terça-feira, agosto 10, 2004

Foi aniversário do meu amigo mais velho, o síndico. Isso me faz lembrar que este blog acaba de completar três anos. Pena que não consegui escrever dirariamente, como pretendia. Mas, pra compensar, houve dias - como hoje - em que escrevi por muitos dias.

Mas não gosto de mim nesta "fase luiz". Nem tô me reconhecendo!

Deve ser porque meus leitores em tempo real não apareceram hoje. Até o Professor do interior que gosta de gatos me abandonou... É o frio!

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Pela segunda vez em poucos dias, dei "bolo" em Julius.

Também não tô me reconhecendo!

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De novo a velha discussão que uns tanto gostam e outros abominam. Mas que deve passar pela cabeça de todo macho pelo menos uma vez por dia.

O será que leva um homem a falar nas suas medidas? E como será que eles medem o dito cujo? Onde será o ponto de partida? Pelo diâmetro? Pelo raio? Pelo perímetro? Vai saber...

Um velho amigo, que volta e meia bate na mesma tecla, me perguntou se é verdade que a grossura é mais importante que o comprimento.

Pra quem tem alguma dúvida: Claro que tamanho é documento! E nem me venham com comparações com peitos e bundas! Também não adianta dizer que "tanto faz"!

Nesta hora, os caras contam aquela velha piada sobre o tamanho do carro e da garagem!

E também alguns se vingam perguntando se eu tenho aquilo de atravessado.

Bom... Ninguém precisa ficar ofendido. Mas a verdade é que quem estiver fora do padrão tem de se esmerar na performance!

Acho que o recado tá dado... Bunitinho, ne? Falei com jeito. Ninguém pode me criticar. Eh, eh, eh!

É... foi pra chocar, sim!
Mas falei o que penso sobre o tema.
Uma vez por ano, tenho direito de fazer isso!

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Os arquivos deste blog estão embaralhados. Mas eu tenho medo de mexer e piorar a situação. Ou pior: perder tudo. Socorro!
Luiz, gostaria de ser disciplinada e cuidadosa feito você. Sim, claro que você pode ser um adjetivo! Pode até ser sinônimo ou ícone!
Te falei que vi seu retrato naquela sua fase "xicória" (ou seria chicória?). Por falar em "x"... Chale tem tudo pra ser com "ch". Outra palavra que tem cara de "ch" é cocha. Principalmente cochinha! Vamos perdoar o coleguinha!

Recadinho:

"Barão... Seu cartão chegou. Confesso que fico sensibilizada e dá até vontade de vê-lo. Mas não quero criar falsas expectativas. Só se fosse um café e uma conversa pra jogar fora. Ainda não entendo essa sua história de não ter acesso a nenhum e-mail e só poder ler este blog. Bom... Pelo menos eu sei que tenho um leitor. Eh, eh, eh."

Claro que isso tudo mexe comigo... Fico pensando no que pode ter acontecido nestes dois anos e meio... Isso não é normal!

Voltei a conversar com "Ti". Agora ele está trabalhando e fica pendurado no ICQ o dia todo. Às vezes dou um oi pra ele. Foi morar com uma garota que tem um gato e uma filhinha de três anos. Parecem felizes. Tomara que sim.

Outro dia quase telefonei pro Carioca. Tive vontade de pedir de volta a mala que "emprestei" pra ele. Até hoje não entendo como alguém pode ser tão displicente. E também não entendo como eu fui tão desprendida com esse cara. A velha história: "o amor nos deixa surda, cega e burra!"

Não teria nada demais o cara se esquecer de devolver a mala. Mas usá-la?

Bom pra eu aprender: nunca mais terei uma mala de couro feito aquela. Acho que nem na Argentina fazem mais.

Lembrei disto agora porque tudo aconteceu num mês de agosto... Sempre que passo em frente a aquele hotel, me lembro dos dias. Foram bons, sim. Agora, parecem cenas dum filme surrealista.

