terça-feira, outubro 07, 2008

mais sonhos...

Vou registrar os sonhos aqui porque, pelo jeito, entrei de novo na fase de "sonhos criativos"


Ao amanhecer do dia da eleição, sonhei...  Eduardo e Alice tinham ido fazer curso de culinaria, no fim da av. Angélica. Eu os encontrei na saída, no ponto de onibus.Traziam bandeja com algo que pareciam sonhos ou carolinas. Tínhamos todos a idade de hoje, só que minha mae ainda era viva, eu a via me esperando, imagem de quando ela tinha uns 70 anos, com os cabelos ainda quase todos pretos. Eu falava com os dois e eles não me davam bola. A certa altura disse que pegaria um táxi, perguntei se não queriam carona até o metrô. Via a minha mãe de óculos de aro preto e grosso, blusa de lã preta, vestido azul xadrez e avental branco. Estava no nosso quintal do sítio... Aí acordei.
O sonho aconteceu na minha segunda dormida, depois que minha filha saiu pro trabalho. Estava apreensiva, previa um dia difícil. Temia por contratempos com ela, tentando pensar muito positivo. Entretanto, no sonho eu era sozinha. Sem marido ou filha... Tão bom ter mãe... Que saudade!

No dia seguinte, foi a vez de sonhar com Li... 

Eu telefonei pra ele, na universidade... Só que a ligaçao caiu na sua casa.. " Epa, acho que tá programado pra transferir ", pensei. Isto porque eu via o fone tocar e ele atendendo, como em filmes. Começamos a conversar e, de repente, eu estava na sala da casa dele. No local havia um sofá grandao da Lafer, cor café, igual a um que eu tenho aqui (so que meu é cor de mel, cor-de-burro-quando-foge, mas há tempos que penso que melhor cor seria café, mas eu nao troco pq outro movel igual esse acho dificil arrumar).. Aí, voltando ao sonho, entrei na sala e comentei do seu sofá... aí, apareceu a mulher dele, uma ruiva de cabelos bem volumosos e encaracolados. Cabelo estilo da cantora Simone há alguns anos... Ela usava um leg branco e uma camisetona cor de beterraba. Bonitona, cabelos bem vermelhos, diria magenta, quase pink. E ela veio do quintal, juntamente com o filho, que era mais novo, acho que com uns 11 ou 12 anos. Aí ela achou que era uma das professoras dele, mais exatamente, de Ciencias, e estava ali pra discutir alguma atividade extra, que incluia uma viagem pelo mato. Fiquei sem graça e deixei embarcar na confusao. Chegou mais alguem na casa e ele foi atender, era um colega, cabeludão, tipo hippie dos anos 70, de calça branca e camisa florida. Cumprimentou-o entusiasmado e me deixou na fogueira, conversando com a mulher, que me chamava de "professora". E o garoto, filho do casal, com cara de ué. Aí ela, a  mulher, foi pro quintal e voltou com uma braçada de roupas recolhidas do varal, roupas do menino, que me passou pra ir adiantando as malas pra tal viagem. Eu comecei a dobrar, roupas ainda quentes do calor do Sol. Agradeceu a visita e praticamente me botou pra fora, com aquelas recomendaçoes de mae. Aí acordei.

sexta-feira, outubro 03, 2008

vivendo sem aprender

Vem eleiçao, vai eleiçao, nunca aprendo a ficar calada!
Nao resisti e acabei fazendo uma recomendaçao. Pior é aguentar grosserias... Difícil, muito difícil...

mistérios dos sonhos

Foi um sonho muito, muito real. Daqueles do tipo em que quando acordamos fica a sensaçao de que aconteceu mesmo. Sensaçao boa. Sonhei que P P estava andando. Tinha saído da sala e quando voltei, ele se esqueceu que nao podia andar e estava andando, sem querer. Feito criança que perde o medo. Chamei nossa filha pra olhar. Ficamos radiantes, resolvemos nao comentar, pra que ele nao se relembrasse que nao podia e, de repente, acordasse. Foi muito bom o sonho.  Parte triste é que, de repente ele caiu e teve uma possível lesão na medula. Acordei nesse momento. Mas me concentrei na parte boa e voltei a dormir. O sonho aconteceu depois das 4h30, quando dou a primeira acordada, pra dar café pra filha e remédios rpa ele. Isso acontece dia sim, dia nao, qdo ela trabalha de dia. É tão bom voltar a dormir...

segunda-feira, setembro 29, 2008

devagar, devagar...

