou que terminou o trabalho e estava entretida com outra coisa. Comentei até da bala perdida no bairro dela. Ela contou sobre um tombo que levou na rua, na hora do almoço. Descreveu detalhadamente. Em seguida, contou que esteve ocupadinha pesquisando roteiro cultural para escolher um programa para aquela noite com o namorado, que entrou em férias. Nada sobre meu e-mail. Perguntei dele. E ela: "ah... esqueci, vou ver". Viu e só fez comentário do tipo: "onde vc conheceu esse cara?" Contei uma mentirinha... Não disse que foi pela Internet, porque ela implica. Inventei que foi numa exposição de arte. E ela: "o cara do outro dia? Pensei que aquele fosse seu amigo..." E eu: "Mas é meu amigo, somos amigos!"

Resumindo: Novamente, fiquei aborrecida porque ela não me entendeu, não vibrou comigo, não me escutou! Não achou nem legal que eu possa ter um novo e interessante amigo com quem me diverti muito.

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É possível ter novos amigos a esta altura da vida? Ainda acredito que sim! Na véspera do nosso último encontro, Li escreveu:
"Mas gostaria de parodiar (novamente) umas palavras dele: Você é uma farra ! Uma aventura, uma folia e uma experiência, além de ser antes de tudo, inclusive cronologicamente, uma grande e intrigante amiga!"

E depois, ele escreveu apenas:
"Valeu pelo dia de hoje!"

Em uma de nossas conversas, ele comentou que estranhou eu ter lhe perguntado depois do nosso primeiro encontro: "E então, nao vai dizer nada?"

Na despedida de quinta, disse apenas: "Precisa dizer algo?"

É... não precisava mesmo.

Acho que, finalmente, estou aprendendo a ver as coisas com simplicidade, encarar um convite pra uma farra do mesmo jeito light de um jantar ou ida a uma exposição. Gosto de todas essas coisas. E também (muito) de conversar com alguém inteligente e culto.

Alice, que soube das coisas nas entrelinhas, sem ter muita idéia de tudo que aconteceu, vibra - como sempre - com todas minhas conquistas. Rita e Nika também. Acho que amigas agem desse modo. Por isso fico triste com Lúcia. Eu a considero amiga e acho que ela não se importa de verdade comigo porque não está nada bem consigo mesma...

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Outro sonho...

Esta noite, sonhei que reencontrei uma antiga namorada de um dos meus irmãos. Ela estava bem, muito elegante, bonita e bem sucedida. Nosso contato foi retomado através da prima dela, que foi minha melhor amiga durante toda minha adolescência. Vi o rosto de ambas através de uma névoa difusa. Elas ficaram muito felizes em me ver. Aí, soube que a ex do meu irmão morava com um fillho, um rapaz de pouco menos de 30 anos. Logo, veio um frio na barriga: só podia ser meu sobrinho!

De repente, minha irmã entrou no meio do sonho e nós duas ficamos tentando confirmar a história. Estávamos na cozinha da casa de minha mãe. Eu fazia de tudo para que minha mãe não soubesse, exatamente como sempre agia, acobertando o que meu irmão aprontava em relação às namoradas.

Em seguida, estávamos perto de minha casa. A tal mulher, muito gentil, me falava que nunca tivera mágoas do ex e criara o filho com todo o amor. Contou de sua carreira de sucesso, como corretora de imóveis. Me tratou como quando eu tinha 17 anos e ela, uns 25 ou 26.
Não me lembro em que parte do sonho, vi o filho dessa mulher, de costas. Exatamente a silhueta de um dos meus sobrinhos... Aí, sei que fiquei na certeza e pensando se iria contar pro meu irmão.

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