Para quem nao sabe, BLOG é um diario online. Vida secreta de uma quarentona sem ataque de nervos. PS: Era quarentona, quando comecei. Agora, sou cinquentinha. * * * * Pomba Enamorada, é personagem-titulo de´conto/livro de Ligia Fagundes Telles, que dança uma vez com um sujeito em quem fica pensando durante 25 anos. ******* amanary@gmail.com
terça-feira, outubro 07, 2008
mais sonhos...
sexta-feira, outubro 03, 2008
vivendo sem aprender
mistérios dos sonhos
segunda-feira, setembro 29, 2008
devagar, devagar...
segunda-feira, setembro 22, 2008
provas
Agora penso em quantas provas ela não mandou, quantos sinais não soube interpretar! E vejo a Ju falar: "até pra isso precisei usar o computador, sua danadinha?"
domingo, setembro 21, 2008
quase normal!
domingo, setembro 14, 2008
além
sábado, setembro 13, 2008
Continuo sem saber o que escrever...
quinta-feira, setembro 11, 2008
foi-se...
domingo, setembro 07, 2008
tentanto
domingo, agosto 31, 2008
curiosidade
Bom.. Tenho pelo menos 3 suspeitos, que talvez se lembrem ainda do endereço e da minha pessoinha.
Onde eu estava mesmo?
Ah... Sim! Deixando de sentir pena, de ser coitadinha. Retomar minha louca vida. Em alguns posts contei o que aconteceu, a guinada na minha vida. Agora, preciso retomá-la, mesmo assim capenga. Nem sei mais o que eu sinto. Tenho medo... Posso?
tentando retomar de novo, outra vez
segunda-feira, abril 21, 2008
vitória e ajuda
Há muitos anos nossa grande amiga em comum, a Alice, me fala de vc. Sempre ressaltou a grande amizade que as une e também a sua inteligência e gênio fortes, características que, segundo ela, sao presentes em nós duas, até pelo fato de ambas sermos escorpianas. Outro ponto em comum em nós duas seria o nosso ceticismo, a descrença, o fato de sermos "atéias", coisa que eu já penso que nao sou mais. Eu me recordo de termos nos cumprimentado no enterro do pai dela... Vc usava um casaquinho multicolorido... Depois daquele dia, enfrentamos uma sucessão de momentos difíceis, tanto eu como ela.. e hoje eu sei que você também.
Neste momento, ... atrevo-me a lhe falar um pouco de minha experiência, na tentativa de ajudá-la de algum modo na recuperaçao de seu marido Milton.
Como vc já deve saber, eu vivi uma situaçao limite com meu marido... Foram 35 dis em coma, 60 na Uti e 4 meses e meio de hospitao. E uma das coisas que me confortou muito foi a apresentaçao de uma pessoa em situaçao semelhante a minha, feita por uma grande amiga, que mora no Rio de Janeiro. Lilian é minha amiga de infância e ela se lembrou que tinha uma colega dela cujo marido tb teve avc, 4 meses antes do meu. O relato de tudo que ela viveu me estimulou muito a seguir em frente.
Sei que problema do seu marido é outro, mas acho que a batalha é igual quando os médicos nos dizem que a situação é "grave". Imagino que vc, como mulher inteligente, faça até contas ds possibilidades ao escutar essa palavra. E eu já ouvi também as piores, que são "muito grave" e "gravíssimo", apontados pelos médicos como níveis em que as esperanças se aproximam de zero.
Sei também que nao é primeira vez que vc enfrenta tal situaçao pois já viveu experiências difíceis com seus pais. Foi também o meu caso, pois além dos meus pais, também perdi dois irmaos, ainda jovens. Um deles se matou e outro teve cãncer no estômago.
Minha mae morreu uma semana depois de fazer cirurgia no fêmur. Ainda hoje me culpo de muitas coisas. Mas agora mesmo uma amiga me disse "a gente nao pode se culpar por ter caído porque não aprendeu a andar". De fato, nas ocasiões anteriores, eu ainda nao sabia andar em relaçao a doenças. Agora, acho que dou bons passos, que aprendi a duras, duríssimas penas, neste um ano e dois meses em que estou cuidando do meu marido.
O que posso lhe dizer? Que na hora do desespero, decidi acreditar em Deus. Olhei pra cima, em volta.. Pedi ajuda a pessoas que tinham fé. Espíritas, evangélicos, católicos... aceitei a mão de quem me estendeu. Recorri a todos tratamentos. Aceitei orações de quem prenunciou "dom da cura", pessoas amigas ou voluntários desconhecidos. Confesso, sem nenhuma vergonha que só em tal situaçao aprendi a rezar. Não creio que tenha feito isso anteriormente, nem quando meus pais e ãorreram. Nas outras ocasioes, acho que rezei por rezar... mecanicamente, temerosamente.
