terça-feira, setembro 11, 2001

Pouco depois das 7 da manhã, quando lia sobre o assassinato do prefeito de Campinas, "Julius" ligou. Ontem eu havia ido dormir entre jururu e p.. da vida pois meu celular tocou às 06h45 e eu não escutei. Fiquei atenta o dia todo pois ele chegaria de João Pessoa. Que droga! Espero o dia todo e só às 19 e pouco vejo lá: “ligação não atendida”. Mas fiquei firme e não liguei pra ele. Hoje cedo, às 07h35 ele ligou. Estava chegando ao escritório, em Sto Amaro. Disse que de fato tocou do aeroporto e que o celular tinha ficado sem bateria. Conversamos meia hora sobre o crime e outras picuinhas. Isto porque ele trabalhou pro jornal da região que fez oposição ao PT . Com a perda do direito de resposta e derrota nas eleições, meu amigo perdeu o emprego. Como ele me lembrou que provavelmente seria feriado na cidade, por volta das 9 horas liguei pros meus colaboradores de lá. Perguntei pro Luiz como estavam as coisas. E ele: "Liga a tv" Mil pensamentos pela minha cabeça. O primeiro: tão perseguindo os assassinos do prefeito pelas ruas da cidade? Deslancharam o mistério do seqüestro do SS? Outra rebelião? Quando vi que a coisa era em NY, até fiquei aliviada. Mas foi por poucos segundos.
Sobre os acontecimentos de hoje, uma amiga escreveu:"Este será um desses dias inesquecíveis em nossas vidas. Daqui a uns trinta anos, nos lembraremos dele fazendo-nos aquela famosa pergunta "onde e o que você estava fazendo no dia do grande panico nos Estados Unidos?". Irá tranquilamente substituir aquela até hoje em voga "o que voce fazia no dia em que JFK foi assassinado?"
Pois é... Na hora em que tudo aconteceu, eu estava levantando conjecturas sobre o assassinato do prefeito de Campinas e defendendo o direito do Suplicy ser corno, neurótico e fora de sintonia.Entretanto, não creio que Marta tenha perdido a cabeça pelo franco-argentino. Inacreditável. Claro que entrei em choque com o machismo de Julius, criticando a tese de Marta que teria recorrido a experiências com ex-soldados americanos no Vietnã. Que papo mais doido.

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