Outra coisa que me ocorreu: Não posso acreditar que aquele "menino" tenha virado a bandeira. Vai ver que foi tudo mentira. Ainda não sei se do pai ou do filho. Eu sou mesmo idiota. Desconfio de tantos e acredito em cada um... Que raiva!



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Viram? Só agora reparei que posso mudar as cores.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Parece que arrumei um novo leitor. Só não sei se ele acredita muito em mim. Também, com tanta gente maluca que tem neste mundo, não o condeno se me tomar por mais uma. Mas estou em fase de sinceridade quase que total.

Estou em fase hipersensível. Eu me vejo na minha filha, na minha mãe, na minha irmã. Eu me vejo em todos os defeitos delas e me indentifico com elas nas variadas fases da minha vida! Às vezes esses espelhos me chocam!

Como não sei mais fazer link, reproduzo, a seguir, um texto lindo de Cora Rónai, que saiu na revista "Cláudia" deste mês. Eu assinaria embaixo, com a diferença de que "só" tenho 3 quadrúpedes e "apenas" meia dúzia de livros sobre gatos. E eu adoro presentear as pessoas com manekinekos.


Pequenas felicidades quadrúpedes

Minha casa é uma casa temática. Há fotos de gatos em porta retratos, esculturinhas de gatos dos mais variados tamanhos feitas em todos os materiais imagináveis, uma coleção de maneki nekos, gatos diversos pintados em louças, enfeites e no colo de cada uma das matrioskas que eu trouxe de Moscou. Há naturalmente um gato de porcelana, como no tango, e um gato de bronze, placidamente deitado sobre uns livros, para prender a porta. Há também uma prateleira inteira numa das estantes, exclusivamente dedicada a livros sobre gatos. Da última vez que contei, eram mais de cem.É lógico que não decidi que a minha casa ia ser assim. Todos esses gatos decorativos e imaginários foram se juntando aos poucos ao meu redor, mais ou menos como se juntaram os sete gatos de pelo e osso que hoje me dão o prazer da sua companhia. Muitos chegaram como presentes de Natal ou de aniversário, outros vieram de lembrança na bagagem dos amigos, alguns me conquistaram em viagens ou na lojinha da esquina. Gatos têm disso, mesmo quando não são de verdade.De todas essas coisas felinas, grandes ou pequenas, poesia ou prosa, a que mais gosto, disparado, é um verso do Neruda:?Tudo é imundo para o imaculado pé do gato.?Nesta frase está, para mim, a essência da sua elegância. Nada está, jamais, à altura dos seus pés delicados, das patas que tudo testam antes de pousar, cheias de cuidados ? da grama do jardim ao mármore da mesa, do tapete oriental de 600 nós por centímetro quadrado ao capacho da entrada, passando pelo sofá (bege), pelas almofadas (brancas) e, lógico, pela cama recém-arrumada que se dignam a dividir com a gente. Às vezes, porque nem eles conseguem ser perfeitos, toda esta precisão acaba numa cena cômica. Poucas criaturas têm tanto senso do ridículo quanto os gatos, e é muito engraçado ver como tentam se convencer ? e nos convencer ? de que nada demais aconteceu. Conviver com eles é uma constante lição de observação e um encanto permanente; é, também, um aprendizado de bem querer, em que o grande segredo é o respeito às diferenças individuais. Ao contrário do que imaginam as pessoas que não os conhecem, os gatos são extremamente amorosos e dedicados. Apenas não são subservientes -- no que, aliás, estão cobertos de