Desta vez, pedi, implorei, rezei com fé. Desejei ardentemente que Deus exista de fato e que seja mesmo o ser onipresente, que tudo sabe e tudo pode. Pedi humildemente que me socorresse e me confortasse. Pedi, sobretudo, pela vida de meu marido, mesmo que eu, em toda minha descrença e vida de pecadora, nada mereça.
Também aprendi a ler a Bíblia e nela buscar conforto, respostas, tranquilidade.
Paralelamente, nao deixei de lutar com todas as armas, conversando, perguntando, insistindo com médicos... e enchendo Paulo de todas energias positivas que minhas forças possam permitir.
Amiga (permita-me chamá-la assim, pois assim te considero), hoje, considero-me praticamente vitoriosa pois embora meu marido ainda não ande, está longe do risco de vida, já consegue comer com próprias maos. Ainda batalho entre momentos de infinita gratidão e tendência a revolta, cansaço e desespero. Mas os momentos de esperança sao bem maiores.
O que digo pra vc neste momento?
Que respire fundo.. que encha sua barriga de ar.... esvazie completamente o peito. Faça isso dez, vinte, trinta vezes e feche os olhos por dez minutos sempre que a agonia tomar conta de você.
Nao tenha vergonha de abaixar a cabeça, se humilhar... não tenha vergonha de estar sempre presente, firme e esperançosa ao lado de seu marido. Não tenha vergonha de ser você sempre... mas se dê ao luxo de chorar e pedir ajuda. Entre em um templo, uma igreja qualquer, e se pergunte: "por que tantas pessoas vêm aqui? por que tanta gente se conforta neste lugar? Se é assim, senhor Meu Deus, me dê tal conforto também."
Então.. acredite... Seja lá de onde for, você se fortalecerá.. e conseguirá, do mesmo jeito que eu : vencer um dia depois do outro!
segunda-feira, março 24, 2008
continuo emotiva
em dias em que minha paciência se esgota. Evito falar de coisas negativas. Tem dias em que até as boas nos remetem às ruins... Deve ser algo esquisito que paira no ar... Não há de ser nada!
Esse tempão todo sem postar... Ao voltar, a grata surpresa de saber que pelo menos 5 amigos estiveram em vigília aguardando este dia. Fiquei muito feliz em saber do interesse deles! Paralelamente, tento entender 3 de meus grandes amigos que não querem ler isto aqui de jeito nenhum! Um deles, até entendo, confessa, com ar maroto, que "tem meda!" rsrsrsr..
Páscoa
Mas nao posso me queixar do último Natal, Ano Novo... e muito menos da Páscoa! Tudo tem sido muito positivo. Isso não significa que as lágrimas teimem ainda em escorrer. Mas nem sempre são em razão de tristeza ou desespero. São simplesmente emoções.
Amigos e meus parentes me carregam e empurram "com as duas mãos e pés", como diria minha sobrinha Dani.
No último sábado recebi visita de meu irmao mais velho com a família. Trouxeram presentes que o outro irmão, lá de Minas, me mandou. Fiquei imensamente feliz. Até com uma coisa tão boba que foi um avental de brinde. Vermelho, enorme, de brim. Adorei, principalmente pelo lado prático nesses meus dias de jornada quádrupla. A vida de "cuidadora" exige bolsos enormes e estar com fones e celulares nos bolsos, além de tesoura, fita crepe, etc!
domingo, março 16, 2008
melancolia
Semana passada foi muito legal. Recebi visita de uma grande amiga, que mora há uns 15 anos em NY. Estudamos juntas durante 7 anos. Ela veio ao Brasil, passou por Sp e de repente estava aqui em casa. Foi muito, muito bom. Muito alto astral, sensaçao de que nos separamos ontem!
De repente, uma noite, ela mostrou a cara no gmail, passei o endereço, trocamos fones. Dia seguinte, a esperei com salgadinhos quentinhos. Vieram ela e a irmã. Essa irmã é voluntária dos Doutores da Alegria em minha cidade. Penúltima vez que a vi foi no hospital, com minha mae. Última, foi no velório... Estranho e até engraçado é que, após 3 anos, ela nao se lembrava que minha mãe já não está mais por aqui. Claro que isso foi um esquecimento repentino. Mesmo assim, fiquei encafifada...
domingo, março 09, 2008
Dia da Mulher e etc
Nao sei se tá tudo bem ou não.
Tem coisas que quero contar, mas nao dá coragem.
Não, nem sempre sou verdadeira...
Tõ inquieta... Quase sempre, me priorizando em último lugar. Não, disso não reclamo. Nem sei se sou feliz ou nao. Acho que sou!
Ontem, Dia da Mulher, resolvi escrever mandar mensagem comemorativa pras amigas. Saiu isto:
Muita gente acha besteira celebrarmos este dia. Mas eu, do mesmo jeito que aprovo todas novas datas comemorativas, como Dia do Amigo, Dia do Vizinho, Dia da Vovó, da Sogra, etc, vejo razões especiais para festejarmos o dia de hoje!