.. tento retomar, tento escrever coisas interessantes... mas, acho que aqui não é a neve que ferve, como tão bem descreve a Fal. Meus olhos doem,  minha alma quer divagar por outros tempos. É assim nas difíceis manhãs. Mas aí, sacudo os gatos, espano os pêlos, tomo café, um gole de chá. Consigo me livrar do pigarro na garganta, da dorzinha que parece ser indício de uma gripe. Respiro fundo, vejo que tem roupas de molho. Enxáguo, deixando a água escorrer no esmalte branco do tanque. Não tem como não me lembrar de minha mãe. Quando nós mudamos pra cidade, em 1970, ela ficou tão feliz em ter uma torneira. A água era pouca se comparada ao riacho em que ela lavava as roupas, mas ela estava ali, bastando sair no quintal. E era limpa. Também não precisava mais se preocupar com a lenha úmida que esfumaçava demais nos dias chuvosos... Olho novamente pra espuma que vai sumindo e me lembro que ela reservava o sabão em pó apenas pras roupas finas. E eu uso agora o sabão em pó apenas pras roupas de cama e banho. O resto só lavo com sabão líquido. "Que luxo! Que maravilha!" -- deve pensar mamãe (em japonês, é claro). 
Desculpem o tom... As eleições municipais me fazem voltar há quatro anos, quando ela partiu, na manhã do segundo turno de 2004.

segunda-feira, setembro 22, 2008

provas

Naquele corredor do hospital, no momento em que eu tive a impressão de que minha amiga deu o último suspiro e pressenti que iria morrer, eu disse mentalmente: "J u, se existe vida após a morte, me mostra... Prova pra mim que as coisas nao acabam aqui" Depois daquele dia, nunca percebi nenhum sinal... Porém, ontem, eu comentei sobre esse episódio com a M o n a, aquela minha amiga cuja mãe fez ontem seis meses que morreu. Eu disse pra ela tentar se comunicar, tentar passar os pensamentos, fazer o que for possivel para ela mandar os recadinhos pra mae, que ela pode estar ouvindo, sim! Entretanto, frisei que eu não sabia mais nada, nunca tive prova alguma de que existe o "outro lado" e comentei sobre o que aconteceu com a minha amiga querida... E sabe o que aconteceu hoje? Justamente hoje, a D e ia, a irmãzinha dela que mora nos States, apareceu no MSN e me mandou 4 fotos da J u! Fiquei arrepiada! Posso agora ver a J u dando aquela gargalhada e falando: "Não queira saber de tudo antes da hora, criança..."

Agora penso em quantas provas ela não mandou, quantos sinais não soube interpretar! E vejo a Ju falar: "até pra isso precisei usar o computador, sua danadinha?"

domingo, setembro 21, 2008

quase normal!

Sim, pessoas! Estou quase no meu estado normal. Nos últimos dois meses consegui comprar 5 pares de calçados! Uma sandália e um sapato dos caros, um sapatinho mais ou menos, um sapatênis e uma sandalinha quase ótima! Consegui também fazer os pés!

domingo, setembro 14, 2008

além

Sei que tô chata, chata, chata. Difícil até de eu mesma me ler aqui. Não sei se insisto nos escritos quando pareço explodir de tristeza ou quando ela está indo embora.
Falei mal do Portuga, a quem chamei certa feita de Joaquim. Pelo menos consegui usá-lo para um álibi de fuga vespertina. Se existe vida pós morte, fico imaginando se ele estará rindo ou com mais raiva de mim. 
Sabem duma coisa? Tô triste sim. Queria ter feito as pazes com ele. E eu não acredito que em "outra vida" a gente vá se encontrar. Se existe essa coisa, eu espero não ir parar no mesmo lugar que ele. Ou será que eu também tenho sido tão ruim a esse ponto?
Droga! Não consigo dizer essas coisas pra gente que o conheceu. Falta coragem. Não consigo apagar as mágoas. Vou procurar aquela "oração do perdão".

====================

Olha... Eu quero acreditar que existem outras chances, outras dimensões. Gostaria de rever a Ju, a Wal... minha mãe, meus pais, meus irmãos...