razão. Subserviência não é uma boa base para nenhuma relação.Adoro a sua companhia, e me sinto honrada por me distinguirem com seu carinho, sua amizade e sua fenomenal intuição: estou convencida de que aqueles bigodes todos são antenas para captar vibrações. Quando percebem que estou triste, juntam-se ao meu redor e fazem o que podem para me alegrar; quando acham que já dei atenção demais ao computador, plantam-se em frente à tela ou dão pequenos puxões na minha roupa, para que eu me lembre de que há coisas mais importantes para se olhar na casa. E há mesmo. O melhor é que, apesar de lindos (e vaidosos), eles sabem que beleza não é fundamental; fundamental mesmo é delicadeza, essa qualidade tão em falta na vida humana.(Revista Cláudia, agosto de 2004)
Comentário do meu amigo:
"Não resisti a te escrever depois de ler sua mensagem sobre suas peripécias no ônibus. Como me identifiquei! Passo a maior parte da minha vida indo da casa para o trabalho e vice-versa. Não seria nada se não cortasse a cidade de lado a lado, percorrendo bairros e cruzando o centro antigo todos os dias. E como há histórias para contar, como existe gente diferente, personagens misteriosos, conhecidos até, que se cruzam por pequenos minutos nos ônibus, vans e metro. Apesar de nunca se cumprimentarem, nem mesmo se olharem, noto diariamente pessoas que se encontram e se separam no metro pela madrugada e à noite. O sr. idoso que desde a van e do ônibus corre para descer a frente dos demais, a senhora baixa e obesa que fica com os olhos fechados até chegar à estação Sé do Metro, a moça ruiva e pálida que vem dormindo no banco reservado para idosos, o rapaz alto que entra sempre no primeiro vagão com agasalho e carregando um cabide. Estará levando um terno, um uniforme? Nunca saberei. E aquele senhor manco lendo um livro entretido? Qual livro será? Tento ler mas não consigo. O metro pára e ele salta. No ponto, madrugada ainda, todos os dias, como um relógio, vejo passar a senhora magra que vai comprar pão, o rapaz de casaco pesado e escuro mas que revela um par de de sapatos de verniz bicolor e com salto alto a cada passo. De onde estará vindo às 5h40? As "meninas alegres" no lado errado da Augusta tentando seduzir os últimos homens da madrugada. O oriental que pedala solitário da academia que anuncia com sua iluminação fria o início da manhã.Eu de olhos fechados, sei que no próximo ponto, meu amigo e pesquisador peruano vai subir no ônibus dando bom dia a todos e fazendo comentários sobre o tempo.E por aí vai... atendentes de hospitais, técnicos de laboratório, seguranças, estudantes, pedreiros, pessoal de limpeza, cada um vai saindo de casa e se diringindo ao trabalho como um exército silencioso ( e neste horário da manhã é bom que o seja ) a ocupar suas posições. Muitas vezes sinto um enorme carinho por essas pessoas anônimas. Peço a Deus para abençoá-las na imensa, vasta mediocridade de vida que levamos, abandonados quase que a própria sorte pelos poderosos, sem educação, sem saúde, limitados a procurar sobreviver silenciando muitos desejos. Mas sei que se tentasse abraçá-los seria taxado como louco ou perturbado.Também acho que escrivi demais para quem está tão atrapalhado tentando fechar um evento para daqui a 20 dias!"
Devido à preguiça, vou postar aqui um e-mail que enviei na manhã desta segunda para "Eduardo". Só eliminei uns nomes citados, por motivos óbvios.

