sábado, setembro 15, 2001

Hoje dormi à tarde e tive um sonho muito estranho. Dois amigos vieram me visitar. Um deles era Roberto. O outro, Dílson, que já morreu. Eu morava na casa de minha mãe e deveria ter uns 20 anos. Dílson me trouxe um presente de aniversário com antecedência. Era um quadrinho de parede com desenho infantil. Meu amigo esticou uma fita até o outro lado da sala e explicou que quando o dia chegasse, aquilo viraria um bolo! Fez uma demonstração: a caixinha virava um cubo decorado de chocolate com detalhes de cereja. Ele usava uma camiseta branca de listras azul-clara que vestia na última vez que o vi, lá na revista de cinema.
Hoje de manhã fui ao supermercado e pensei em comprar sal. Todas as vezes em que compro sal, me lembro do Dílson. Sabe por quê? Porque o pai dele era vendedor de sal. E um dia ele comentou: “você tem idéia de quantas vezes por ano a gente compra sal? Pois é, uma ou duas... coitado do meu pai... ele não podia arrumar outra coisa pra vender?” Desde então, toda vez que vou comprar sal, me lembro dele. Ultimamente, me lembro mais vezes pois uso sal light (sem sódio), em embalagens de meio quilo. Às vezes penso em comprar dois pacotes, mas me lembro dele e resolvo trazer apenas o necessário, para que possa tê-lo novamente nesta saudosa lembrança.

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