Droga! Eu quero falar de outras coisas... Contar que tive uma tarde de sexta muito boa. Fiquei novamente me sentindo desejável, comível... Não queria ficar assim, com pena de mim mesma ou achar que os outros também me aguentam de dó.
Essa sensaçao vai passar!

Queria saber quem é esse Anônimo que comentou meu post outro dia. Nao sei mais verificar o Haloscan. Esqueci a senha, esqueci como se faz tudo... E também... De que adianta achar o IP? Agora tá tudo bagunçado, ninguém sabe mais o que é de onde.


sábado, setembro 13, 2008

Continuo sem saber o que escrever...

... mas vou tentar postar qualquer coisa regularmente. Fico feliz em saber que meus poucos e esporádicos leitores as vezes se lembram de mim.
Eu continuo chorosa, mas estou voltando à velha forma. Ontem, consegui largar tudo e me lembrar de quando era a Pomba Enamorada.  Aliás, ao me ver frente a frente com Ligia Fagundes Telles (chique, né?), me lembrei dos lugares por onde a Pomba transitava, tão familiares pra mim!

quinta-feira, setembro 11, 2008

foi-se...

.. o portuga que brigou comigo e me fez chorar pelo menos por uma semana.
Olha, nao é porque ele morreu. É porque eu tô virando santa. Mas faz tempo que nao tenho mais raiva dele. Até quando ele tripudiou ao saber das minhas últimas dificuldades, nao consegui sentir raiva. Desde sempre, sinto muita pena...  E não é de vingança que digo, mas duvido que consiga descansar em paz, viu? 

domingo, setembro 07, 2008

tentanto

Juro que tô me esforçando. Mas não gosto de nada que penso em postar. Raquel, tô com saudades. Qdo vc mostrou a carinha, não consegui responder. Pena.
Hoje tô chorosa. Pela primeira vez não pude ir ao casamento de um sobrinho. Na verdade nem tive tantos sobrinhos se casando. Foram duas, duas sobrinhas. Aí, me lembrei daquelas deliciosas reuniões familiares. A última com minha mãe. Ficamos hospedadas no mesmo quarto de hotel, lá na beira da represa, em Minas. ai, que saudadinha. Às vezes, saudades de mim mesma... 

domingo, agosto 31, 2008

curiosidade

Nossa! Essa curiosidade acaba comigo! Quem será meu segundo leitor? Ultimamente estava certa de que a única fiel visitante era Raquel...
Bom.. Tenho pelo menos 3 suspeitos, que talvez se lembrem ainda do endereço e da minha pessoinha.

Onde eu estava mesmo?
Ah... Sim! Deixando de sentir pena, de ser coitadinha. Retomar minha louca vida. Em alguns posts contei o que aconteceu, a guinada na minha vida. Agora, preciso retomá-la, mesmo assim capenga. Nem sei mais o que eu sinto. Tenho medo... Posso?

chega mesmo...

.. vou parar, já parei de ser a coitadinha!
Agora, só tô com a cabeça oca.

tentando retomar de novo, outra vez

Vou criar vergonha e voltar a postar... Não vi a neve ferver como a Fal. Quase. A leitura dos Drops me deu uma sacudida. Não posso ficar tanto tempo com pena de mim mesma. Preciso reagir. É uma promessa, sim! Apesar de ter descoberto nesses passeios que não sei escrever...

segunda-feira, abril 21, 2008

vitória e ajuda

Mensagem que pedi para encaminhar para a amiga de uma amiga,cujo marido está em estado grave, aguardando transplante de pulmão.

Há muitos anos nossa grande amiga em comum, a Alice, me fala de vc. Sempre ressaltou a grande amizade que as une e também a sua inteligência e gênio fortes, características que, segundo ela, sao presentes em nós duas, até pelo fato de ambas sermos escorpianas. Outro ponto em comum em nós duas seria o nosso ceticismo, a descrença, o fato de sermos "atéias", coisa que eu já penso que nao sou mais. Eu me recordo de termos nos cumprimentado no enterro do pai dela... Vc usava um casaquinho multicolorido... Depois daquele dia, enfrentamos uma sucessão de momentos difíceis, tanto eu como ela.. e hoje eu sei que você também.

Neste momento, ... atrevo-me a lhe falar um pouco de minha experiência, na tentativa de ajudá-la de algum modo na recuperaçao de seu marido Milton.