Não telefonei pra você no último final de semana, como costumo fazer porque estava congelada e numa crise de muito mau humor. Mas até que o Dia dos Pais foi bom. Fomos almoçar na Liberdade, pra variar. Mas as perguntinhas de sempre das amigas chatas me aborreceram. Existem pessoas que estragam seu dia só de mostrar a cara pra você. Reparou? Na quinta-feira decidi ir de ônibus até a casa da minha irmã, que mora no Aeroporto, e fiquei três horas no trânsito! Não, não foi só culpa da Marta. Eu que não me dei ao trabalho de checar o novo itinerário do ônibus Jardim Miriam. Perdi a vontade de perguntar depois que cheguei ao ponto e dei com uma mocinha encostada na pilastra. Como não sabia se ali era o ponto certo, pedi a ela para desencostar para que eu pudesse ler. Ela deu uma giradinha, voltou ao mesmo lugar e ficou rindo, enquanto proseava com uma amiguinha. Deviam ambas ter menos de vinte anos. Subi, me acomodei num banco ensolarado e me limitei a escutar conversa alheira. Dei sorte de me sentar à frente de uma negona que contou historinhas interessantes. Acho que ela trabalha na Secretaria da Ciência e Tecnologia pois disse que é funcionária estadual. Percebi que o ônibus esvaziou quando chegamos em frente ao Hospitala do Servidor, mas eu continuei, esperando contornar o Ibirapuera e retomar a 23, onde deveria descer. Quando dei por mim, estava na Vereador José Diniz. Dali a pouco, av. Santo Amaro... Pensei em descer logo e pegar um táxi, mas como não tinha pressa de chegar ao destino, fiquei ali até avistar um ponto na direção oposta. Resumindo: voltei pela Brigadeiro até a Paulista, onde peguei o velho ônibus Aeroporto, agora pintado de azul. Cheguei por volta de 16h na minha irmã. Minha mãe estava tirando um cochilo. Minha irmã me recebeu bem, mas não consegui me sentir à vontade com minha mãe. Fiquei espremida entre as duas. Ou melhor, entre as três, pois tinha também minha sobrinha. Na sexta, minha filha chegou gripadíssima. Pra variar, trouxe uma pasta cheia de códigos e outros livros pesadíssimos, mas não estudou nada. Precisava também fazer um trabalho de Filosofia. Fiquei com tanta pena, que eu acabei dando uns tapas no texto. Acho que fiz isso porque eu tive sempre muita inveja de quem tinha pais que ajudavam nas tarefas escolares. Aí, me lembrei de uma vez em que meu irmão fez rapidamente um parecer sobre um acórdao, para um trabalho do Costela (acho que você não o conheceu pois lecionava legislação apenas para turma de Jornalismo). Nossa, eu fiquei tão aliviada naquele dia. Se não fosse ele, acho que eu teria ficado em mais uma disciplina! Bom... até que consegui enganar bem no texto sobre Descartes. Mas quando eu tinha menos de vinte anos, acho que nem consegui ler!

sexta-feira, agosto 06, 2004

Terceira tentativa de hoje para postar. Não sei se tentarei novamente...
Perdi o último post. Deve ser o Santo Antônio do Vale dos Silícios agindo novamente. Ou talvez Santo Isidoro de Sevilha...

Tô de bode!
Estou com 6 dias de atraso...
Não, não é "naquilo". É só no trabalho!
Estou com uma semana de atraso no trabalho. E pior: não consigo começar as novas edições. Minha cabeça tá a mil. Às vezes penso que herdei o problema de minha mãe. Será?

No fundo, acho que todos nós somos bipolares. Diferença está no ciclo, na intensidade, no autocontrole, na conscientização do problema.

Hoje estou lavando meus olhos. Tudo me entristece... Tento concentrar minhas forças nas alegrias, nas coisas boas, nos amigos queridos que tenho. De nada adianta pensar nos que não consegui, nas pessoas egoístas, naqueles que têm problemas demais para se lembrarem de mim. A maior parte está nesta última situação. E depois... Se eu não contar, quem vai saber? E eu não estou com vontade de contar. Se começar com divagações, vou ficar igual o Luiz. (Não leve a mal, não estou criticando você. Ao contrário. Sou sua fã e leitora mais assídua!)

Está decidido. Vou correr atrás do trem. Bem disse minha amiga Rita: "O trem não passa duas vezes!" Se ele quer... por que não? Foi bom, não foi? Criei coragem e liguei pra ele. A voz foi doce e confortante. Espero não estar embarcando em outro sonho vão. Se estiver... paciência! O jeito é curtir enquanto o sonho acontece!

quinta-feira, agosto 05, 2004

Tenho saudades do tempo em que tinha muitos amigos pra conversar pela internet... Todo mundo anda muito ocupado. Cada um com seus problemas, principalmente correndo atrás de grana.
Outro dia, soube que o Professor do interior tentou me ligar. Era pra falar de gatos. Mas minha filha atendeu e ele ficou mudo. Foi uma pena. Mesmo assim, fiquei feliz em saber que tivesse querido dividir comigo um momento singelo. Raro as pessoas fazerem isso. Também é raro elas se lembrarem das coisas importantes que a gente conta...

