sexta-feira, março 18, 2011

Foi assim...



Primeiras trocas de olhares foram no pátio do colégio. Ela na então 3a sério de ginásiio, o equivalente a 7a série. Ele, terminando o científico. Em uma noite gelada, festa de São João na igreja. Olhos quase pretos, muito penetrantes. Ainda não tinha 14 anos quando começou o namoro.Três anos depois, baixou nela a razão. Pelo menos foi a explicaçao que achou pra terminar o relacionamento. Os olhos dela doeram também. Muito. E muitas foram as noites de sensaçoes estranhas, como se ele tivesse morrido. Partido pra guerra... Muitos dias com os olhos doendo. Ela só queria respirar. Estava sufocada... Queria crescer um pouco mais. 


Aí, chorou muito, muito, muito... Mas tinha pouco mais de 16 anos.  Não ia passar. Mas a raiva deu lugar à desolaçao quando foram juntos a uma excursao. Ele falava com todas minhas amigas e a ignorava. Ela ficou praticamente isolada. Que raiva. Mesmo assim, ficou sentida pois gostava dele. Demais. Sabia que suas vidas eram incompatíveis, era uma companhia indesejável para a família dela. Sua razão dizia que tinha de deixá-lo. E ele paquerar outras garotas, abraçá-las,  doía demais. O sentimento tão nobre deu lugar a quase ódio...


Então, eu digo... Chorar por "amor" faz parte do crescimento. Especialmente das mulheres. Umas choram aos 15, 16.. outras aos 25, 30, 35... Não importa a idade, as lágrimas pingam igual. Não importa a idade, fica igualmente difícil dividir com outra pessoa.


Esse amor tem limite, tem validade. Sempre acaba. E o fim sempre doi. Pode morrer de morte natural ou morte assassinada. Muitas vezes suicida...











Um comentário:

Ana Cris Nunes disse...

Eu chorei aos 15, 17, 25, 26. chorei, chorei, chorei. e choro, lava a alma.

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