quinta-feira, dezembro 27, 2001

Adoro ver as reações ao meu blog... Meu amigo Eduardo confessou que andou lendo “por amostragem”. Falou que me achou “grande ficcionista”. Disse que vai continuar a leitura durante a estada na casa da irmã dele, no Rio.
Estou preocupada. Acho que todas essas revelações foram demais. Eduardo misturou todas as bolas e parece que não consegue captar quem é quem.
Aí, eu falei para ele que eu não era apenas a Japa Girl dele, que andava inspirando outros autores. (Eh,eh,eh). Comentário dele: “Sei… você quer montar uma coletânea!”

Apesar de saber que ele está lendo, juro que não vou me censurar por isto. Afinal, a fase sem censura de nossa amizade já tem bem mais de cinco anos.

Jim, o judeu americano, nunca tinha ouvido falar de blog. Passei para ele um pdf do texto que fiz para a revista e ele se interessou. Viu esta página e comentou:
“Muito interessante... até li um tantão dos seus pensamentos... MUITO legal! Achei tão simpático que é capaz de eu até dar para você... rs...”

Estou meio travada com o fato de ter passado o endereço para um amigo “interessante”. Ele é do interior de São Paulo, do Vale do Paraíba, uma graça de pessoa. Foi um dos que respondeu ao novo perfil que coloquei na Uol. Agora já foi! Se ele quiser, que me aceite como sou.

Outra pessoa que leu o blog foi Carlos. Depois de quase um ano sem comunicação, ele me contatou na semana passada. Foi um dos que não ficaram pela estrada nos contatos que fiz há dois anos pelos Amigos Virtuais. Ele é da mesma safra do Budista e do Fiscal. Surpresa grande foi saber que ele imprimiu (37 páginas) e apreciou a leitura. Frisou que ele não é nenhum chato e entendeu tudo. (Ehehehe). Satisfaz meu ego.

Ontem, fiquei tentada a contar para Julius. Mas resisti. Acho que ele ficaria convencido demais. (heheh.)...ou não? Estou quase certa de que ele não se incomodará com o fato de ter postado aqui os poemas. Fiz isso porque gosto tanto e é uma delícia exibir os presentes feito criança na manhã de Natal. E todas minhas amigas morrem de inveja. Ninguém tem um poeta como eu. E para dizer a verdade, esse foi o primeiro que encontrei em toda minha vida. Fico constrangida apenas porque a profissional de comunicação sou eu. Ele é engenheiro.

Tivemos uma noite especialíssima, indescritível. Voltei feliz, com as energias recarregadas. Novamente, ficaram mil coisas a serem ditas, apesar de eu ter falado um pouco além do habitual sobre meus sentimentos. A verdade é que tenho medo de espantá-lo. Ele comentou apenas que tinha sempre certeza de tudo, que ficava muito evidente, pois transpiro as sensações na pele, por todos os poros. Eu disse que eu também tenho 99% dessa sensação, mas que às vezes temo que ser apenas falta de opção. Acrescentei que minha preferência por ele também não era por falta de opção. “Sei disso. E como!” – foi o comentário dele.

Bom... Estou com a consciência supertranquila, vivendo tudo sem culpas e sem questionamentos sobre que sentimento é este. Só sei que está me fazendo muito, muito bem.

Aproveito para relembrar aqui um dos primeiros textos inspirados dele, acho que o que me "derrubou" definitivamente. Foi o primeiro das dezenas que se seguiram ao longo do ano...

Creio que devemos entender os destinos como dois rios. (parafraseando Herman Hesse) Quando dois rios se encontram é a turbulência de águas diferentes, um certo caos, um certo atrito para depois caminharem placidamente em conjunto e mesmo que tenham corredeiras E já que nossos rios se encontraram devemos agradecer ao universo que permitiu este encontro e desejar que se perpetue o sentimento que nos une de cumplicidade e amizade mas acima de tudo de desapego e desejo de que o outro seja realmente feliz. Isto é a verdadeira demonstração de altruismo e quem sabe o caminho do amor ainda desconhecido para seres imperfeitos como nós que habitam este globo aquático

Desapego! É justamente a coisa mais importante desta relação, em que vivemos apenas os momentos mágicos.

Que saudades do Fábio! Queria tanto estar compartilhando com ele minha felicidade! Por onde será que anda o danadinho? Quem sabe, meus pensamentos atravessam os oceanos e chegam a ele, quando estiver passsando por um cibercafé!

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