Feliz Dia Internacional da Mulher!
Para vc,
Para mim,
Para todas grandes mulheres!
Vamos aproveitar para relembrar todas nossas conquistas! Nós, que acompanhamos tantas mudanças e estamos tendo a oportunidade de conviver entre o melhor da mulher de antigamente e da nova mulher!
A nós, desta geraçao, que perdemos a vergonha de ir comprar modess na farmácia, tendo acompanhado aqueles anúncios nas revistas de fotonovelas. Lembram? "Adeus, toalhinhas laváveis!"
A nós, que ousamos experimentar o OB e tantas outras coisinhas!
A nós, que brincamos de intelectuais e hoje podemos assumir gostar de telenovelas!
A nós, que começamos com sutiã de bojo pontudo, ousamos usar camisetas sem nada e agora encaramos modelitos que levantam tudo!
A nós, que fomos à luta, empurradas pelas mães que, invejavam nossas oportunidades!
A nós, que invejamos a moleza de nossas avós e mães!
A nós, que invejamos a moleza de nossas filhas!
A nós, que podemos nos orgulhar de tudo!
A nós, que começamos fazendo curso de "dactilografia", "estenografia" , passamos até pelo código morse (eu , sim.. juro!) e estamos aqui, sobrevivendo à era da informática!
A nós!
domingo, fevereiro 10, 2008
para dar sorte
Em seu discurso de posse, a nova diretora do curso de G e s tão de P olíticas Pú blicas, relembrou sua primeira ida ao campus da U s p leste, ainda um lugar desconhecido. Era o ano de 2008. Foi com dificuldade que ela chegou a aquele descampado em seu carrinho de segunda mão, ainda sonolenta do plantão noturno como aspirante-a-oficial.
No momento em que se torna a primeira m i litar a dirigir a faculdade, mencionou os preconceitos que enfrentou entre os colegas dos dois grupos: os estudantes da maior universidade do país e os seus colegas de c a s erna.
Com os olhos marejados de lágrimas, a capitão rememorou a luta vitoriosa pela recuperação da saúde de seu pai, convalescendo então de um avc gravíssimo que o deixou mais de um ano na cadeira de rodas. Foi justamente o exemplo dele, com a guinada que deu para voltar a andar que a estimulou a redobrar esforços nos estudos e no trabalho.
A cerimônia foi concorrida devido à presença de seu primo, ministro da J u stiça e do tio, que veio de N. York, onde coordena o novo organismo da On u, encarregado da recuperacao dos detentos em todo o planeta. A doutora, que acumulará a funçao com o subcomando da área central da capital, pretende conciliar o rigor militar com a liberdade de um ambiente humanista. Para isso, contará com o apoio do marido, figura igualmente polivalente, que divide as atividades de físi co e filó sofo, também na u s p.
Kell está certa!Muito bom voltar a escrever! Agora vou me especializar em sonhos premonitórios!
escrevi no carnaval
Domingo de Carnaval. Estou trabalhando às 20h, como estive muitas vezes, como estaria também no ano passado, nao fosse o que aconteceu.
Então, neste momento, penso: "Que bom que posso trabalhar".
ão domingo de Carnaval do ano passado (que caiu no dia 18), estava aflita, aguardando naquele corredor assustador da Santa Casa por onde passava pela primeira vez em minha vida. Nos meses seguintes, me familiarizaria muito com aquele chao de cerâmica vermelha tão limpo e bem encerado, cercado por paredes antigas de tijolos a vista. Gatos passeando pelos corredores.
Chove lá fora e já lavei montanhas de roupas hoje. Toda vez que lavo roupas, me lembro muito de minha mãe. Especialmente num domingo. Quando ela esteve aqui em casa, lavando as fraldas da minha filha, comentava como era tudo muito fácil só pelo fato de ter água encanada e poder esquentar água em fogão a gás, bastando pra isso girar um botão.Também ficou toda invejosa do meu tanque de cerâmica branca. Ela dizia isso lembrando-se dos primeiros anos como imigrante, quando depois de doze horas no cafezal ainda tinha de tirar água do poço, puxando um balde com corda. Água para o banho de ofurô e para lavar a roupa, além de fazer comida e lavar a louça. Para aquecer a água, fogo a lenha. E quando chovia por muitos dias? Lenha molhada e muita fumaça...
São essas reminiscências que me enchem de coragem. Quando vou cuidar do P P, me lembro de minha avó... Passou uns cinco anos dependente, num tempo em que nem existiam fraldas descartáveis ou mesmo folhas de plástico pra forrar a cama... E minha mãe ainda costurava e lavava roupas de dez pessoas enquanto cuidava dela. Sem máquina de lavar, sem água encanada, sem energia elétrica, sem fogão a gás...
Então, eu penso: Nao posso chorar! Mas as lágrimas correm...