Como vc já deve saber, eu vivi uma situaçao limite com meu marido... Foram 35 dis em coma, 60 na Uti e 4 meses e meio de hospitao. E uma das coisas que me confortou muito foi a apresentaçao de uma pessoa em situaçao semelhante a minha, feita por uma grande amiga, que mora no Rio de Janeiro. Lilian é minha amiga de infância e ela se lembrou que tinha uma colega dela cujo marido tb teve avc, 4 meses antes do meu. O relato de tudo que ela viveu me estimulou muito a seguir em frente.

Sei que problema do seu marido é outro, mas acho que a batalha é igual quando os médicos nos dizem que a situação é "grave". Imagino que vc, como mulher inteligente, faça até contas ds possibilidades ao escutar essa palavra. E eu já ouvi também as piores, que são "muito grave" e "gravíssimo", apontados pelos médicos como níveis em que as esperanças se aproximam de zero.

Sei também que nao é primeira vez que vc enfrenta tal situaçao pois já viveu experiências difíceis com seus pais. Foi também o meu caso, pois além dos meus pais, também perdi dois irmaos, ainda jovens. Um deles se matou e outro teve cãncer no estômago.
Minha mae morreu uma semana depois de fazer cirurgia no fêmur. Ainda hoje me culpo de muitas coisas. Mas agora mesmo uma amiga me disse "a gente nao pode se culpar por ter caído porque não aprendeu a andar". De fato, nas ocasiões anteriores, eu ainda nao sabia andar em relaçao a doenças. Agora, acho que dou bons passos, que aprendi a duras, duríssimas penas, neste um ano e dois meses em que estou cuidando do meu marido.

O que posso lhe dizer? Que na hora do desespero, decidi acreditar em Deus. Olhei pra cima, em volta.. Pedi ajuda a pessoas que tinham fé. Espíritas, evangélicos, católicos... aceitei a mão de quem me estendeu. Recorri a todos tratamentos. Aceitei orações de quem prenunciou "dom da cura", pessoas amigas ou voluntários desconhecidos. Confesso, sem nenhuma vergonha que só em tal situaçao aprendi a rezar. Não creio que tenha feito isso anteriormente, nem quando meus pais e ãorreram. Nas outras ocasioes, acho que rezei por rezar... mecanicamente, temerosamente.

Desta vez, pedi, implorei, rezei com fé. Desejei ardentemente que Deus exista de fato e que seja mesmo o ser onipresente, que tudo sabe e tudo pode. Pedi humildemente que me socorresse e me confortasse. Pedi, sobretudo, pela vida de meu marido, mesmo que eu, em toda minha descrença e vida de pecadora, nada mereça.

Também aprendi a ler a Bíblia e nela buscar conforto, respostas, tranquilidade.

Paralelamente, nao deixei de lutar com todas as armas, conversando, perguntando, insistindo com médicos... e enchendo Paulo de todas energias positivas que minhas forças possam permitir.

Amiga (permita-me chamá-la assim, pois assim te considero), hoje, considero-me praticamente vitoriosa pois embora meu marido ainda não ande, está longe do risco de vida, já consegue comer com próprias maos. Ainda batalho entre momentos de infinita gratidão e tendência a revolta, cansaço e desespero. Mas os momentos de esperança sao bem maiores.

O que digo pra vc neste momento?

Que respire fundo.. que encha sua barriga de ar.... esvazie completamente o peito. Faça isso dez, vinte, trinta vezes e feche os olhos por dez minutos sempre que a agonia tomar conta de você.
Nao tenha vergonha de abaixar a cabeça, se humilhar... não tenha vergonha de estar sempre presente, firme e esperançosa ao lado de seu marido. Não tenha vergonha de ser você sempre... mas se dê ao luxo de chorar e pedir ajuda. Entre em um templo, uma igreja qualquer, e se pergunte: "por que tantas pessoas vêm aqui? por que tanta gente se conforta neste lugar? Se é assim, senhor Meu Deus, me dê tal conforto também."