Tenho saudades da Dina. Todas as vezes que chego em casa, vem aquela sensação de vê-la sentada naquele canto do sofá, na portaria do prédio. E como ela ficava feliz em me ver! Não consigo me esquecer da carinha dela, beijando minha mão, no hospital. Acho que vou ligar pra irmã dela. Ela gostaria que eu fizesse isso...

Novamente essas lembranças me atormentam. Tanta gente que partiu... Tenho a voz de dona Joana nítida na minha cabeça. E os telefonemas da Ju.


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Por que a gente se apega mais a essas pessoas?
Titi me falou em algo como "nível" de encarnação. Será? E qual será o meu? Será que estou em escala "evoluída"? Ou ainda terei de voltar muitas vezes para me aperfeiçoar? Será que isso tudo existe? A dúvida eterna. Quem foi nunca voltou pra contar.

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Anteontem, minha mãe disse que sonhou com meu irmão falecido. Disse que o viu na porta do quarto. Fiquei muito impressionada.


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Eu merecia ter um blog formatado. Mas a velha preguiça não me deixa aprender certas coisinhas que já deveria saber há muito tempo.


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Ontem, o escorpiano finalmente resolveu conversar sobre "aquele assunto". Fiquei incomodada. Ele falou que a gente merece "outra chance". Disse que fantasiou sobre nosso primeiro encontro. Deu a sensação de que ele esperava mais. Preciso pensar. Será que fiz mal em dizer a ele que achei bom? Se fiz mal, que se dane! Agora estou consultando meus botões: devo ter peso na consciência? Devo vê-lo? Até que ponto devemos contar as coisas? Até o ponto de não aborrecer o próximo, né?

Fiz aquilo que sei que não se deve fazer: entrei com outro nick e bisbilhotei. Ele não contou o que rolou. Disse apenas que "conheceu" duas pessoas. Então, concluo que se houve algo mais com a segunda pessoa, também não me contaria. Normal. Eu também não contei nada de Julius. Não contei também porque não perguntou. Pra quê, né?

Isso tudo tá errado? Se estiver, que se dane! Fui certinha demais, durante quase 40 anos. Fui leal, dedicada. E também nos últimos anos, chorei bastante â ausência de Julius. Preciso retomar a minha meta de curtir mais as oportunidades que surgem!

Não sei se hoje fiz outra besteira. Mostrei o blog a um novo amigo. Do que mais vou ter medo? Se isso me fizer perder algo... azar!

sábado, julho 31, 2004

Tá tudo tão leeeeeeento na Internet e em especial para postar aqui. E eu estou em mais uma crise de falta de paciência e tolerância menos um milhão.
Quinta-feira vi Julius. Foi bom e foi meio chato. Foi um pouco ruim. E foi ótimo. Eu até pensei em mandá-lo catar coquinho. Mas encontramos-nos no pedaço de sempre e acabamos numa espelunca de quinta. Apesar do aspecto sombrio e decadente, com cama de pinus e chão encerado, o lugar era limpo e chuveiro elétrico esquentava. Ah! O nome do "estabelecimento": Las Vegas. Não sei por que, a certa altura me lembrei de "Último Tango em Paris". Não, não foi aquela cena. Foi tudo muito corrido, ainda na parte da manhã, ambos correndo para compromissos. Mas o final foi ótimo. Quase não conversamos. Eu não quis falar de coisas ruins, coisas tristes. Ele também não...

Minhã mãe não tá nada legal. Tento espantar maus pensamentos. Ela há de ter pelo menos mais dez anos de vida saudável. E eu hei de bater o recorde que ela baterá, superando a mãe dela!

Ontem, aquele mocinho escorpiano voltou de férias. Entrei com outro nick para conversa paralela. Ele retirou o perfil daquela página. Disse que teve problemas com pagamento e que não tem tido tempo. As conversas foram bem lacônicas, não disse nada de especial para mim. Mas pareceu sincero. Disse pra "outra" que conheceu alguém especial. Cheguei a acreditar que possa ser eu. Tenho a sensação de que tudo é recíproco. Estamos nos sondando... Semana que vem, vou perguntar na lata se haverá reply. Se responder que não... paciência!

Conheci também um coroa baixinho que escreve bem. A prosa tava boa. Aí, fiquei de bode quando disse que é contador. Não sei por que, tenho essa atividade como a coisa mais medíocre que possa existir. Sensação de que limita a mente das pessoas. A partir daí, o papo degringolou. No segundo dia, ele me mandou um questionário, perguntando se o tinha aprovado. Claro.. o homem pensou que eu iria responder "aprovado com louvor". Respondi "com restrições", ele quis saber quais eram e eu mandei na lata: "não irei pra cama com você!" Como diz minha filha: "quem pergunta quer resposta!" O cara ficou muito chateado. Fiquei com pena. Mas nem de olhos fechados daria pra encarar aquele tipo. Sabe o marido chato da dona Flor? Pois é.. era o próprio! Mas nada a ver com Mauro Mendonça. Tinha ombros estreitos e braços curtos. Se na foto era feio, imagina só ao vivo! Todo mundo bota na net uma visão boa de si mesmo...

Na segunda fui, finalmente, buscar o prêmio daquele concurso. Não tive tempo de falar muito dele. Deu tudo certo. Sei que algumas pessoas não acreditaram na seriedade do julgamento. Senti nas entrelinhas. Muita gente acha que foi marmelada. Chato isso. Mas eu não tenho tanto conhecimento nem poder de influenciar assim as pessoas. Não foi nenhum sorteio e acho que mereci. Dei a dica pra muita gente e a maioria nem se deu ao trabalho de tentar escrever.

Doeu no fundo dos olhos saber da morte de Fervil. Li o blog dele e tive aquelas sensação de que ele era uma pessoa predestinada. Muitos dizem que as pessoas passam por esta vida para uma missão e que ao concluir partem. Deu essa sensação apesar de tanto que ele fez em poucos anos de vida.

Fiquei feliz e fiquei chateada com a volta da Pipoca, a gata do prédio da Cora. Muito injustamente suspeitei do porteiro. Foi um "crime" muito estranho. Parece até ficção. Imagina só uma velhinha maluca sequestradora de gatos com uma nora estrangeira que lhe emprestou um carro de outra capital para praticar o crime. Muito esquisito! E ainda por cima ela está hospitalizada.





quarta-feira, julho 21, 2004

Ando ocupada com brinquedinho novo. Finalmente, comprei uma digital decente. Não botei fé nas informações de um amigo expert, mas ele tinha toda a razão: Sta. Efigênia já era! Acabei comprando em outro shopping alternativo, em área mais nobre da cidade. Hoje, retornei ao centro, procurando memória e acessórios. Comparei os preços. Sem dúvida, pelo menos 20% mais caro. Dizem que nessa área que atende o público dos jardins, consumidor de produtos de ponta, os boxes pertencem ao próprio Lao. Sim ou não, senti firmeza nos papos das chinesas que me atenderam!

sexta-feira, julho 16, 2004

Foram estas as palavras do Ivã, na quarta-feira:
"Que o nosso bom Deus envie uma luz de proteção e muito amor a Dona Dina. Tenho certeza, inclusive, que parte dessa luz está nos vossos braços, pernas e lábios, amiga, pois sentes a necessidade de, neste momento difícil, estar a propiciar a ela um amparo, uma mão amiga e a certeza de que ela não está só."
 