Então.. acredite... Seja lá de onde for, você se fortalecerá.. e conseguirá, do mesmo jeito que eu : vencer um dia depois do outro!





segunda-feira, março 24, 2008

continuo emotiva

Os últimos dias andam puxados....
em dias em que minha paciência se esgota. Evito falar de coisas negativas. Tem dias em que até as boas nos remetem às ruins... Deve ser algo esquisito que paira no ar... Não há de ser nada!
Esse tempão todo sem postar... Ao voltar, a grata surpresa de saber que pelo menos 5 amigos estiveram em vigília aguardando este dia. Fiquei muito feliz em saber do interesse deles! Paralelamente, tento entender 3 de meus grandes amigos que não querem ler isto aqui de jeito nenhum! Um deles, até entendo, confessa, com ar maroto, que "tem meda!" rsrsrsr..

Páscoa

Assim como Natal, Dia das Maes, Dia dos Pais, etc... os dias festivos às vezes sao difíceis quando as coisas não estão dentro da normalidade.
Mas nao posso me queixar do último Natal, Ano Novo... e muito menos da Páscoa! Tudo tem sido muito positivo. Isso não significa que as lágrimas teimem ainda em escorrer. Mas nem sempre são em razão de tristeza ou desespero. São simplesmente emoções.
Amigos e meus parentes me carregam e empurram "com as duas mãos e pés", como diria minha sobrinha Dani.
No último sábado recebi visita de meu irmao mais velho com a família. Trouxeram presentes que o outro irmão, lá de Minas, me mandou. Fiquei imensamente feliz. Até com uma coisa tão boba que foi um avental de brinde. Vermelho, enorme, de brim. Adorei, principalmente pelo lado prático nesses meus dias de jornada quádrupla. A vida de "cuidadora" exige bolsos enormes e estar com fones e celulares nos bolsos, além de tesoura, fita crepe, etc!

domingo, março 16, 2008

melancolia

To de novo tristinha... mas é coisa de momento.

Semana passada foi muito legal. Recebi visita de uma grande amiga, que mora há uns 15 anos em NY. Estudamos juntas durante 7 anos. Ela veio ao Brasil, passou por Sp e de repente estava aqui em casa. Foi muito, muito bom. Muito alto astral, sensaçao de que nos separamos ontem!
De repente, uma noite, ela mostrou a cara no gmail, passei o endereço, trocamos fones. Dia seguinte, a esperei com salgadinhos quentinhos. Vieram ela e a irmã. Essa irmã é voluntária dos Doutores da Alegria em minha cidade. Penúltima vez que a vi foi no hospital, com minha mae. Última, foi no velório... Estranho e até engraçado é que, após 3 anos, ela nao se lembrava que minha mãe já não está mais por aqui. Claro que isso foi um esquecimento repentino. Mesmo assim, fiquei encafifada...

domingo, março 09, 2008

Dia da Mulher e etc

Meus dias continuam difíceis.
Nao sei se tá tudo bem ou não.
Tem coisas que quero contar, mas nao dá coragem.
Não, nem sempre sou verdadeira...
Tõ inquieta... Quase sempre, me priorizando em último lugar. Não, disso não reclamo. Nem sei se sou feliz ou nao. Acho que sou!

Ontem, Dia da Mulher, resolvi escrever mandar mensagem comemorativa pras amigas. Saiu isto:

Muita gente acha besteira celebrarmos este dia. Mas eu, do mesmo jeito que aprovo todas novas datas comemorativas, como Dia do Amigo, Dia do Vizinho, Dia da Vovó, da Sogra, etc, vejo razões especiais para festejarmos o dia de hoje!

Feliz Dia Internacional da Mulher!
Para vc,
Para mim,
Para todas grandes mulheres!

Vamos aproveitar para relembrar todas nossas conquistas! Nós, que acompanhamos tantas mudanças e estamos tendo a oportunidade de conviver entre o melhor da mulher de antigamente e da nova mulher!

A nós, desta geraçao, que perdemos a vergonha de ir comprar modess na farmácia, tendo acompanhado aqueles anúncios nas revistas de fotonovelas. Lembram? "Adeus, toalhinhas laváveis!"
A nós, que ousamos experimentar o OB e tantas outras coisinhas!

A nós, que brincamos de intelectuais e hoje podemos assumir gostar de telenovelas!

A nós, que começamos com sutiã de bojo pontudo, ousamos usar camisetas sem nada e agora encaramos modelitos que levantam tudo!