Depois de ler o e-mail, decidi visitá-la ontem... mas não deu tempo...
Dina foi embora. Toda as vezes que alguém morre, fico assim... Acho que é normal em pessoas que questionam a fé, o infinito, a existência de outras vidas. Não estou triste, mas um pouco chateada por não ter atendido a um pedido de minha amiga. Eu havia prometido a ela levar fotos da minha filha... Mas começou a semana e eu fui adiando os planos, meio sem coragem de tomar rumo do hospital. Quando estava me decidindo, um telefonema da família dela, com cobranças de providências me aborreceram. Ontem, acordei dizendo que a raiva passou e quando me preparava para sair, veio a notícia. Fiquei com remorsos, sim.  Nas últimas duas semanas, tentaram mandá-la para casa várias vezes... A idéia de alguém morrer em casa assusta a maior parte dos familiares.

terça-feira, julho 13, 2004

Nao. Flores e declarações não me chateiam. Apenas custo a crer. Flores e elogios sempre massageiam o ego. Perigo é ver além do que possam elas representar.

Hoje estou mesmo de mau humor. Nada a ver com ninguém. Deve ser a Lua apenas. Como disse Cecília Meireles, mudo de fases como a Lua... Não depende de mim.
Será que ando muito pessimista?

Talvez...

Mas não posso crer que alguém fique ligado em mim dois anos depois de um encontro decepcionante!
Deve estar seguindo orientaçao do terapeuta para superar o trauma. Só pode...

Tá... entrego os pontos. Tô em dia de decepção. O maravilhoso escorpiano disse que estava saindo de férias... e sumiu. Continua indo ao PP, mas nao fala mais comigo! Pena... Não se pode ganhar todas, né? Tô tentando digerir a idéia de que nem sempre as coisas sao com parecem. Buáááá!


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Agora, para ilustrar uma realidade:



Oração da Mulher

Agora me deito para dormir, Senhor.
Rezo por um homem que não seja um horror.
Um que seja inteligente, forte e lindo.
E que adore ficar horas me ouvindo.
Um que pense antes de falar.
E que diga que vai ligar, e não me faça esperar...
Rezo para que ele tenha um emprego que pague muito bem.
Que quando eu gastar seu dinheiro, não fique fulo também.
Que puxe pra mim a cadeira, e que me abra a porta.
Que faça massagens nas costas e transe até eu ficar 'morta'.
Ah! Mande-me um homem que me ame com respeito...
E não pelo tamanho do meu peito...
Eu rezo pelo homem que vai me amar até o fim...
E que nunca diga não para mim.

Amém


Oração do Homem
Senhor, eu peço a ti uma loira surda-muda e ninfomaníaca, com peitos enormes que seja dona de uma distribuidora de cerveja e tenha uma casa na praia com sport tv.

Amém.

segunda-feira, julho 12, 2004

Sem querer, apaguei o meu perfil no PP. Que pena... Acho que estava batendo recorde de antiguidade. Fiquei chateada, Tentei criar outro com características semelhantes, mas nao consegui. Mais uma daquelas coisas que acontecem que parece não ter sido por simples acaso. Acho que tava na hora...

Sábado fomos ao Festival Tanabata. Fui econômica. Este ano comprei apenas 3 papeletas. Mas juntei vários pedidos em cada uma delas. Desta vez, as cores foram: amarela, rosa verde. Desisti de vermelho.

Li no blog da Cora sobre suposto rapto de um gatinho do prédio dela. Fiquei chateada. Pensei até em ajudá-la a localizar o suposto raptor, já que teria sido anotada uma placa de carro de SP. Depois, fiquei me sentindo culpada por essa preocupação por um felino. Mas não é bem assim... Também me preocupo com gente. Sempre checo e faço o que posso quando sei que é verdade. Problema é que maior parte dos apelos que aparecem pela internet ou caducaram ou são spams. Se uma pessoa conhecida e confiável me dissesse que a filha da sobrinha da vizinha do porteiro teve uma criança raptada, eu tentaria fazer o que está ao meu alcance. Isso me livra da culpa, pronto!

quinta-feira, julho 08, 2004

Pelamordedeus, menino de Santa Isabel! Não faz isso de novo comigo. Me escreve logo, dando o novo endereço! Eu perdi seu e-mail, só posso me comunicar com você por aqui!
Não posso crer que você tenha se tornado um sem-blog!


terça-feira, julho 06, 2004

O último post foi pro espaço... Isto aqui anda complicado demais. Quando dá certo, estou oca de idéias.

Mas há males que vêm pro bem. Tinha umas coisas que pensei em dizer aqui, que acho que é melhor guardar só pra mim.

Novidade: o Budista mandou notícias. Agora ele esqueceu completamente o lance de ser professor de História. Disse que está reformando o apartamento, fazendo laborterapia. De todos insanos amigos virtuais, pelo menos esse eu sei que nunca diz coisa com coisa. Sei também que deve mesmo gostar de mim. Eu pensei em, novamente, ir até o endereço que ele me deu, lá na Major Diogo. Será que aí vou me equiparar a ele, em termos de loucura?

segunda-feira, junho 28, 2004

Fiquei tanto tempo sem postar, que acho que perdi os meus poucos leitores.
Bom disso é que sinto-me mais à vontade para escrever.

Como em outros tantos inícios de inverno, parece que a flecha retardatária do cupido, arremessada em de 12 de junho, só me atingiu agora. Pode ser que dê em nada, mas é muito bom sentir-me assim nas nuvens.

Desta vez, vou me controlar. Vou ficar quietinha no meu canto. Tenho de aprender que 11 entre 10 homens somem no day after. Isto me lembra aquele lance do "Barão" e também do Piloto. Esconder-se deve ser reação típica masculina, tão normal quanto à necessidade que sentimos de uma palavrinha depois.
Mas por que diabos estou dizendo isso? Ainda não são nem oito da manhã e ele falou comigo no dia seguinte! Apesar do aviso de que nao conectaria no final de semana, cheguei aqui esperando um alozinho. Foi isso...

sábado, junho 26, 2004

Ai, ai, ai... Finalmente, uma semana de acontecimentos inusitados.
Na quarta, consegui encontrar Julius. Foi bom... mas faltou alguma coisa....

Não podia ficar assim, né?

Ainda na quarta, pensava em cancelar um encontro que deixei engatilhado. Mas na quinta de manhã, resolvi ir conferir. Afinal de contas... o que poderia perder? Nadica,né?

Nossa... foi tudo muito lindo.
Marcamos para às 16h, em um parque. Cheguei uns 15 minutos antes pois fui de bus, pelo novo corredor. Dali a pouco, ele apareceu. Tímido. Olhos verde escuros.
Importa que me olhou lá dentro, nos olhamos... Tomamos café, conversamos... Eu fiquei completamente perdida e sem jeito. Escureceu e fomos nos despedir. Ele ofereceu carona.. eu disse que nao precisava. Enquanto caminhávamos, ele perguntou se eu estava nervosa. Disse que sim. Então, segurou minha mão. Continuamos de mãos dadas. Eu falava sem parar.
Pouco antes do portão principal, resolvi parar pra nos despedirmos. Me aproximei e... aconteceu! Um beijo de namoro de adolescentes! De repente, ele me abraçou apertado. Nossos corpos coladinhos. Escutávamos os corações martelando.
E a gente, ali no meio da rua. Sensação de que todos presenciavam as reações de nossos corpos.
E entao, a pergunta: "Vc quer?"
E eu: "Quero!"
"Hoje ou outro dia?"
"Hoje!"
Tinha até me esquecido como podia ser diferente com outro alguém de Escorpião. Detalhe: ele nasceu exatamente 8 horas antes de mim!