A nós, que fomos à luta, empurradas pelas mães que, invejavam nossas oportunidades!
A nós, que invejamos a moleza de nossas avós e mães!
A nós, que invejamos a moleza de nossas filhas!
A nós, que podemos nos orgulhar de tudo!
A nós, que começamos fazendo curso de "dactilografia", "estenografia" , passamos até pelo código morse (eu , sim.. juro!) e estamos aqui, sobrevivendo à era da informática!
A nós!


domingo, fevereiro 10, 2008

para dar sorte

A exemplo do que fiz há quatro anos, fica aqui um post de um futuro imaginário, talvez o meu post de número 8.000 neste blog.

Em seu discurso de posse, a nova diretora do curso de G e s tão de P olíticas Pú blicas, relembrou sua primeira ida ao campus da U s p leste, ainda um lugar desconhecido. Era o ano de 2008. Foi com dificuldade que ela chegou a aquele descampado em seu carrinho de segunda mão, ainda sonolenta do plantão noturno como aspirante-a-oficial.

No momento em que se torna a primeira m i litar a dirigir a faculdade, mencionou os preconceitos que enfrentou entre os colegas dos dois grupos: os estudantes da maior universidade do país e os seus colegas de c a s erna.

Com os olhos marejados de lágrimas, a capitão rememorou a luta vitoriosa pela recuperação da saúde de seu pai, convalescendo então de um avc gravíssimo que o deixou mais de um ano na cadeira de rodas. Foi justamente o exemplo dele, com a guinada que deu para voltar a andar que a estimulou a redobrar esforços nos estudos e no trabalho.

No agradecimento citou a mae, tios e primos, exemplos que a incentivaram nos momentos mais difíceis com a certeza de que vale a pena correr atrás das conquistas. Expressou também especial gratidão ao ma jor N e lson, que depois de reformado se dedicou à vida acadêmica, tornando-se conceituado filólogo e etimologista. Lembrou que foi graças à "força" dada por ele, com a apresentaçao de um aluno veterano que conseguiu sobreviver ao primeiro ano como recruta na academia militar.
A cerimônia foi concorrida devido à presença de seu primo, ministro da J u stiça e do tio, que veio de N. York, onde coordena o novo organismo da On u, encarregado da recuperacao dos detentos em todo o planeta.
A doutora, que acumulará a funçao com o subcomando da área central da capital, pretende conciliar o rigor militar com a liberdade de um ambiente humanista. Para isso, contará com o apoio do marido, figura igualmente polivalente, que divide as atividades de físi co e filó sofo, também na u s p.

Kell está certa!Muito bom voltar a escrever! Agora vou me especializar em sonhos premonitórios!

escrevi no carnaval

Não postei no dia pois achei muito triste...

Domingo de Carnaval. Estou trabalhando às 20h, como estive muitas vezes, como estaria também no ano passado, nao fosse o que aconteceu.
Então, neste momento, penso: "Que bom que posso trabalhar".
ão domingo de Carnaval do ano passado (que caiu no dia 18), estava aflita, aguardando naquele corredor assustador da Santa Casa por onde passava pela primeira vez em minha vida. Nos meses seguintes, me familiarizaria muito com aquele chao de cerâmica vermelha tão limpo e bem encerado, cercado por paredes antigas de tijolos a vista. Gatos passeando pelos corredores.

Chove lá fora e já lavei montanhas de roupas hoje. Toda vez que lavo roupas, me lembro muito de minha mãe. Especialmente num domingo. Quando ela esteve aqui em casa, lavando as fraldas da minha filha, comentava como era tudo muito fácil só pelo fato de ter água encanada e poder esquentar água em fogão a gás, bastando pra isso girar um botão.Também ficou toda invejosa do meu tanque de cerâmica branca. Ela dizia isso lembrando-se dos primeiros anos como imigrante, quando depois de doze horas no cafezal ainda tinha de tirar água do poço, puxando um balde com corda. Água para o banho de ofurô e para lavar a roupa, além de fazer comida e lavar a louça. Para aquecer a água, fogo a lenha. E quando chovia por muitos dias? Lenha molhada e muita fumaça...
São essas reminiscências que me enchem de coragem. Quando vou cuidar do P P, me lembro de minha avó... Passou uns cinco anos dependente, num tempo em que nem existiam fraldas descartáveis ou mesmo folhas de plástico pra forrar a cama... E minha mãe ainda costurava e lavava roupas de dez pessoas enquanto cuidava dela. Sem máquina de lavar, sem água encanada, sem energia elétrica, sem fogão a gás...
Então, eu penso: Nao posso chorar! Mas as lágrimas correm...